Avaliação comparativa em lesados medulares sedentários e praticantes de basquetebol em cadeira de rodas

Autores

  • Leandro Stetner Antonietti Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Esportiva pela UNIFESP, Fisioterapeuta do Centro de Traumatologia do Esporte (CETE) da UNIFESP.
  • Renata Alqualo Costa Fisioterapeuta, Mestre em Reumatologia pela UNIFESP, Professora da UNICID.
  • Francine Lopes Barreto Gondo Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica pela Associação Catarinense de Ensino - ACE, Coordenadora do Curso de Fisioterapia da UNICID.
  • Acary Souza Bulle Oliveira Médico, Pós-doutor em Neurologia pela Columbia University, Chefe do Setor de Doenças Neuromusculares da UNIFESP.
  • Berenice Chiarello Fisioterapeuta, Mestre em Histologia/Morfologia pela UNIFESP, Professora da UMESP

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8643

Palavras-chave:

Lesões do Esporte, Traumatismos da Medula Espinal, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução. O esporte adaptado é ferramenta importante na reabilitação de indivíduos com deficiência, pelos benefícios motores, psicológicos e sociais. O basquetebol em cadeira de rodas (BCR) possui regras semelhantes ao basquetebol convencional, com adaptações. É jogado por indivíduos com seqüelas motoras,
como lesados medulares. A prevalência de lesões músculo-esqueléticas nesse esporte é citada em pesquisas, sem correlacionálas com sobrecarga ou mau uso dos membros não afetados pelas adaptações nas atividades de vida diária. Objetivo. verificar a prevalência de lesões músculo-esqueléticas nos últimos doze
meses em lesados medulares (LM) cadeirantes (T1 e inferior), que praticam ou não BCR, e correlacionar com a qualidade de vida destes indivíduos. Método. Foram avaliados 27 indivíduos (12 sedentários, 15 desportistas), homens, locomoção em cadeira de rodas manual. Utilizou-se o Inquérito de Morbidade Referida, um questionário de cunho sócio-demográfico e o WHOQOL-bref. Resultados. a maior prevalência de dor por lesões músculo-esqueléticas foi no ombro, em ambos os grupos. Os desportistas apresentaram maiores escores nos aspectos físico, psicológico e de relações pessoais no WHOQOL-bref. Conclusão. Os LM desportistas apresentam lesões músculo-esqueléticas como os sedentários, porém, com qualidade de vida melhor. Sugere-se que o esporte adaptado é uma importante via para a reabilitação destes indivíduos.

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Referências

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Publicado

2008-06-30

Como Citar

Antonietti, L. S., Costa, R. A., Gondo, F. L. B., Oliveira, A. S. B., & Chiarello, B. (2008). Avaliação comparativa em lesados medulares sedentários e praticantes de basquetebol em cadeira de rodas. Revista Neurociências, 16(2), 90–96. https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8643

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-03-05
Publicado: 2008-06-30

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