Análise da densidade mineral óssea de portadores de Encefalopatia crônica não progressiva

um estudo piloto

Autores

  • Thais Duarte Felice Fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional, Docente da disciplina de Fisioterapia Pediátrica e Supervisora de Estágio em Fisioterapia em Pediatria Ambulatorial e Neurologia - Lesão Medular do Curso de Fisioterapia da UNIGRAN, Dourados-MS, Brasil.
  • Joici Adriana Antoniazzo Batistão Ribei Fisioterapeuta especialista em Metodologia do Ensino Superior pela UNIGRAN, Dourados-MS, Brasil
  • Michelle Binotto Pereira Fisioterapeuta graduada pela UNIGRAN, Dourados-MS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8429

Palavras-chave:

Paralisia Cerebral, Densidade Óssea, Fisioterapia

Resumo

Introdução. A Encefalopatia Crônica Não Progressiva caracterizase por desordens neuromusculoesqueléticas que implicam alterações ou inabilidade para aquisição de funções motoras, que podem resultar em mineralização óssea inadequada. Embora outros fatores como a ingesta nutricional, hereditariedade, etnia e peso corporal, possam influenciar o processo de remodelação óssea, as forças mecânicas, resultantes do desempenho em atividades funcionais, ortostatismo e ação da gravidade, representam fatores benéficos neste processo. Objetivo. Verificar a densidade mineral óssea em portadores de sequelas de Encefalopatia Crônica Não Progressiva. Método. A amostra foi composta por nove crianças, sendo seis portadoras de sequelas de Encefalopatia Crônica Não Progressiva e três representando o grupo controle. Foram submetidas à avaliação contendo dados pessoais, aquisição de atividades funcionais e uso de medicação, classificados pela GMFCS e encaminhados ao exame de dosagem dos níveis séricos de cálcio e densitometria óssea. Resultados. Os resultados obtidos demonstram melhores condições de mineralização óssea nas crianças que apresentam maior aquisição e tempo de exposição de habilidades motoras. Conclusão. O comprometimento neurológico em indivíduos portadores de Encefalopatia Crônica Não Progressiva, que dificulta ou ainda impossibilita a realização de atividades funcionais, favorece a redução de conteúdo mineral ósseo, podendo torná-los susceptíveis a fraturas e suas consequências.

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Publicado

2010-12-31

Como Citar

Felice, T. D., Ribei, J. A. A. B., & Pereira, M. B. (2010). Análise da densidade mineral óssea de portadores de Encefalopatia crônica não progressiva: um estudo piloto. Revista Neurociências, 18(4), 429–436. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8429

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-20
Publicado: 2010-12-31