Escalas de avaliação da qualidade de vida em pacientes brasileiros após acidente vascular encefálico

Autores

  • Marcos Roberto de Oliveira Fisioterapeuta da Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Universidade Gama Filho-UGF
  • Marco Orsini Fisioterapeuta, Professor Titular de Reabilitação Neurológica e Doutorando em Neurociências – HUAP – Universidade Federal Fluminense- UFF

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2009.v17.8550

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Acidente Vascular Encefálico, Escalas

Resumo

Introdução. A qualidade de vida após o acidente vascular encefálico (AVE) e os métodos de mensuração são de grande importância. O objetivo do estudo é apresentar as escalas que são utilizadas para avaliação de qualidade de vida de pacientes adultos após AVE, analisando a validade e uso dos instrumentos na população brasileira. Método. Descrever as escalas de qualidade de vida: Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-100 e Bref), Perfil de Saúde de Nottingham (PSN), Formulário Abreviado da Avaliação de Saúde 36 (SF-36) e a Escala Específica de Qualidade de Vida no AVE (SS-Qol). Foi realizado levantamento nas fontes eletrônicas da MEDLINE, PUBMED, LILACS e Scielo. Foram incluídos estudos referentes ao período entre 1990-2007. Conclusão. Os artigos encontrados mostraram que as escalas estudadas são as mais adequadas para aplicação na população brasileira, com boa consistência interna, validade e confiabilidade teste-reteste. Apesar de serem escalas reconhecidas internacionalmente, ainda são necessários mais estudos clínicos aplicando-as nos indivíduos após AVE no Brasil, para melhor assegurar as suas propriedades psicométricas, aplicabilidade, melhor forma de administração e as possíveis interferências inter-examinadores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Fayer PM, Machin D. Quality of life – assessment, analysis and interpretation. Oxford: Wiley, 2000, 416p.

Carod-Artal J, Egido JA, González JL, Varela de Seijas E. Quality of life among stroke survivors evaluated 1 year after stroke: experience of a stroke unit. Stroke 2000;31:2995-3000.

Hopman WM, Verner J. Quality of life during and after inpatient stroke rehabilitation. Stroke 2003;34:801-5.

Cabral NL, Longo AL, Moro CHM, Kiss HC. Epidemiologia dos acidentes cerebrovasculares em Joinville, Brasil. Arq Neuropsiquiatr 1997;55:357-63.

Lavados PM, Hennis AJ, Fernandes JG, Medina MT, Legetic B, Hoppe A, et al. Stroke epidemiology, prevention, and management strategies at a regional level: Latin America and the Caribbean. Lancet Neurol 2007;6:362-72.

Lessa I, Bastos CAG. Epidemiologia dos acidentes vasculares encefálicos na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Bol Ofic San Panam 1984;96:404-12.

Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-BREF”. Rev Saúde Pública 2000;34:178-83.

Studenski S, Duncan PW, Perera S, Reker D, Lai SM, Richards L. Daily functioning and quality of life in a randomized controlled trial of therapeutic exercise for subacute stroke survivors. Stroke 2005;36:1764-79.

Hsiung PC, Fang CT, Chang YY, Chen MY, Wang JD. Comparison of WHOQOL-BREF and SF-36 in patients with HIV infection. Qual Life Res 2005;14:141-50.

Santos AS. Questionário específico de avaliação da qualidade de vida em pacientes portadores de doença cérebro vascular do tipo isquêmica: tradução e adaptação cultural para a língua portuguesa falada no Brasil (Dissertação). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2000, 48p.

Suenkeler IH, Nowak M, Misselwitz B, Kugler C, Schreiber W, Oertel WH, et al. Timecourse of health-related quality of life as determined 3, 6 and 12 months after stroke: relationship to neurological deficit, disability and depression. J Neurol 2002;249:1160-7.

Bolsche F, Hasenbein U, Reissberg H, Schlote A, Wallesch CW. Results of in- vs out patient post-stroke rehabilitation over 6 months. Fortschr Neurol Psychiatr 2003;71:458-68.

Teixeira-Salmela LF, Faria CDCM, Guimaraes CQ, Goulart F, Parreira VF, Inacio EP, et al. Treinamento físico e destreinamento em hemiplégicos crônicos: impacto na qualidade de vida. Rev Bras Fisioter 2005;9:347-53.

