Cefaléia e Terapia de Reposição Hormonal

Autores

  • Carla Schultze Médica Pós-graduanda do Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina – Unifesp
  • Renata Maria Lima de Carvalho Médica Residente da Disciplina de Neurologia do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina – Unifesp
  • Deusvenir de Souza Carvalho Professor-adjunto e Chefe do Setor de Investigação e Tratamento das Cefaléias da Disciplina de Neurologia, do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina – Unifesp

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2001.v9.8927

Palavras-chave:

Cefaléia, enxaquecas, terapia de reposição hormonal

Resumo

Nos países ocidentais, mais de 30% da população feminina está na pós-menopausa. Aproximadamente 30% dessas mulheres sofrem de sintomas clínicos típicos do climatério, tais como distúrbios vasomotores, associados com “ondas de calor”, sudorese noturna, insônia, alterações no humor, irritabilidade, tendência à depressão, necessitando de tratamento médico. A terapia de reposição hormonal (TRH) abole sintomas específicos da menopausa em mais de 90% das pacientes. Sintomas inespecíficos, como cefaléias, respondem à TRH e ao tratamento com placebo igualmente bem. Neste trabalho, descreveremos tendências na prevalência de cefaléias em mulheres recebendo terapia de reposição hormonal (TRH), as recomendações para prevenir ou melhorar os quadros de cefaléia e ainda os indícios de cefaléias como contra-indicações para a TRH. A revisão bibliográfica dos últimos oito anos, sobre literatura científica pertinente, permitiu concluir que as cefaléias e enxaquecas são uma contra-indicação relativa ao uso de TRH; a via transdérmica parece ser mais aceita por pacientes que já apresentavam crises de enxaqueca antes da terapia; não é fato comprovado que a TRH por si só cause enxaquecas; as enxaquecas não são constituídas de sintomas específicos da menopausa e podem estar relacionadas a várias outras causas; a relação risco/benefício favorece o uso de TRH.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Evans MP, Fleming KC, Evans JM. Hormone replacement therapy: management of common problems. Mayo Clin Proc, 70:800-5, 1995.

Breckwoldt M, Keck C, Karck U. Benefits and risks of hormone replacement therapy (HRT). J Steroid Biochem Mol Biol, 53:205-8, 1995.

Silberstein SD & Merriam GR. Physiology of the menstrual cycle. Cephalalgia, 20:148-54, 2000.

Greendale GA & Judd HL. The menopause: health implications and clinical management. J Am Geriatr Soc, 41: 426-36, 1993.

Moorhead T, Hannaford P, Warskyj M. Prevalence and characteristics associated with use of hormone replacement therapy in Britain. Br J Obstet Gynaecol, 104:290-7, 1997.

Porzio G, Patacchiola F, Toro G, Moscarini M. Terapia ormonale sostitutiva in menopausa: incremento della compliance. Minerva Ginecol, 49:515-9, 1997.

Coope J, McEwan H, Parsons T. A contraindication to HRT. The Practitioner, 237:93-8, 1993.

De Lignières B & MacGregor EA. Risks and benefits of hormone replacement therapy. Cephalalgia, 20:164-9, 2000.

Silberstein SD & De Lignières B. Migraine, menopause and hormonal replacement therapy. Cephalalgia, 20: 214-21, 2000.

Downloads

Publicado

2001-03-31

Como Citar

Schultze, C., Carvalho, R. M. L. de, & Carvalho, D. de S. (2001). Cefaléia e Terapia de Reposição Hormonal. Revista Neurociências, 9(1), 9–15. https://doi.org/10.34024/rnc.2001.v9.8927

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-02
Publicado: 2001-03-31