Importância do Profissional de Fisioterapia na Equipe de Estratégia da Saúde da Família

Autores

  • Afonso Rossafa Médico Clínico Geral – Prefeitura de Campinas
  • Renata Porto Bugni Programa de Pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo - USP

Resumo

Este estudo pretende avaliar a importância de o profissional de fisioterapia ser parte de uma equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF), melhorando o atendimento integral do paciente e a qualificação da equipe multidisciplinar. Trata-se de uma pesquisa por meio de revisão bibliográfica visando recuperar o conhecimento científico acumulado e contribuir com o enriquecimento da bibliografia sobre o tema pesquisado. Foram analisados artigos da área de saúde sobre o programa saúde da família no período de 1994 a 2015 voltados para prevenção, saúde pública, integralidade e promoção da saúde. A partir do que foi observado na literatura pesquisada se verifica a necessidade da inserção do fisioterapeuta nas equipes de saúde, já que o atendimento é efetuado a uma população carente, que envelhece rapidamente e necessita de uma equipe multidisciplinar com profissionais capacitados a atender suas necessidades. Dentre as atividades que o fisioterapeuta realiza, destacam-se os treinamentos de marcha para pessoas com dificuldades para andar higienização brônquica e orientação respiratória para adultos; e orientação para os idosos quanto à prevenção de quedas (Baena, 2012). Concluiu-se, diante dos casos apresentados, que houve diminuição das sequelas físicas e das hospitalizações ocasionadas pelas doenças crônicas não transmissíveis com diminuição das intervenções por condições sensíveis à atenção básica. Essas conclusões justificam a recomendação de inserção do fisioterapeuta nas equipes de ESF.

 

The importance of Physiotherapist in the Family Health Strategy Team

This study intends to evaluate the importance of the physiotherapist in Family Health Care Strategy (FHS) team, considering the improvement of the integral care of the patient as well as the and the participation of other professionals. This research was conducted through a bibliographical review aiming to recover the accumulated scientific knowledge and to contribute to further reflections on the topic. Articles investigating the family health program in the period from 1994 to 2015 focused on prevention, public health, integrality and health promotion were analyzed. It has been observed in the consulted literature that seems necessary to insert the physiotherapist in the health teams, since the care is mainly given to a vulnerable population, who ages rapidly and could be benefited by a diverse ultidisciplinary team with professionals trained to meet their needs. Among the activities that the physiotherapist performs, stand out the walking trainings for people with difficulties to walk bronchial hygiene and respiratory orientation for adults. It is also worthy to mention their role in counseling the elderly regarding falls prevention. The cases presented pointed out that there was a decrease in physical sequelae and hospitalizations caused by chronic noncommunicable diseases, with a decrease in interventions due to conditions sensitive to primary care when a physiotherapist was present at the FHS, justifying the recommendation of insertion of this professional in the teams.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renata Porto Bugni, Programa de Pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo - USP

 

 

Referências

APM. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA (2008). SUS. O que você precisa saber sobre o sistema único de saúde (vol. 1). São Paulo: [s.n.].

ARRUDA et al. (2002) A importância da inclusão do fisioterapeuta no programa saúde da família. Anais do Congresso Brasileiro de extensão universitária 1. Paraíba, João Pessoa: [UFPB]. Recuperado em 30 de agosto de 2015, de http://prac.ufpb.br/anais/lcbeu_anais/anais/saude/fisioterapia.pdf.

ASSIS, M.M.A et al. (2008). Atenção Primária e o Direito à Saúde: algumas reflexões. Revista Baiana de Saúde Pública, 32(2), 297-303.

AVEIRO, M. C. et al. (2008). Perspectivas de participação do fisioterapeuta no programa saúde da família na atenção à saúde do idoso. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 46, 1467-1478.

BAENA, C. P.; SOARES, M. L. F. (2012). Subsídios reunidos junto à equipe de saúde para a inserção da fisioterapia na Estratégia Saúde da Família. Revista Fisioterapia ame Movimento, 25, 419-431. Recuperado em 31 outubro de 2015, de www.scielo.br/pdf/fm/v25n2/v25n2a20.pdf.

BARROS, F. B. M. (2003) Autonomia profissional do fisioterapeuta ao longo da história. Revista Fisiobrasil, 59(1), 20-31.

BISPO JUNIOR, J. P. (2010). Fisioterapia e Saúde Coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais. Ciência &Saúde Coletiva, 15(1), 1627 – 1636.

