Alteração de Equilíbrio na Doença de Alzheimer

Um Estudo Transversal

Autores

  • Simone Dias de Castro Fisioterapeuta graduada pela Universidade Estadual de Goiás, Goiânia-GO, Brasil
  • Delson José da Silva Médico neurologista, professor assistente da Faculdade de Medicina do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás e coordenador do Centro de Referência em Neurologia do Comportamento e Cognitiva, Goiânia-GO, Brasil
  • Eberson da S. R. Nascimento Médico neurologista integrante do Centro de Referência em Neurologia do Comportamento e Cognitiva, Goiânia-GO, Brasil
  • Gustavo Christofoletti Fisioterapeuta, professor adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil
  • José Edison S. Cavalcante Neurocirurgião, chefe da residência de neurocirurgia da Faculdade de Medicina do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO, Brasil
  • Maria Carolina Cabral de Lacerda Fonoaudióloga da Associação dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás, Goiânia-GO, Brasil
  • Andréa Villavisencio Tancredi Fisioterapeuta, professor auxiliar da Universidade Estadual de Goiás, Goiânia-GO, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8348

Palavras-chave:

Doença de Alzheimer, Equilíbrio Postural, Cognição, Atividades Cotidianas, Fisioterapia

Resumo

Objetivo. Propomos verificar as relações entre desequilíbrios, déficits cognitivos e dependência funcional de pacientes com diagnóstico provável de Doença de Alzheimer. Método. Utilizamos a Escala de Equilíbrio Funcional de Berg, o teste Timed Up and Go na forma clássica e duas variações, o Mini-Exame do Estado Mental, a Bateria Breve de Rastreio Cognitivo e o questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer. Participaram 16 indivíduos (75,2±1,6 anos), em fase moderada da doença. Resultados. O teste de correlação de Pearson constatou
correlação de moderada magnitude entre as comparações (0,3<r<0,7; p<0,05), refletindo interferência cognitiva e motora no equilíbrio, além de déficits funcionais secundários. Conclusão. Nos pacientes estudados, há alterações motoras tônicas e cognitivas, que geram alterações de equilíbrio e de atividades funcionais e instrumentais de vida diária, e que estas variáveis se correlacionam entre si positivamente, gerando impacto sobre a independência do paciente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Yuaso DR, Sguizzatto GT. Fisioterapia em pacientes idosos. In: PapaléoNetto M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2002, p.331-47.

Lindeboom J, Weinstein H. Neuropsychology of cognitive ageing, minimal cognitive impairment, Alzheimer’s disease, and vascular cognitive impairment. Eur J Pharmacol 2004;490:83-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejphar.2004.02.046

Engelhardt E, Laks J, Rozhental M, Marinho VM. Tratamento farmacológico na doença de Alzheimer. In: Forlenza OV, Caramelli P. Neuropsiquiatria Geriátrica. São Paulo: Atheneu, 2000, p.151-76.

Reichman WE, Cummings JL. Demência. In: Duthie EH, Katz PR. Geriatria Prática. 3 ed. São Paulo: Copyright by Livraria e Editora Revinter Ltda, 2002, p.259-70.

Jackson O. Função cerebral, envelhecimento e demência. In: Umphred DA. Reablitação Neurológica. 2 ed. São Paulo: Manole, 2004, p.834-58.

Nitrini R, Caramelli P, Bottino CMC, Damasceno BP, Brucki SMD, Anghinah R. Diagnóstico de doença de Alzheimer no Brasil: avaliação cognitiva e funcional. Recomendações do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia. Arq NeuroPsiquiatr 2005;63:720-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2005000400034

Hughes CP, Berg L, Danziger WL, Coben LA, Martin RL. A new clinical scale for the staging of dementia. Br J Psychiatry 1982;140:566-72. http://dx.doi.org/10.1192/bjp.140.6.566

Bertolucci PHF, Brucki SMD, Campacci S, Juliano Y. O Mini-exame do estado mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arq Neuropsiquiatr 1994;52:1-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1994000100001

