Seres humanos, animais peçonhentos e ambiente: conhecimento prévio do público infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2021.v16.11983

Palavras-chave:

Arraia de água doce. Escorpião. Serpente. Animais venenosos peçonhentos. Ambiente. Educação.

Resumo

O avanço dos sistemas urbanos sobre a natureza aumentou a frequência dos encontros entre seres humanos e animais venenosos peçonhentos. O objetivo deste estudo foi diagnosticar o conhecimento prévio de uma comunidade escolar sobre sua relação ambiental com os animais venenosos peçonhentos. Houve pesquisa-ação, com realização de oficinas didático-pedagógicas para crianças, aplicação de questionários e observação não participante. O público se confundiu para classificação dos animais como venenosos peçonhentos e mostrou-se indiferente aos ambientes modificados, entre outros resultados. Concluiu-se que as oficinas foram eficientes para fixar informações morfofisiológicas e ineficazes para sensibilizar as crianças quanto à sua interação ambiental com esses animais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALEGRO, R.C. Conhecimento prévio e aprendizagem significativa de conceitos históricos no Ensino Médio. 2008. 239f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Marília.

ALMEIDA, E. F. de A.; NUNES, J. R. da S. Educação ambiental e ecoturismo em área natural: um estudo de caso no mirante camping e lazer no município. UNICiências, Tangará, MT, v.14, n. 2, 2010.

AZEVEDO, B.R.M.; ALMEIDA, Z. da S. de. Percepção ambiental e proposta didática sobre a desmistificação de animais peçonhentos e venenosos para os alunos do Ensino Médio. Acta Tecnológica, v. 12, n. 1, p. 97-108, 2018.

BARBARO, K.C. et al. Comparative study on extracts from the tissue covering the stingers of freshwater (Potamotrygon falkneri) and marine (Dasyatis guttata) stingrays. Toxicon, v. 50, p. 676-687, 2007.

BARBIER, R. A pesquisa-ação. Tradução de Lucie Didio. Brasília: Liber Livro Editora, 2007.

BARBOSA, I.R. Aspectos clínicos e epidemiológicos dos acidentes provocados por animais peçonhentos no estado do Rio Grande do Norte. Revista Ciência Plural, v. 1, n. 3, p. 2-13, 2015.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BELLUCO, A.; CARVALHO, A.M.P. Uma proposta de sequência de ensino investigativa sobre quantidade de movimento, sua conservação e as leis de Newton. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 31, n. 1, p. 30-59, abr. 2014.

BELTRAME, V.; D'AGOSTINI, F.M. Acidentes com animais peçonhentos e venenosos em idosos registrados em municípios do estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, v. 14, n. 3, 2017.

BERNARDE, P.S. Anfíbios e répteis: introdução ao estudo da herpetofauna brasileira. Curitiba: Anolis Book, 2012.

BERNARDE, P.S. Serpentes peçonhentas e acidentes ofídicos no Brasil. São Paulo: Ed. Anolisbooks, 2014.

BONASSINA, A.L.B.; KUROSHIMA, K.N. Impactos do ensino, pesquisa e extensão universitária: instrumento de transformação socioambiental. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 16, n. 1, p. 163-180, 2021.

BRANDÃO, R.A.; FRANÇOSO, R.D. Acidente por Rhopalurus agamemnon (koch, 1839) (Scorpiones, Buthidae). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 43, n. 3, p. 342-344, 2010.

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.

BRITO, L.M.D. Elementos de influência no apego ao lugar de destino pelos turistas em Minas Gerais. 2019. 95f. Tese (Doutorado em Administração de Empresas) – Escola de Administração de Empresas, Fundação Getúlio Vargas.

CARDOSO, J.L.C. José de Anchieta e as Cartas. In: CARDOSO, J.L. et al. (Org.). Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, 2003.

CORRÊA, Y.G.; SEIBERT, C.S. A relação entre o ser humano e a arraia de água doce: duas faces de uma mesma moeda. Ambiente & Educação-Revista de Educação Ambiental, v. 21, n. 1, p. 173-194, 2016.

CORRÊA, Y.G.; SEIBERT, C.S. Uso do Storytelling na educação ambiental para sensibilizar crianças sobre as arraias de água doce. Ambiente & Educação de Educação Ambiental, v. 24, n. 1, p. 3-31, 2019.

COSTA, C.C.; BÉRNILS, R.S. Répteis do Brasil e suas unidades federativas: lista de espécies. Revista Eletrônica Herpetologia Brasileira, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 11-57, 2018.

