História e Arqueologia e os debates sobre os Manuscritos de Qumran

Autores

  • Fernando Mattiolli Universidade de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.34024/herodoto.2019.v4.10976

Palavras-chave:

Manuscritos de Qumran, Assentamento de Qumran, História, Arqueologia, Fontes textuais, Fontes materiais

Resumo

No ano de 1947, em uma região no deserto da Judeia próxima às margens do mar Morto, foi encontrada uma das mais importantes coleções de manuscritos da Antiguidade, conhecida como Manuscritos de Qumran. Algumas das cavernas em que os manuscritos foram descobertos são próximas de um assentamento antigo e os primeiros pesquisadores deduziram que esses manuscritos haviam sido redigidos naquelas instalações por um grupo religioso judaico. Investigações posteriores, partindo da Arqueologia, viriam a questionar essa tese inicial defendida principalmente por historiadores e se instauraria um debate corrente até os dias atuais. Este artigo faz uma reconstrução historiográfica que apresenta os principais pontos desse debate e propõe que a manutenção dele e a dificuldade de se chegar a um consenso entre a História e a Arqueologia estão relacionadas ao campo epistemológico dessas disciplinas, com destaque ao papel atribuído para as fontes textuais e materiais.

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Biografia do Autor

Fernando Mattiolli, Universidade de Pernambuco

É graduado (2004), Mestre (2008) e Doutor (2014) em História, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Assis). Foi orientado pelo Prof. Dr. Ivan Esperança Rocha em seus dois níveis de pós-graduação, recebendo fomento da agência CAPES. Com auxílio dessa mesma agência (Bolsa PDSE), esteve em Jerusalém ligado ao Santuário do Livro (Shrine of the Book), ala do Museu Nacional de Israel onde se encontram os mais bem conservados Manuscritos do Mar Morto. Nessa instituição, recebeu orientação do Dr. Adolfo D. Roitman, especialista em Manuscritos do Mar Morto e curador daquela coleção. Tem experiência na área de História Antiga e Medieval, com ênfase em Israel Antigo, Manuscritos do Mar Morto, Comunidade de Qumran e Grupos político-religiosos do séc. II a.C. a séc. I d.C. É filiado ABIB (Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica) e à ANPUH (Associação Nacional de História). É membro pesquisador do grupo de estudos História e Memória (departamento de História da Universidade de Pernambuco/Petrolina) e do NEAM (Núcleo de Estudos Antigos e Medievais, Unesp/Assis-Franca). É coordenador do Programa Residência Pedagógica (CAPES), no componente curricular História, da Universidade de Pernambuco/Petrolina (2020-2021). Coordena também o grupo de estudos História e Violência nessa mesma universidade. Atua principalmente nos seguintes temas: controle da violência nas sociedades primitivas e antigas, estrutura e representação social de grupos político-religiosos da Palestina dos sécs. II a.C. a I d.C., nascimento da expulsão em comunidades religiosas da Palestina dos sécs. II a.C. a I d.C., métodos e fontes para o estudo da Antiguidade. É professor adjunto na Universidade de Pernambuco, campus de Petrolina. Contato: khirbet.qumran@gmail.com. (Texto informado pelo autor)

Publicado

2020-07-27

Como Citar

Mattiolli, F. (2020). História e Arqueologia e os debates sobre os Manuscritos de Qumran . Heródoto: Revista Do Grupo De Estudos E Pesquisas Sobre a Antiguidade Clássica E Suas Conexões Afro-asiáticas, 4(2), 283–304. https://doi.org/10.34024/herodoto.2019.v4.10976

Edição

Seção

Artigos / Articles