Uso de anticonvulsivantes no traumatismo cranioencefálico

Autores

  • Vinicius Ricieri Ferraz Médico Residente da Disciplina de Neurocirurgia, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciência
  • Alexandros Theodoros Panagopoulos Neurocirurgião, Doutor, Professor Instrutor da Disciplina de Neurocirurgia, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • José Carlos Esteves Veiga Neurocirurgião, Livre Docente, Professor Titular da Disciplina de Neurocirurgia, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Guilherme Brasileiro de Aguiar Neurocirurgião, Mestre, Professor Instrutor da Disciplina de Neurocirurgia, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.8058

Palavras-chave:

Epilepsia, Epilepsia Pós-Traumática, Traumatismo Cranioencefálico, Anticonvulsivantes

Resumo

Objetivo. Verificar as indicações de uso de anticonvulsivantes em pa­cientes vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE), avaliando os malefícios e benefícios do uso de diferentes drogas anticonvulsivan­tes descritas na literatura. Método. Foi realizada revisão de literatu­ra, utilizando as bases de dados MEDLINE e SCIELO, utilizando os termos: “Epilepsia Pós-Traumática”, “Traumatismos Craniocerebrais ”, “Anticonvulsivantes”, “Post-Traumatic Epilepsy”, “Craniocerebral Trauma” e “Anticonvulsants”. Foram incluídos artigos com enfoque tanto no uso profilático quanto terapêutico de drogas anticonvulsi­vantes no TCE. Foram selecionados os artigos mais relevantes entre os anos de 1980 e 2014. Resultados. Vários autores têm estudado o uso de anticonvulsivantes de forma profilática ou terapêutica em vítimas de TCE, demonstrando o risco de desenvolver convulsão pós traumática em relação ao tipo de lesão cerebral apresentada e com a gravidade do trauma. Conclusão. A maior parte dos artigos não demonstra benefício em se realizar profilaxia anticonvulsivante por mais de sete dias após o trauma. Mais estudos randomizados com uma amostra significativa de pacientes poderiam ser conduzidos no intui­to de comparar o efeito de diferentes drogas anticonvulsivantes tanto na profilaxia quanto no tratamento da epilepsia pós traumática e seu impacto na qualidade de vida desses pacientes e também na morbi­mortalidade dos mesmos.

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Publicado

2015-03-31

Edição

Seção

Revisão de Literatura

Como Citar

Uso de anticonvulsivantes no traumatismo cranioencefálico. (2015). Revista Neurociências, 23(1), 150-153. https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.8058