COTTA, G.A. Animais peçonhentos. 5ª ed. Belo Horizonte: Fundação Ezequiel Dias, 2014.

ENGEL, G.I. Pesquisa-ação. Educar, Curitiba: Editora da UFPR, n. 16, p. 181-191, 2000.

ESPOSITO, L.A. et al. Systematic revision of the neotropical club-tailed scorpions, Physoctonus, Rhopalurus and Troglorhopalurus, revalidation of Heteroctenus, and descriptions of two new genera and three new species (Buthidae: Rhopalurusinae). Bulletin of the American Museum of Natural History, n. 415, 134 p., 2017.

FRANÇA, F.O. de S. et al. Acidente botrópico. In: CARDOSO, J.L. et al. (Org.). Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, 2003.

FRANCO, M.A.S. Pedagogia da pesquisa-ação. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 3, p. 483-502, 2005.

REITAS, D.C. de et al. Serpentes: é possível conviver com elas? Revista Brasileira de Ecoturismo, v. 3, n. 3, p. 572-586, 2020.

FREITAS, M.A. Serpentes brasileiras. Lauro de Freitas: Malha-de-Sapo-Publicações, 2003.

GARRONE NETO, D.; HADDAD JÚNIOR, V. Arraias em rios da região Sudeste do Brasil: locais de ocorrência e impactos sobre a população. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 43, p. 82-88, 2010.

GARRONE NETO, D.; SAZIMA, I. Stirring, Charging, and Picking: hunting tactics of potamotrygonid rays in the upper Paraná River. Neotropical Ichthyology, v. 7, n. 1, p. 113-116, 2009.

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª ed. reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.

GOPALAKRISHNAKONE, P. et al. Scorpion Venom; Springer: Berlin, Germany, 2015.

HADDAD JÚNIOR, V. Atlas de Animais Aquáticos Perigosos do Brasil: guia médico de identificação e tratamento. São Paulo: Editora Rocca, 2000.

HADDAD JÚNIOR, V. et al. Freshwater Stingrays: study of epidemiologic, clinic and therapeutic aspects based on 84 envenomings in humans and some enzymatic activities of the venom. Toxicon, v. 43, n. 3, p. 287-94, 1 Mar. 2004.

HALSTEAD, B.W. Poisonous and Venomous Marine Animals of the World. Gov. Print Office, v. 3, p. 29–69, 1970.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Biomas continentais do Brasil. 2019. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-ambientais/15842-biomas.html?edicao=16060&t=downloads>. Acesso em: 15 nov. 2019.

INSTITUTO BUTANTAN. Acidentes por animais peçonhentos. São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.butantan.gov.br/perguntas.htm>. Acesso em: 20 dez. 2016.

KELLERT, S.R. Children’s Attitudes, Knowledge and Behaviors Toward Animals. Fase IV. Washington, D.C., US. Fish and Wildlife Service, Department of Interior. ERIC Document Reproduction Service, v. 41, n. 237, 1984.

LAMEIRAS, J.L.V. et al. Arraias de água doce (Chondrichthyes – Potamotrygonidae): biologia, veneno e acidentes. Scientia Amazonia, v. 2, n. 3, p. 11-27, 2013.

MARCHAND, P.; RATINAUD, P. L'analyse de similitude appliqueé aux corpus textueles: les primaires socialistes pour l'election présidentielle française. Actes des 11eme Journées internationales d’Analyse statistique des Données Textuelles, Liège, Belgique: Jadt, p. 687-699, 2012.

MARTINS, M.R. et al. Escorpiões: biologia e acidentes. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, ano VI, n. 10, 2008.

MESSEDER NETO, H.S.; PINHEIRO, B.C.S; ROQUE, N.F. Improvisações teatrais no ensino de Química: interface entre teatro e ciência na sala de aula. Química Nova na Escola, v. 35, n. 2, p. 100-106, maio 2013.

MEYER, D.D.; DA SILVA, K.V.C. L. Brincar e filosofar, despertando o interesse pelo saber: oficinas sobre animais peçonhentos. Cadernos do Aplicação, v. 21, n. 1, p. 179-191, 2008.

MONACO, L.M.; MEIRELES, F.C.; ABDULLATIF, M.T.G.V. (Org.). Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias. 2ª ed. rev. ampl. São Paulo: Instituto Butantan, 2017.