Brucki SMD, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PHF, Okamoto IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arq NeuroPsiquiatr 2003;61:777-81. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500014

Brucki SMD, Malheiros SMF, Okamoto IH, Bertolucci PHF. Dados normativos para o uso do teste de fluência verbal categoria animais em nosso meio. Arq NeuroPsiquiatr 1997;55:56-61. http://dx.doi.org/10.1590/S0004282X1997000100009

Sunderland T, Hill JL, Melow AM, Lawlor BA, Gundersheimer J, Newhouse PA, et al. Clock drawing in Alzheimer’s disease: a novel measure ofdementia severity. J Am Geriatr Soc. 1989;37:725-9.

Vitiello APP, Ciriaco JGM, Takahashi DY, Nitrini R, Caramelli P. Avaliação cognitiva breve de pacientes atendidos em ambulatório de neurologia geral. Arq NeuroPsiquiatr 2007;65:299-303. http://dx.doi.org/10.1590/S0004282X2007000200021

Berg KO, Wood–Dauphinée SL, Williams JI, Maki B. Measuring balance in the elderly: validation of an instrument. Can J Public Health. 1992;83:7-11.

Myamotto ST, Lombardi JI, Berg KO, Ramos LR, Natour J. Brazilian version of the Berg Balance Scale. Braz J Med Biol Res 2004;37:1411-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2004000900017

Podsialo D, Richardson S. The “Timed Up and Go”: A test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc 1991;39:142-8.

Pfeffer RI, Kurosaki TT, Harrah CHJr, Chance JM, Filos S. Measurement of functional activities in older adults in the community. J Gerontol 1982;37:323-9.

Abreu ID, Forlenza OV, Barros HL. Demência de Alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Rev Psiquiatr Clín 2005;32:131-6. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832005000300005

Machado ABM. Neuroanatomia Funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2006, p.257-84.

Ekman LL. Neurociência – Fundamentos para a reabilitação. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p.351-97.

Oliveira DLC, Goretti LC, Pereira LSM. O desempenho de idosos institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e mobilidade: estudo piloto. Rev Bras Fisioter 2006;10:91-6. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552006000100012

Doretto D. Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso – Fundamentos da Semiologia. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1996, p.384-429.

Douglas CRR. Tratado de Fisiologia Aplicado à Saúde. 5 ed. São Paulo: Robe Editorial, 2002, p.319-403.

Iwabe C, Piovesana AMSG. Estudo comparativo do tono muscular na paralisia cerebral tetraparética em crianças com lesões predominantemente corticais ou subcorticais na tomografia computadorizada de crânio. Arq NeuroPsiquiatr 2003;61:617-20. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000400017

Christofoletti G. Efeitos da abordagem motora em idosos com demência (Tese). Rio Claro: Instituto de Biociência da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2007, 113p.

Carvalho AM, Coutinho ESF. Demência como fator de risco para fraturas graves em idosos. Rev. Saúde Pública. 2002;36:448-54. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102002000400010

Christofoletti G, Oliani MM, Gobbi LTB, Gobbi S, Stella F. Risco de quedas em idosos com doença de Parkinson e demência de Alzheimer: um estudo transversal. Rev Bras Fisioter 2006;10:329-43. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552006000400011

Barbosa MT. Como avaliar quedas em idosos? Rev Assoc Med Bras 2001;4:93-4. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302001000200012

Kato EM. Correlação entre equilíbrio e capacidade funcional na doença de Alzheimer (Dissertação). São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2006, 87p.

Downloads

Publicado

2011-09-30

Como Citar

Castro, S. D. de, Silva, D. J. da, Nascimento, E. da S. R., Christofoletti, G., Cavalcante, J. E. S., Lacerda, M. C. C. de, & Tancredi, A. V. (2011). Alteração de Equilíbrio na Doença de Alzheimer: Um Estudo Transversal. Revista Neurociências, 19(3), 441–448. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8348

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2011-09-30