The signs of the Republic and Tyranny in Eduardo Prado's political criticism during the transition from the 19th to the 20th century

Authors

DOI:

https://doi.org/10.34024/csr.2025.61.2.19857

Keywords:

Eduardo Prado, Brazilian Republic, Political criticism, Monarchical restoration

Abstract

The aim of this study is to examine how the São Paulo intellectual Eduardo Prado (1860-1901) mobilized the signs of the Republic and Tyranny in his criticism of the Brazilian republican regime during the transition from the 19th to the 20th century. I seek theoretical inspiration in the reflections on neo-Roman republicanism as formulated by the authors of the so-called “Cambridge School”, above all Quentin Skinner and Philip Pettit. Prado gained notoriety throughout the 1890s because of his confrontation with Brazilian institutions, becoming one of the main leaders of the political movement that tried to restore the Monarchy. The article is divided into three parts. First, I examine how Eduardo Prado mobilized the political vocabulary of classical republicanism to define the Monarchy as a “crowned Republic”. Next, I analyze his efforts to criticize the military governments that consolidated the Republic through the use of the sign of “tyranny”, as formulated by the canonical authors of classical republicanism, especially Aristotle and Montesquieu. Finally, I show how the author used the concept of “tyranny” to criticize the modern conception of historical time, in direct dialogue with the conservative thinking that had been confronting progressive utopias since the end of the 18th century.

Author Biography

  • Rodrigo Perez Oliveira, Universidade Federal da Bahia - UFBA

    PhD in social history from UFRJ, professor in the history department and graduate program in history at the Federal University of Bahia, with postdoctoral studies at Complutense University of Madrid. Columnist on Brazilian politics for Revista Fórum magazine and editor of the books O signo do atraso no pensamento social brasileiro (The Sign of Delay in Brazilian Social Thought) and O signo da crise no pensamento social brasileiro (The Sign of Crisis in Brazilian Social Thought).

References

Alonso, A.; Abranches, S. et al. (2019). Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil de hoje. São Paulo: Companhia das Letras.

Arendt, H. (2003). A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Aristóteles. (1985). Política. Brasília. Ed. UNB.

Aristóteles. (1991). Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultura.

Armani, C. H. (2020). O Brasil e a sombra dos EUA: discursos sobre a autodeterminação nacional em Eduardo Prado e Araripe Jr. Revista Brasileira de História, 40(84).

Berlin, I. (2002). Dois conceitos de liberdade. São Paulo: Companhia das Letras.

Berriel, C. E. O. (2003). Vida literária no período de Prudente de Moraes (1894-1898): Eduardo Prado, pensamento oligárquico e restauração monárquica. In: F. T. Silva; M. R. C. Naxara; V. C. Camilotti. República, liberalismo, cidadania. Piracicaba: Ed. Unesp, p. 83-105.

Berty, E. (2012). El pensamiento político de Aristóteles. Madrid: Gredos.

Bignotto, N. (2001). Origens do republicanismo moderno. Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Botelho, A.; Ferreira, G. N. (2010). Revisão do pensamento conservador: ideias e política no Brasil. São Paulo: Hucitec.

Burke, E. (2014). Reflexões sobre a Revolução Francesa. Rio de Janeiro: EDIPRO.

Cardoso, S. (2004). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Ed. UFMG.

Castro, C. (1995). Os militares e a República: Um estudo sobre cultura e ação política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Carvalho, J. M. (2005). As Forças Armadas e política no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Carvalho, J. M. (2008). Eduardo Prado e a polêmica do iberismo e do americanismo. Revista Brasileira, 13: 71-87.

Ferreira, G. N. (1999). Centralização e descentralização no Império: o debate entre Tavares Bastos e o Visconde de Uruguai. São Paulo: Editora 34.

Figueiredo, A. C. A. (1901). Eduardo Prado, obituário. Jornal O Comércio de São Paulo, 01/09/1901.

Gomes, A. M. (2008). Monarquistas, restauradores e jacobinos: ativismo político. Estudos Históricos, 21(42): 284-302.

Hartog, F. (2014). Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Ed. Autêntica.

Janoti, M. L. M. (1992). Os subversivos da República. São Paulo: Ed. Brasiliense.

Koselleck, R. (2006). Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Ed. Contraponto.

Koselleck, R. (2014). Estratos do tempo: estudos sobre história. Rio de Janeiro: ContraPonto.

Leonzo, N. (1993). A historiografia antirrepublicana: a obra de Eduardo Prado. São Paulo: Ed USP.

Lins, I. (1967). História do Positivismo no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

Lynch, C. (2012). O Império é que era a República: a Monarquia republicana de Joaquim Nabuco. Lua Nova, 85: 277-311.

Lynch, C. (2017). O conservadorismo caleidoscópico: Edmund Burke e o pensamento político no Brasil oitocentista. Lua Nova, 100: 313-362.

Mannheim, K. (1987). Conservative thought. Londres: ED P&C.

Messenberg, D. (2017). A direita que saiu do armário: a cosmovisão dos formadores de opinião dos manifestantes de direita brasileiros. Sociedade e Estado, 32(3): 621-648.

Miguel, L. F. (2021). O mito da "ideologia de gênero" no discurso da extrema direita brasileira. Cadernos Pagu, 62.

Moreira, F. A. (2012). A Geração de 70: notas pra história de um conceito. Coimbra: Ed. Da Universidade de Coimbra.

Mota Filho, C. (1967). A Vida de Eduardo Prado. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio.

Nisbet, R. (1987). O conservadorismo. Lisboa: Editora Estampa.

Pagano, S. (1967). Eduardo Prado e sua época. São Paulo: Ed. O Cetro.

Perez, R. (2015). O conservadorismo de Eduardo Prado: a combinação entre os repertórios antigo e moderno do pensamento político ocidental. Tese de Doutorado: Rio de Janeiro: PPGHIS/UFRJ.

Perez, R. (2017). Uma República luso-brasileira das letras: amizade e socialização intelectual entre Eduardo Prado, Ramalho Ortigão e Eça de Queirós no final do século XIX. Revista Maracanan, 17: 166–185.

Pettit, P. (1999). Republican freedom and contestatory democracy. In: I. Shapiro; C. Hacker-Cordon (eds.). Democracy’s value. Cambridge: Cambridge University Press, p. 163-90.

Pettit, P. (2002). Keeping republican freedom simple. Political Theory, 30(3): 339-356.

Prado, E. (1896a). A epidemia. O Comércio de São Paulo, 25/03/1896.

Prado, E. (1896b). Epidemia. O Comércio de São Paulo, 19/04/1896.

Prado, E. (1896c). Eleições. O Comércio de São Paulo, 17/10/1896.

Prado, E. (1897a). Editorial. O Comércio de São Paulo, 17/01/1897.

Prado, E. (1897b). Anulação das Liberdades Políticas. São Paulo: Livraria Civilização.

Prado, E. (1897c). O golpe escravocrata contra o Império da liberdade. O Comércio de São Paulo, 18 de março de 1897.

Prado, E. (1898). O Natal de Voltaire. “Revista Moderna”, 01 de janeiro de 1898.

Prado, E. (1899). Traição à pátria. O Comércio de São Paulo, 18 de novembro de 1899.

Prado, E. (1900). O Natal de Aristóteles. Revista Moderna, 26 de dezembro de 1900.

Prado, E. (1902). Coletâneas (Vol.2). São Paulo: Tipografia Salesiana.

Prado, E. (1903). A bandeira nacional. São Paulo: Tipografia Salesiana.

Prado, E. (1980 [1893]). A ilusão americana. São Paulo: Ed. Ibrasa.

Prado, E. (2003 [1890]). Fastos da Ditadura Militar no Brasil. São Paulo: Martins Fontes.

Prado, E. Diário pessoal. Coleção Spencer Vampré (IHGB). Pasta 32, doc. 7.

Queiroz, S. R. R. (1986). Os radicais da República. Rio de Janeiro: Ed. Brasiliense.

Ricupero, B. (2010). O conservadorismo difícil. In: FERREIRA, G. N.; BOTELHO, A. (orgs.). Revisão do pensamento conservador. São Paulo: Hucitec.

Skinner, Q. (1984). The idea of negative liberty: philosophical and historical perspectives. In: Q. Skinner; R. Rorty; B. Schnegwind (eds.). Philosophy in history. Cambridge: Cambridge University Press.

Skinner, Q. (1990). The republican ideal of political liberty. In: Q. Skinner, M. Viroli; G. Bock (eds.). Machiavelli and republicanism. Cambridge: Cambridge University Press.

Tocqueville, A. 2005 [1835]. A democracia na América: leis e costumes de certas leis e certos costumes políticos que foram naturalmente sugeridos aos americanos por seu estado social democrático. São Paulo: Martins Fontes.

Published

2025-08-29

Issue

Section

Dossier: Democracy in Brazilian Political Thought

How to Cite

The signs of the Republic and Tyranny in Eduardo Prado’s political criticism during the transition from the 19th to the 20th century. (2025). Ciências Sociais Em Revista, 61(2). https://doi.org/10.34024/csr.2025.61.2.19857