BRAGA et al. (2008) Atuação do fisioterapeuta nas equipes de saúde da família. Revista Investigação, 8(1-3), 19-24.

BRASIL (2004). Projeto-Lei 4261 de 19 out 2004. Ministério da Saúde. Recuperado em 27 de agosto de 2015, de www2.camara.gov.br/internet/proposições, 2004.

BRASIL (2006). Portaria N° 648/GM de 28 de março de 2006. Política Nacional da Atenção Básica. Recuperado em 1 de setembro de 2015, de www.bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf.

BRASIL (2008). Portaria GM 154, de 25 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Diário Oficial da União, 18(1), 47-49.

BRASIL (2011). Portaria N° 2488, de 21 de outubro de 2011. Brasil Aprova a Política Nacional da Atenção Básica estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para a ESF e o Programa de Agentes Comunitários (PACS)s. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF:[s.n.] 204 p.55.

CAETANO, S.; DAIN, S. (2002). O PSF e a reestruturação da atenção básica à saúde nos grandes centros urbanos: velhos problemas, novos desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 12(1), 11-21.

CAMELO, S.H.H.; ANGERAMI, E.L.S. (2008). Formação de recursos humanos para a ESF. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá, 7(1), 45-52.

CAMPOS, G. W. S. (2006). Efeito Paidéia e o campo da saúde: reflexões sobre a relação entre o sujeito e o mundo da vida. Trabalho, Educação e Saúde. [S.l.]: [s.n.], 4(1), 19-31.

CASTRO S. et al. (2006). Fisioterapia no programa saúde da família: uma revisão e discussões sobre a inclusão. Fisioterapia em Movimento, 19(4), 55-62.

COSTA, E.M.A.; CARBONE, M.H. (2009). Saúde da Família: uma abordagem multidisciplinar. (2.a. ed.) Rio de Janeiro: Rubio.

DE OLIVEIRA BRASIL ET AL. (2005). O papel do fisioterapeuta do programa saúde da família do município de Sobral-Ceará. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 18(1), 3-4.

DELIBERATO, P. C. P. (2002). Fisioterapia preventiva: fundamentos e aplicações. São Paulo: Manole.

FIGUEIREDO, E. N. D. (2012). A Estratégia saúde da família na atenção básica do SUS. UNASUS [S.I]:[s.n.]. Recuperado em 14 setembro de 2015, de www.unasus.unifesp.br/biblioteca virtual/unidades conteudos/unidade05/.

FRANCISCHINI, A.C.; MOURA, S.D.R.P.; CHINELATO, M. (2008) A importância do trabalho em equipe no PSF. Revista Investigação. [S.l.]: [s.n.], 8(1-3), 25-32.

GIOVANELLA, L. et al. (2013) Primary Care in European Union Countries: configuration and organizational reforms in the 1990's. Cadernos de Saúde Pública, 22(5), 951-963.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE (2015). Tábua Completa de Mortalidade do Brasil. [S.I]:[s.n.]. Recuperado em 27 agosto de 2015, de http://www.ibge.gov.br.

LIMA, T. C. S. & MIOTO, R. C. T. (2007) Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. Katál.10, 37-45.

MACHADO, M.F.A.S. et al. (2007) Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS: uma revisão conceitual. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 12(2), 335-342.

MAGALHÃES-JUNIOR, H.M.; PINTO, H.A (2014). Atenção Básica enquanto ordenadora da rede e coordenadora do cuidado: ainda uma utopia? Revista Divulgação em Saúde para Debate 51, 14-29. Recuperado em 3 outubro 2015, de www.cebes.org.br/site/wp-content/upload/2014/12/Divulgacao-51.pdf.

MATTOS, R. (2004). Integralidade como eixo da formação dos profissionais de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 28(2), 91-101, 2004.

NASCIMENTO, D.D.G.; OLIVEIRA, M.A.C, (2010). Reflexões sobre as competências profissionais para o processo de trabalho nos NASF. O Mundo da Saúde, 34(1), 92-96.

NAVES, C.R.; BRICK, V.S. (2011) Análise quantitativa e qualitativa do nível de conhecimento dos alunos do curso de fisioterapia sobre a atuação do fisioterapeuta em saúde pública. Revista Ciência & Saúde Coletiva,16(1), 1525-1534.

NERI, A. L. (2004). Qualidade de vida na velhice: a prática da assistência ao idoso. Geriátrica, (1), 1-36.

