A Dimensão simbólica da arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro/Brasil, no século XIX

Autori

  • Lourdes Madalena Gazarini Conde Feitosa Universidade Sagrado Coração
  • Hélio Gustavo da Silva Andrade Universidade de Trás-os-Montes

DOI:

https://doi.org/10.34024/herodoto.2023.v8.20106

Parole chiave:

Neoclássico, Rio de Janeiro, Império do Brasil, Nacionalidade

Abstract

O intuito deste texto é o de analisar a dimensão simbólica da presença do neoclássico em obras arquitetônicas do Rio de Janeiro/Brasil na composição da nova nação brasileira. Exemplo histórico único de cidade colonial a tornar-se capital de seu império, a atenção para o neoclássico inicia-se com a chegada da família real portuguesa ao seu domínio colonial na América. Em terra escravocrata, mestiça e tropical, tornar-se um país exigia reelaborar a sua história e sua projeção no conjunto das nações. Discute-se a importância do vínculo com a Antiguidade greco-romana para a composição de uma nova terra chamada Brasil.

Metriche

Caricamento metriche ...

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Biografie autore

  • Lourdes Madalena Gazarini Conde Feitosa, Universidade Sagrado Coração

    Graduada e Mestre em História pela UNESP/Assis, Doutora em História Cultural pela UNICAMP, com estágio doutoral na Espanha e Itália, e pós-doutorado em História e Cinema pela UNESP/ Bauru. É associada ao EuGeStA - Réseau de recherche on Gender Studies in Antiquity, da Universitè de Lilly/França; pesquisadora associada da UNIFESP (Antiguidade e Modernidade); colaboradora da UNICAMP (Laboratório de Arqueologia Pública e do Centro do pensamento Antigo). Professora/pesquisadora Adjunto II do UNISAGRADO/Bauru e do Programa de Mestrado em Educação Sexual da UNESP/Araraquara. Líder do Grupo de Pesquisa Gênero, Sexualidade e Sociedades (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9594242383002685), em parceria com Maria Ivone Marchi-Costa, e membro do Grupo Antiguidade e Modernidade: História Antiga e Usos do Passado, da UNIFESP, ambos cadastrados no CNPq. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) e da Associação Nacional dos Professores de História (ANPUH). Tem experiência na área de História, com ênfase em Relações de Gênero, Sexualidade, Cultura Popular, leituras contemporâneas sobre a Antiguidade e Educação. (Texto informado pelo autor)

  • Hélio Gustavo da Silva Andrade, Universidade de Trás-os-Montes

    Profissional bacharel em Jornalismo pela Universidade do Oeste Paulista (2014), licenciado em História (2017) e especialista em História, Cultura e Poder (2016) pela Universidade do Sagrado Coração. Na atualidade é mestrando em Ciências da Cultural na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, Portugal. Na área jornalística, possui experiência profissional como produtor e redator de TV e redator de mídia impressa. No campo de atuação educacional, possui formação técnica em magistério, tendo atuado como professor de educação infantil na rede privada. Atuou como professor de História e Literatura em uma escola Waldorf. Além disso, participou no desenvolvimento e aplicação de projetos educacionais em escolas públicas da rede estadual paulista. Como pesquisador, tem buscado se aprofundar em áreas referentes ao Patrimônio e História Pública, ensino de História e nas diversas representações do passado. 

Riferimenti bibliografici

ALVIM, Zuleika. Imigrantes: a vida privada dos pobres do campo. In: SEVCENKO, Nicolau (org.). República: da Belle époque à era do rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

ANDRADE, Hélio G. S.; FEITOSA, Lourdes M. G. C.; FUNARI, Pedro P. A. A tradução de Ovídio, o poeta do amor, no Império do Brasil: o “erótico”, a moral e a educação no século XIX. Em Tese, Belo Horizonte, v. 27, n. 2, p. 208-220, maio/ago. 2021. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/view/18847/1125614283>. Acesso em: 14 ago. 2023.

ANGELO, Leonardo B. Projetos e perspectivas na construção da nação brasileira (1822-1840). SÆculum, Revista de História, João Pessoa, v. 33, p. 31-47, jul./dez. 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/srh/article/view/27713>. Acesso em: 14 ago. 2023.

AVELLA, Aniello A. Teresa Cristina Maria de Bourbon, uma imperatriz silenciada. In: Anais do XX Encontro Regional de História: História e Liberdade, 20, 01-14. Franca: Unesp, 2010.

BASILE, Marcello O. N. C. Regência e imprensa: percursos historiográficos. Almanack, Guarulhos, n. 20, p. 1-9, dez. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/alm/n20/2236-4633-alm-20-1.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2023.

CARDOSO, Rafael. Ressuscitando um Velho Cavalo de Batalha: Novas Dimensões da Pintura Histórica do Segundo Reinado. 19&20, Rio de Janeiro, v. II, n. 3, jul. 2007. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/criticas/rc_batalha.htm>. Acesso em: 14 ago. 2023.

CARVALHO, José M. de. Nação e cidadania no Império: novos horizontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

DICIONÁRIO Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930) – Hospício de Pedro II. Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz. Disponível em: <http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/hospedro.htm>. Acesso em 14 ago. 2023.

ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras, Neoclassicismo. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo361/neoclassicismo>. Acesso em: 14 ago. 2023.

FRANZ, Teresinha S. Victor Meirelles e a Construção da Identidade Brasileira. 19&20, Rio de Janeiro, v. II, n. 3, jul. 2007. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/vm_missa.htm>. Acesso em: 14 ago. 2023.

FUNARI, Pedro P. A. Cidadania, erudição e pesquisas sobre a Antiguidade clássica no Brasil. Boletim do CPA, Campinas, n. 3, p. 83-97, jan./jun. 1997.

GUIMARÃES, Manoel L. S. Nação e civilização nos trópicos. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 1, p. 5-27, 1988. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1935>. Acesso em: 14 ago. 2023.

GUTHEIM, Frederick; LEE, Antoinette J. Worthy of the Nation: Washington, DC, from L'Enfant to the National Capital Planning Commission. Baltimore: Jhons Hopkins University Press, 2006.

HOBSBAWM, Eric J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

HOIRISCH, Marisa; RIBEIRO, Rosina T. M. Academia Imperial de Belas Artes: sua criação e seus arquitetos. Cadernos de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, n. 10, v. 1, p. 252-271, 2010.

HOIRISCH, Marisa; SALGADO, Mônica S.; RIBEIRO, Rosina T. M. Influência das Tecnologias Construtivas nas decisões de Projeto: uma análise da arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro. In: Anais do Simpósio Brasileiro de qualidade do projeto no ambiente construído, 09, 68. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009.

IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Neoclássico. História das Artes, 2024. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo 18/neoclassico/>. Acesso em: 14 ago. 2023.

PENNAFORT, Roberta. Imperatriz arqueóloga é revelada em exposição. Estadão, 30 jun. 2016. Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,imperatriz-arqueologa-e-revelada-em-exposicao,10000023937>. Acesso em: 14 ago. 2023.

RIBEIRO, Gladys S. O Tratado de 1825 e a construção de uma determinada identidade nacional: os sequestros de bens e a Comissão Mista Brasil – Portugal. In: CARVALHO, José M. (org.). Nação e cidadania no Império: novos horizontes. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

ROCHA-PEIXOTO, Gustavo. Introdução ao neoclassicismo na arquitetura do Rio de Janeiro. In: CZAJKOWSKI, J. (org.). Guia da Arquitetura Colonial, neoclássica e romântica no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra; Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2000.

SAINT-HILAIRE, Augusto. Viagem pelo Distrito dos Diamantes e litoral do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia; EDUSP, 1974.

SCHULTZ, Kirsten. Perfeita civilização: a transferência da corte, a escravidão e o desejo de metropolizar uma capital colonial. Rio de Janeiro, 1808-1821. Tempo, n. 12, v. 24, p. 05-27, 2008. <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=167013399002>. Acesso em: 14 ago. 2023.

SCHWARCS, Lilia M. As Barbas do Imperador: Dom Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SHWARCZ, Lilia M. O sol do Brasil: Nicolas-Antoine Taunay e as desventuras dos artistas franceses na corte de d. João. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

SHWARCZ, Lilia M. Romantismo Tropical: a estetização da política e da cidadania numa instituição imperial brasileira. Latin America Literary Review, n. 50, v. 25, p. 47-68, jul./dec. 1997. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/20119753>. Acesso em: 14 ago. 2023.

SILVA, Kalina V. A Plebe do Açúcar: a população livre na retomada da jurisdição portuguesa na capitania de Pernambuco (séc. XVII-XVIII), História, São Paulo, n. 28, v. 1, p. 215-241, 2009.

SOUZA, Antonio G. A. Arquitetura neoclássica e cotidiano social do Centro Histórico de Fortaleza: da Belle Époque ao ocaso do início do século XXI. Tese (Doutorado em Artes) – Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Minas Gerais, p. 376. 2012. Disponível em: <https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/JSSS-8Z8P5V>. Acesso em: 14 ago. 2023.

Pubblicato

2025-02-13

Come citare

A Dimensão simbólica da arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro/Brasil, no século XIX. (2025). Heródoto: Revista Do Grupo De Estudos E Pesquisas Sobre a Antiguidade Clássica E Suas Conexões Afro-asiáticas, 8(2), 176-192. https://doi.org/10.34024/herodoto.2023.v8.20106