MOREIRA, L.M.; MARANDINO, M. Teatro de temática científica: conceituação, conflitos, papel pedagógico e contexto brasileiro. Ciênc. Educ., Bauru, v. 21, n. 2, p. 511-523, 2015.

NASCIMENTO, A.T.B. da S.; SANTOS, I.F.; NUNES, J.R.V. Oficinas educativas/reflexivas e a interface com saúde e o meio ambiente. Revista em Extensão, v. 18, n. 1, p. 134-144, 2019.

OLIVEIRA, A.T. de et al. Relação entre as populações naturais de arraias de água doce (Myliobatiformes: Potamotrygonidae) e pescadores no Baixo Rio Juruá, Estado do Amazonas, Brasil. Biota Amazônia, Macapá, v. 5, n. 3, p. 108-111, 2015.

OLIVEIRA, R.M. de et al. Escorpionismo na área urbana de Palmas - Tocantins. Hygeia, v. 16, p. 137-158, 2020.

PASSOS, D.C. et al. Calangos e lagartixas: concepções sobre lagartos entre estudantes do Ensino Médio em Fortaleza, Ceará, Brasil. Ciência & Educação, Bauru, v. 21, n. 1, p. 133-148, 2015.

PEREIRA, A.F. Design para a sustentabilidade: melhoria de produtos e processos e valorização da identidade local. Estudos em Design, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 1-15, 2012.

PESSÔA, V.L.S. Ação do estado e as transformações agrárias no Cerrado das zonas de Paracatu e Alto Paranaíba. 1988. 239f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho imagem representação. Tradução de Álvaro Cabral e Christiano Monteiro. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC. Título original: La Formation du Sembole chez l'enfant imitation, Jeu et Rêve, image et Représentation. Suíca: Editions Delachaux et Niestlé, Neuchâtel do da terceira edição, 1964.

PICHETH, S.F.; CASSANDRE, M.P.; THIOLLENT, M.J.M. Analisando a pesquisa-ação à luz dos princípios intervencionistas: um olhar comparativo. Educação, v. 39, n. Esp, p. s3-s13, 2016.

PRUDENTE, S.R. Educação Ambiental e escola de Educação Infantil: mapeando propostas e perspectivas. 2013. 149f. Dissertação (Mestrado em Sociedade, Tecnologia e Meio Ambiente) – Centro Universitário de Anápolis.

RIBEIRO NETO, D.G. et al. Escorpiões: um estudo de caso com estudantes do Ensino Fundamental. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 21, n. 3, 2020.

RUSSELL, F.E. Venom Poisoning. Rational drug therapy, v. 5, n. 8, p. 1-7, 1971.

SANTOS, L.P. A relação da Geografia e o conhecimento cotidiano vivido no lugar. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 16, n. 3, p. 107-122, 2012.

SCHMIDT, G.O. Levantamento dos escorpiões (Arachnida: Scorpiones) na Restinga da Praia da Pinheira, Palhoça, Santa Catarina, Brasil. 2008. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Santa Catarina.

SILVA, A.W.P. et al. Concepções sobre serpentes entre jovens estudantes do Ensino Médio: um diálogo entre ciência e cultura. Scientia Plena, v. 12, n. 6, 2016.

SINAN, Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Ministério da Saúde do Brasil, Secretaria do Sistema Departamento, Coordenação do Sistema Registro no INPI N.000000-0. 2017. Disponível em: <http://portalsinan.saude.gov.br/>. Acesso em: 05 ago. 2021.

SOUZA, L.B. Hipérbole mercantil da expansão urbana e suas implicações ambientais. Mercador, Fortaleza, v. 14, n. 4, p. 159-180, 2015.

STEDILE, N.L.R.; CAMARDELO, A.M.P.; CIOATO, F.M. Educação Ambiental no ensino formal para o correto manejo de resíduos. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 16, n. 1, p. 96-113, 2021.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.

TRAJANO, E. Políticas de conservação e critérios ambientais: princípios, conceitos e protocolos. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 135-146, 2010.

Downloads

Publicado

01-12-2021

Como Citar

Corrêa, Y. G., Ribeiro Neto, D. G., Nascimento, T. S. do, Nunes, A. Ítalo dos S., & Seibert, C. S. (2021). Seres humanos, animais peçonhentos e ambiente: conhecimento prévio do público infantil. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 16(6), 31–51. https://doi.org/10.34024/revbea.2021.v16.11983

Edição

Seção

Artigos
Recebido: 2021-04-09
Aceito: 2021-08-01
Publicado: 2021-12-01