Queixas urinárias em mulheres com infarto cerebral

Autores

  • Ébe Santos dos Monteiro Fisioterapeuta, Especialista em uroginecologia, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.
  • Márcia Maria Gimenez Fisioterapeuta, Especialista em uroginecologia, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.
  • Sissy Veloso Fontes Fisioterapeuta, Doutora, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil
  • Márcia Maiumi Fukujima Neurologista, Doutora, UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.
  • Gilmar Fernandes do Prado Neurologista, Doutor, Professor Adjunto do Departamento de Medicina e Chefe do Setor Neuro-Sono do Departamento de Neurologia da UNIFESP, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4181/RNC.2009.17.103

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, AVC, Bexiga Urinária

Resumo

A incontinência urinária é conceituada como perda involuntária de urina, clinicamente demonstrável que cause problema social ou higiênico. Objetivo. Avaliar a prevalência e os sintomas das queixas urinárias em pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) e a topografia da lesão. Método. Foram avaliadas 91 mulheres com AVCI segundo os questionários: Mini-Mental e o King’s Health Questionnaire no período de março de 2005 a março de 2006, e divididas em dois grupos: o grupo continente e o grupo de mulheres com sintomas vesicais. A topografia da lesão cerebral foi determinada por tomografia computadorizada. Resultado. Das 91 mulheres, 13 foram excluídas por terem sintomas urinários prévios ao AVCI e por déficits cognitivos, resultando para análise 41 pacientes com sintomas vesicais e 37 continentes, apenas 6 mulheres melhoraram espontaneamente. Não houve relação entre os sintomas urinários e a topografia da lesão. Sintomas urinários ocorreram em 45% das mulheres pós AVCI. A urge-incontinência ocorreu em 28 pacientes (68,2%) e a urgência em 24 pacientes (58,5%). Conclusão. Os sintomas de maior freqüência foram urge-incontinência e urgência. Não houve associação significante entre a topografia da lesão e os sintomas urinários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Abrams P, Van Kerrebroeck P, Chaikin D, Donovan J, Fonda D, Jackson S, et al. The Standardization of terminology of lower urinary tract report from the Standardization Subcommittee of International Continence. Soc Neurourol Urodyn 2002;187:116-26.

Rovner E, Gomes C, Trigo-Rocha F, Arap S, Wein J. Evaluation after treatment of the overactive bladder. Rev Hosp Clin 2002;57:1:39-49.

International Continence Society Committee on Standardization. The standardization of lower urinary tract function. In: Ostergard DE, Bent AE (eds). Urogynecology and Urodinamics: Theory and Practice. 3º ed. Baldimore: Williams, 1991, p.545-62.

Gimenez M, Fontes V, Fukujima M. Procedimentos fisioterapêuticos para disfunção vesico-esfincteriana de pacientes com traumatismo raquimedular – revisão narrativa. Rev Neurocienc 2005;13:34-8.

Bradley W, Rockward G, Timm GW, Scott F. Inervation of the dertusor muscle and urethra. Urol Clin North Am 1974;1:3-27.

Marinkovic SP, Badlani G. Voiding and sexual disfunction after cerobrovascular accidents. J Urol 2001;165:359-70.

Gariballa S. Potentially treatable causes of poor outcome in acute stroke patients with urinary incontinence. Acta Neurol Scand 2003;107:336-40.

Patel M, Coshall C, Lawrence E. Recovery from poststroke urinary incontinence: associated factors and impact on outcome. Am Geriatr Soc 2001;49:1229-33.

Brazier J, Harper R, Jones N, O’Cathain A, Thomas K, Westlake L. Validating the SF-36 Health survey questionaire: new outcome measure for primary care. BMJ 1992;905:160-5.

Thakar S, Stanton S. Management of urinary incontinence in women. BMJ 2000;321:1326-31.

Kuijk A, Linde H, Limbeek J. Urinary incontinence in strokes patients after admission to a postacute inpatient rehabilitation program. Arch Phys Med Rehabil 2001;82:1407-11.

Stewart WF, Herzog R, Wein AJ, Cundiff G, Norton P, Corey R. Prevalence and impact Of Ovaractive Bladder In United States. Results From Noble Program. Neurourol Urodyn 2001;20: 403-422

Folstein M, Foltein S, Mchugh P. Mini-Mental State: A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiat Rev 1975;12:189-98.

Fonseca ESM, Camargo ALM, Castro RA, Sartori MGF, Fonseca MCM, Lima GR, et al. Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet 2005;27:235-42.

Symonds T. A review of condition specific instruments to assess the impact of urinary on health related quality of life. Eur Urol 2003;43:219-25.

Feldner C, Fonseca E, Sartori M, Baracat E, Lima G, Girão M. Síndrome da bexiga hiperativa e qualidade de vida. Femina 2005;33:13-7.

Higa R , Lopes MHBM. Fatores associados com a incontinência urinária na mulher. Rev Bras Enferm 2005;58: 422-8.

Patel M, Coshall C, Lawrence E. Recovery from poststroke urinary incontinence: associated factors and impact on outcome. Am Geriat Soc 2001;49:1229-33.

Patel M, Coshall AG, Rudd F, Charles D, Wolfe M. Natural history and effects on 2-Year outcomes of urinary incontinence after stroke. Stroke 2001;32:122-7.

Gelber D, Good D, Laven L. Causes of urinary incontinence after acute hemispheric stroke. Stroke 1993;24:378-82.

Vetland P. Urinary Continence After A Cerebrovascular Accident. Nurs Stand 2003;17:37-41.

Sakakibara R, Uchiyama T, Kuwabara S. Micturitional disturbance after acute hemispheric stroke: analysis of the lesion site by CT and MRI. J Neurol Sci 1996;137:47-56.

Griffiths D. Clinical Studies Of Cerebral And Urinary Tract Function In Elderly People With Urinary Incontinence. Behav Brain Res1998;92:151-5.

Milson I, Abrams P, Cardozo L. How widespread are the symptoms of an overactive bladder and how are they managed? A populationbased prevalence study. BJU Int 2001;87:760-6.

Doran CM, Chiarelli P, Cockburn J. Economic Costs of Urinary Incontinence in Community-Dwelling Australian Women. Med J Aust 2001;174:456-8.

Amarenco G, Sheikh IS, Even-Schneider A, Raibaut P, DemailleWlodyka S, Parratte B, et al. Urodynamic Effect Of Acute Transcutaneous Posterior Tibial Nerve Stimulation In Overactive Bladder. J Urol 2003;169:2210-5.

Downloads

Publicado

2009-06-30

Como Citar

Monteiro, Ébe S. dos, Gimenez, M. M., Fontes, S. V., Fukujima, M. M., & Prado, G. F. do. (2009). Queixas urinárias em mulheres com infarto cerebral. Revista Neurociências, 17(2), 103–107. https://doi.org/10.4181/RNC.2009.17.103

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-08
Publicado: 2009-06-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >>