“É possível controlar a multidão?” Libânio em defesa de Juliano e contra a população de Antioquia (séc. IV)

Autores

  • Gilvan Ventura da Silva Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.31669/herodoto.v3i1.357

Palavras-chave:

Antiguidade Tardia, Antioquia, Libânio, Juliano, Multidão.

Resumo

Quando tratamos do emprego do humor e do deboche como mecanismos de resposta da população urbana ao desempenho das autoridades romanas, um caso emblemático de estranhamento entre súditos e imperador é aquele que ocorre entre 362 e 363, em Antioquia, durante a estadia de Juliano na cidade.  Esse estranhamento foi tão intenso que acarretou, num primeiro momento, a elaboração de uma obra no mínimo desconcertante como o Misopógon, texto satírico no qual Juliano tece duras críticas ao modus vivendi dos habitantes da cidade.  Na sequência, como desdobramento do episódio, vem à luz dois discursos de Libânio, um deles intitulado Aos antioquenos, sobre a ira do imperador (Or. XVI) e o outro, Embaixada a Juliano (Or. XV).  Ambos os discursos buscavam reverter a difícil situação na qual se encontrava Antioquia, alvo da cólera do soberano.  Nesse artigo, pretendemos explorar os argumentos de Libânio sobre a controvérsia envolvendo Juliano e os antioquenos a fim de demonstrar como o sofista se encontrava comprometido com a proposta de reforma da pólis idealizada pelo imperador.

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Biografia do Autor

Gilvan Ventura da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo

Gilvan Ventura da Silva é doutor em História pela Universidade de São Paulo (Usp), mestre em História Antiga e Medieval, bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É Professor Titular de História Antiga da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em História. É editor de Romanitas, Revista de Estudos Grecolatinos e membro dos seguintes grupos de pesquisa: Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (Usp); Arqueologia Histórica (Unicamp); Núcleo de Estudos Mediterrânicos (UFPR); Serápis - Laboratório de Estudos do Mundo Helenístico-Romano (UnB); Cultura escrita e oralidade na Antiguidade e no Medievo (Uece); Estudos de gênero, discursos, religiosidades e uso e costumes do passado da Antiguidade Clássica à Tardia (UFPA) e ATRIVM - Espaço Aberto de Estudos Clássicos (UFRJ). É coordenador da seção ES do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (Leir), desenvolvendo projetos de investigação acerca dos vínculos entre espaço, identidade, religião e poder na Antiguidade. Em 2014, cumpriu estágio técnico-científico na Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, no âmbito do Projeto de Cooperação Internacional Ufes/UMinho. Em 2017, atuou como Professor Visitante junto à Università Ca'Foscari (Veneza) no âmbito do Programa Erasmus Plus de mobilidade acadêmica. (Texto informado pelo autor)

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Publicado

2018-03-24

Como Citar

da Silva, G. V. (2018). “É possível controlar a multidão?” Libânio em defesa de Juliano e contra a população de Antioquia (séc. IV). Heródoto: Revista Do Grupo De Estudos E Pesquisas Sobre a Antiguidade Clássica E Suas Conexões Afro-asiáticas, 3(1), 374–393. https://doi.org/10.31669/herodoto.v3i1.357