Linguagem e sócio-história afro-brasileira: desafios à formação continuada

Autores

  • Lilian do Rocio Borba IEL/Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.34024/olhares.2014.v2.282

Resumo

O objetivo central deste artigo é dialogar com professores que buscam subsídios em pesquisas acadêmicas para ancorar suas práticas relativas à história e à cultura afro-brasileira e africana. A pesquisa insere-se nas discussões sobre a formação socio-histórica do português brasileiro sob o viés do contato linguístico. Argumenta-se em favor de que, ao abordar esta temática, é necessário considerar a atuação do negro africano e de seus descendentes como indivíduos falantes e participantes ativos na construção da identidade linguística do Brasil. Os objetivos específicos compreendem a abordagem de: 1) aspectos socio-históricos sobre a formação do português no Brasil, 2) questões sociolinguísticas relacionadas a falares africanos na constituição do português brasileiro; 3) questões de língua e identidade sob o viés histórico. A discussão tem como base estudos relevantes no âmbito da sociolinguística histórica, os quais evidenciam que o português brasileiro, no que se diferencia do português europeu, é fruto das relações sociais que se desenvolveram (e ainda se desenvolvem) em nosso país desde o período colonial, assinalando que mais que influência africana em uma lista de palavras, o contato entre negros – africanos ou descendentes – índios e portugueses forjou a identidade linguística brasileira.

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Biografia do Autor

Lilian do Rocio Borba, IEL/Unicamp

Doutora em Linguísitica pela Unicamp.Pesquisadora na área de Sociolinguística, Linguística Socio-histórica. Atua ativamente na formação de professores de língua portuguesa.

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Publicado

2014-11-30

Como Citar

Borba, L. do R. (2014). Linguagem e sócio-história afro-brasileira: desafios à formação continuada. Olhares: Revista Do Departamento De Educação Da Unifesp, 2(2), 227–254. https://doi.org/10.34024/olhares.2014.v2.282

Edição

Seção

SEÇÃO TEMÁTICA: GEPPEDH 10 ANOS: Educação e pesquisa na perspectiva histórico-cultural