A acreditar em algumas interpretaçes das profecias maias, o mundo deveria ter acabado em 21 de dezembro de 2012. A NASA, e vários estudiosos, buscaram desfazer o engano durante todo o ano de 2012: tarefa quase incua, sresolvida quando, em 22 de dezembro de 2012, as pessoas se deram conta de que teriam que continuar a trabalhar, a criar seus filhos, a estudar, a produzir textos, a desvendar o universo e a curar doenças.
De fato, o que podemos aprender desse e de todos os equívocos que apregoam o final catastrfico do nosso planeta é que a necessidade de os seres humanos explicarem a realidade e alcançarem o conhecimento é muito mais complexa do que imaginamos. Crenças e superstiçes conversam com a Ciência, da mesma forma como a Ciência dialoga com as práticas mágicas que buscam a compreensão do que nos cerca, espanta e amedronta. Mais do que nunca, não se trata apenas de acessar o Saber, mas de discutir os pressupostos e os processos a partir dos quais esse Saber será acessado.
Enfim, o mundo não acabou e o nmero 7 da PROMETEICA é agora publicado. Aqui, poderão ser lidos os trabalhos de acadêmicos da Colmbia, Argentina e do Brasil; eles abarcam a instrumentação política da diferença como instrumento de coesão social, o uso de metáforas nas formas de comunicação científica e os problemas conceituais referentes à divisão entre designers e usuários a partir do modelo intencionalista de Vermaas e Houkes.
Na seção Cine e Ciência, são analisados os filmes “Valsa com Bashir”, “Black Jack” e “O Homem Nu”. Temos também a entrevista com o poeta e tradutor espanhol Albert Lázaro-Tinaut e a resenha do libro Texto, significado y mundo. “Aproximaciones hermenéuticas y fenomenolgica". s
O mundo não acabou. Ainda bem.
Ivy Judensnaider
Editora adjunta
Ao III – Nm. 7 – verano 2013 -www.prometeica.com.ar