NILSONA, J.J.; GRAFSTRO, M.A. (2005) Role and function: Aspects of quality of life of older people in rural Bangladesh. Journal of Aging Studies, 19, 363-374.

PAIM et al. (2015). O sistema de saúde brasileiro. The Lancet. p. 11-31. Recuperado em 3 outubro de 2015, de www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-574.pdf.

PAIM, J. S. (2012). Atenção Primária à Saúde: uma receita para todas as estações? Revista Divulgação em Saúde para Debate, 36(94), 343-347. Recuperado em 3 outubro de 2015, de www.scielo.br/pdf/Sdebv36n94/a04v36n94.pdf.

PARAHYBA et al. (2015). Incapacidade funcional entre as mulheres idosas no Brasil. Revista Saúde Pública, 39(3), 383-391, Recuperado em 27 agosto de 2015, de www.scielo.br/scielo.php? Script=sci_arttext&pid=S0034=89102005000300008.

PAULA, R. et al. (2009). Fisioterapia na comunidade: Saúde da Família, novos desafios e desenvolvimento das ações no trabalho multiprofissional. Revista Multidisciplinar das Faculdades Integradas Pitágoras, Montes Claros, 1(7), 64-70.

PAULINE et al. (2015). Quais são os desafios para a qualificação da atenção básica na visão dos gestores municipais? Revista Divulgação em Saúde para Debate, 39(105). Recuperado em 27 agosto de 2015, de www.scielo.br/scielo.php?Script=sci_arttext&pid=S0103-11042015000200323& Script=Ting=es.

POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO À SAÚDE (2006). Cadernos de Atenção Básica. Ministério da Saúde Brasília, Brasília, DF:[s.n.]

PORTAL BRASIL (2014). ISSN (Ministério da Saúde). Brasília, DF: [s.n.]. Recuperado em 23 de agosto de 2014, de www.brasil.gov.br/saude/2014/12/pesquisa-revela-que-57-4-milhoes-de-brasileiros-tem-doenca-cronica.

PORTAL DA SAÚDE (1997). (Ministério da Saúde), Brasília, DF: [s.n.]. Recuperado em 04 de setembro de 2015, de www.sus.gov.br.

PORTAL DA SAÚDE. (2015). (INSS). Brasília, DF:[s.n.] Recuperado em 14 de setembro de 2015, de www.dab.saude.gov.br/portaldab/ape esf.php.

PORTES, L.H. et al. (2011). Atuação do fisioterapeuta na Atenção Básica à Saúde: uma revisão da literatura brasileira. Revista da APS, 14(1), 111-119.

RIBEIRO, K. S. Q. S. (2002). A atuação da fisioterapia na atenção primária à saúde: reflexões a partir de uma experiência universitária. Fisioterar Bras., 3(5), 311-318.

SILVA, D. J.; DA ROS, M. A. (2007). Inserção de profissional de fisioterapia na equipe de saúde da família e SUS: desafios na formação. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 12(6), 673-681.

SIQUEIRA, F.V.; FACCHINI, L.A.; HALLAL, P.C. (2005). Epidemiology of physiotherapy utilization among adults and elderly. Revista Saúde Pública, São Paulo, 39(4), 662-668.

TEMPORÃO, J. G. (2006). Apresentação. Cadernos de Atenção Básica, Envelhecimento da Pessoa Idosa Brasília DF, 19, 7. Recuperado em 05 agosto de 2015, de bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/evelhecimento_saude_pessoa_idosa.pdf.

TRELHA, C. S. E. A. (2002). O processo de trabalho do profissional fisioterapeuta. Revista Espaço para Saúde, 4(1), 15-20.

TRELHA, C.S. et al. (2007) O fisioterapeuta no programa de saúde da família em Londrina. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, 8(2), 20-25.

VERÁS, M.M.S. et al. (2005) A Fisioterapia no Programa Saúde da Família de Sobral CE. Revista Fisioterapia Brasil, atlântica,6(5), 345-348.

Downloads

Publicado

2016-10-01

Como Citar

Rossafa, A., & Bugni, R. P. (2016). Importância do Profissional de Fisioterapia na Equipe de Estratégia da Saúde da Família. Revista Internacional De Debates Da Administração & Públicas - RIDAP, 1(1), 8–21. Recuperado de https://periodicos.unifesp.br/index.php/RIDAP/article/view/1257