Cordini KL, Oda EY, Furlanetto LM. Qualidade de vida de pacientes com história prévia de acidente vascular encefálico: observação de casos. J Bras Psiquiatr 2005;54:312-7.

Raimundo CRR. Avaliação da qualidade de vida após acidente vascular cerebral (Monografia). Brasília: Centro SARAH de Formação e Pesquisa, Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, 2002, 69p.

Constitution of the World Health Organization. In World Health Organization. Handbook of basic documents. 5 ed. Geneva: Palais des Nations, 1952, 3-20.

Lai SM, Perera S, Duncan PW, Bode R. Physical and social functioning after stroke: comparison of the Stroke Impact Scale and Short Form-36. Stroke 2003;34:488-93.

Scipper H, Clinch JJ, Olweny CLM. Quality of life studies: definitions and conceptual issues. In: Spilker B. Quality of life and pharmacoeconomics in clinical trials. 2nd ed. Philadelphia: Lippincott-Raven, 1996, 11-23.

De Haan R, Aaronson N, Limburg M, Hewer RL, van Crevel H. Measuring quality of life in stoke. Stroke 1993;24 (2):320-7.

Teixeira-Salmela LF, Magalhães LC, Souza AC, Lima MC, Lima RCM, Goulart F. Adaptação do perfil de saúde de Nottin gham: um instrumento simples de avaliação da qualidade de vida. Cad Saúde Pública 2004;20:905-14.

Kranciukaite D, Rastenyte D. Measurement of quality of life in stroke patients. Med (Kaunas) 2006;42:709-16.

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol 1999;39:143-50.

Williams LS, Weinberger M, Harris LE, Clark DO, Biller J. Development of a stroke-specific quality of life scale. Stroke 1999;30:1362-9.

Carod-Artal FJ. Escalas específicas para la evaluación de la calidad de vida en el ictus. Rev Neurol 2004;39:1052-62.

Hilari K, Owen S, Farrelly SJ. Proxy and self report agreement on the stroke and aphasia quality of life scale-39 (SAQOL-39). J Neurol Neurosurg Psychiatr 2007;78:1072-5.

Anderson C, Laubsher S, Burns R. Validation of the short form 36 (SF-36) health survey questionaire among stroke patients. Stroke 1996;27:1812-6.

Ware JE, Kosinski M, Keller SD. A 12-item short-form health survey: construction of scales and preliminary test of reliability and validity. Med Care 1996;34:220-6.

The World Health Organization. Quality of Life Assessment (WHOQOL): development and general psychometric properties. Soc Sci Med 1998;46:1569-85.

Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, et al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da organização mundial da saúde (WHOQOL-100). Rev Bras Psiquiatr 1999;21:19-28.

Fatoye FO, Komolafe MA, Eegunranti BA, Adewuya AO, Mosaku SK, Fatoye GK. Cognitive impairment and quality of life among stroke survivors in Nigeria. Psychol Rep 2007;100:876-82.

Ewert T, Stucki G. Validity of the SS-QOL in Germany and in survivors of hemorrhagic or ischemic stroke. Neurorehabil Neural Repair 2007;21:161-8.

Muus I, Williams LS, Ringsberg KC. Validation of the stroke specific quality of life scale (SS-QOL): test of reliability and validity of the Danish version (SS-QOL-DK). Clin Rehabil 2007;21:620-7.

Angeleri F, Angeleri VA, Foschi N, Giaquinto S, Nolfe G. The influence of depression, social activity, and family stress on functional outcome after stroke. Stroke 1993;24:1478-83.

Duncan PW, Samsa GP, Weinberger M, Goldstein LB, Bonito A, Witter DM, et al. Health status of individuals with mild stroke. Stroke 1997;28:740-5.

Astrom M, Asplund K, Astrom T. Psychosocial function and life satisfaction after stroke. Stroke 1992;23(4):527-31.

Downloads

Publicado

2009-09-30

Como Citar

Oliveira, M. R. de, & Orsini, M. (2009). Escalas de avaliação da qualidade de vida em pacientes brasileiros após acidente vascular encefálico. Revista Neurociências, 17(3), 255–262. https://doi.org/10.34024/rnc.2009.v17.8550

Edição

Seção

Revisão de Literatura
Recebido: 2019-02-15
Publicado: 2009-09-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 4 5 > >>