As estátuas do "mercúrio voador" em Pelotas e no Brasil

Autores

  • Fábio Vergara Cerqueira Universidade Federal de Pelotas
  • Isabel Halfen da Costa Torino Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.34024/herodoto.2019.v4.10973

Palavras-chave:

Escultura, Mercúrio, Identidade urbana, Pelotas

Resumo

Este artigo tem como tema central um símbolo do patrimônio cultural pelotense que esteve desaparecido por longo tempo, embora tenha permanecido no imaginário pelotense, tendo sido objeto de reivindicações patrimoniais por alguns setores da sociedade: trata-se da escultura em metal que do deus greco-romano Hermes/Mercúrio. Esteve fixada no alto da torre do Mercado Central de Pelotas desde aproximadamente 1914, vindo a desaparecer entre a década de 1950 e 1960 e reaparecendo há poucos anos.  O texto, ao apreciar o contexto cultural da chegada do Mercúrio em Pelotas, aborda-o como um fenômeno de Recepção da Antiguidade, ligado à formação de uma identidade urbana e a uma ideia de civilização; considera-o como produto de uma apropriação moderna, ocorrida não somente em escala local, mas também global, e que pode ser percebida em algumas cidades brasileiras que tiveram momento de prosperidade econômico-cultural coevo e análogo ao de Pelotas.

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Biografia do Autor

Fábio Vergara Cerqueira, Universidade Federal de Pelotas

Professor Titular do Departamento de História da Universidade Federal de Pelotas. Bolsista Produtividade CNPq PQ1d em Arqueologia. Pesquisador Visitante na Universidade de Heidelberg - Instituto de Arqueologia Clássica. Pesquisador da Fundação Humboldt/Alemanha - modalidade Pesquisador Experiente - Arqueologia Clássica (desde 2014). Graduou-se no curso de Licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989) e concluiu doutorado em Antropologia Social, com concentração em Arqueologia Clássica, pela Universidade de São Paulo (2001). Coordenador do Programa de Pós-Graduação em História da UFPel (2015-2017). Leciona nos cursos de História Licenciatura e Bacharelado, Antropologia/Arqueologia Bacharelado. Entre 2006 e 2009, professor do Mestrado em Ciências Sociais. Desde 2007, professor permanente dos Cursos de Doutorado e Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural/UFPel, e, desde 2009, dos Cursos de Mestrado e Doutorado em História/UFPel. Nesta universidade, foi diretor do Instituto de Ciências Humanas por dois mandatos (2002-2010), coordenador do Curso de História (2000-2002), idealizador e coordenador do Laboratório de Antropologia e Arqueologia (2001-2012), do Museu Etnográfico da Colônia Maciel (desde 2006), do Museu da Colônia Francesa (desde 2015), do Laboratório de Estudos da Cerâmica Antiga (desde 2011) e do Circuito de Museus Étnicos (desde 2008). Foi Presidente (2001-2003) e Vice-Presidente (2004-2005) da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos, tendo sido Presidente do V Congresso da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC), realizado em 2003. Foi coordenador nacional do GT de História Antiga da Associação Nacional de História (ANPUH) entre 2007 e 2008. Editor adjunto das revistas Cadernos do Lepaarq (UFPel) e Interfaces Brasil - Canadá. Entre outros, Integrou ou integra os conselhos editoriais dos seguintes periódicos: Dimensões. Revista de História (UFES); Metis (UCS); Cadernos do LEPAARQ. Textos de Antropologia, Arqueologia e Patrimônio (UFPEL); Justiça & História (Tribunal de Justiça do RS); Memória em Rede (UFPel); Patrimônio e Memória (UNESP); Plêthos (UFF); Romanitas (UFES) e Classica. Revista da SBEC. Experiência na área de História, ênfase em Arqueologia Histórica e Arqueologia Clássica, atuando principalmente nos seguintes temas: música, arqueologia, antiguidade clássica, história antiga e iconografia. Dedica-se ainda às áreas de Memória Social e Patrimônio Cultural, bem como à gestão museológica. Pesquisou junto a instituições estrangeiras, tais como Centre Jean Bérard / École française de Rome - Nápoles, École française d'Athènes e Instituto de Arqueologia Clássica da Universidade de Heidelberg. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos - SBEC, da Associação de Arqueologia Brasileira - SAB, da Associação Nacional de História - ANPUH, da MOISA International Society for the Study of Greek and Roman Music & it's Cultural Heritage e do International Council for Traditional Music / ICTM - Iconography of Performing Arts Study Group. Membro da diretoria da MOISA Society 2018-2020. Atualmente realiza Pós-Doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em História Comparada - PPGHC/UFRJ. (Texto informado pelo autor)

Isabel Halfen da Costa Torino, Universidade Federal de Pelotas

Doutoranda do Programa de Pós-Greduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), participando do Programa de Demanda Social da CAPES (DS). Especialista em Memória, Identidade e Cultura Material pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), (2013). Bacharel em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) possuindo graduação anterior em Comunicação Social (Habilitação - Jornalismo) pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) em 1984. Participou como bolsista do Programa de Bolsas de Extensão e Cultura (PROBEC) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), (2011). Cumpriu estágio curricular obrigatório no Museu de Arte Ado Malagoli (MARGS) em Porto Alegre-RS, (2011). Membro do International Council of Museuns (ICOM) desde setembro de 2011 sob a inscrição número 64325. Sócia da Associação de Conservadores e Restauradores do Rio Grande do Sul (ACOR-RS). (Texto informado pelo autor)

Publicado

2020-07-27

Como Citar

Cerqueira, F. V., & Halfen da Costa Torino, I. (2020). As estátuas do "mercúrio voador" em Pelotas e no Brasil . Heródoto: Revista Do Grupo De Estudos E Pesquisas Sobre a Antiguidade Clássica E Suas Conexões Afro-asiáticas, 4(2), 206–240. https://doi.org/10.34024/herodoto.2019.v4.10973

Edição

Seção

Dossiê / Dossier