Tratamento da Incontinência Urinária em Mulheres com Esclerose Múltipla (EM):

Série de Casos

Autores

  • Cíntia Elisabete Fischer Blosfeld Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Evangélica do Paraná, Pós Graduada em Fisioterapia Neurofuncional pela Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba-PR, Brasil.
  • Sandra Dias de Souza Graduada em Fisioterapia pela Universidade Tuiuti do Paraná, Mestre em Ergonomia, UFSC, Docente da Universidade Tuiuti do Paraná, Docente Especialização Lato Sensu em Fisioterapia Neurofuncional, Curitiba-PR, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8302

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Esclerose Múltipla, Biofeedback

Resumo

Introdução. Cerca de 50 a 90% dos pacientes com Esclerose Múl­tipla (EM) apresentam sintomas urinários, dentre eles incontinência, frequência ou urgência urinária. Destaca-se a importância em estudar modalidades terapêuticas que possam corrigir ou ao menos atenu­ar tais sintomas. Objetivo. Analisar os benefícios do Biofeedback de pressão no tratamento da incontinência urinária de mulheres com diagnóstico clínico de EM. Método. Trata-se de um estudo expe­rimental do tipo série de casos realizado com 8 mulheres submeti­das a 10 atendimentos com o Biofeedback de pressão. Para análise da evolução das mulheres foram realizadas avaliações, antes e depois do tratamento, em relação à força muscular do assoalho pélvico e qualidade de vida através da aplicação do questionário King’s Health Questionnaire. Resultados. Foram encontrados valores significantes na Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico (p=0,018), na Contração Rápida Máxima (p=0,012), na Contração Prolongada (p=0,05) e na Resistência (p=0,05). Na avaliação da qualidade de vida somente os domínios “percepção geral de saúde” e “limitações sociais” não foram significantes. Conclusão. Verificou-se que o biofeedback de pressão promoveu bons resultados no tratamento de pacientes com EM. Sua aplicação permitiu uma maior conscientização e força da musculatura do assoalho pélvico e melhora da qualidade de vida das pacientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Rowland LP. Merrit: Tratado de Neurologia. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 788p.

Fingerman JS, Finkelstein LH. The overactive bladder in multiple sclerosis. The Journal of The American Osteopathic Association 2000;100:9-12.

Baracho E. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia: Aspectos de Ginecologia e Neonatologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2002, 626p.

Abrams P, Cardoso L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmesten U. The standardization of terminology of lower urinary tract function: report from the standardization sub-committee of the international continence society. Urology 2003;61:37-49. http://dx.doi.org/10.1016/S0090-4295(02)02243-4

Brugerolle B Chauvière C, André J.-M. Rétroaction biologique musculaire. Applications Du biofeedback dans les troubles moteurs. Encycl. Méd. Chir (paris-France), Kinésithérapie-Rééducation fonvtionnelle 1994;26:1-5.

Grosse D, Sengler J. Reeducação Perineal. São Paulo: Manole, 2002, 154p.

Bruschin I, Kano H, Damião R. I Consenso Brasileiro - Incontinência Urinária, Uroneurologia e Disfunções Miccionais. São Paulo: BG Cultural, 1999, 119p.

Nascimento SM. Avaliação Fisioterapêutica da Força Muscular do Assoalho Pélvico na Mulher com Incontinência Urinária de Esforço após cirurgia de Wertheim-Meigs: Revisão de Literatura. Rev. Bras. de Canc 2009;55:157-63.

Capelini MV, Riccetto CL, Mambros M, Tamanini JT, Herrman V, Muller V. Pelvic floor exercises with biofeedback for stress urinary incontinence. Int. braz j urol 2006;32:462-9. http://dx.doi.org/10.1590/S167755382006000400015

Kalsi V, Fowle, CJ. Therapy Insight: bladder dysfunction associated with multiple sclerosis. Nat Clin Pract Urol 2005;10:492-501. http://dx.doi.org/10.1038/ncpuro0323

Bo K, Finckenhagen HB. Vaginal palpation of pelvic floor muscle strength: inter-test reproducibility and comparison between palpation and vaginal squeeze pressure. J Urol 2003;169:2428-9.

Hundley AF, Wu JM, Visco AG. A comparison of perineometer to brink scores for assessment of pelvic floor muscle strength. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2005;192:1583-91.

Chiarapa TR, Cacho DP, Alves AFD. Incontinência Urinária Feminina: Assistência Fisioterapêutica e Multidisciplinar. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora, 2007, 225p.

Fonseca ESM, Camargo ALM, Castro RA, Sartori MGF, Fonseca MCM, Lima GR, et al. Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet 2005;27:235-42. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005000500002

Mahony DT, Laferte RO, Blais DJ. Integral storage and voiding reflexes, neurophysiologic concept of incontinence and micturition. Urol 1977;9:95-106. http://dx.doi.org/10.1016/0090-4295(77)90297-7

Shafik A, Shafik IA. Overactive bladder inhibition in response to pelvic floor muscle exercises. World J Urol 2003;20:374-7.

Klarskov P, Heely E, Nyholdt I, Rottensten K, Nordenbo A. Biofeedback treatment of bladder dysfunction in multiple sclerosis. A randomized trial. Scand J Urol Nephrol (Suppl) 1994;157:61-5.

Mcclurg D, Ashe RG, Marshall K, Aowe-Strong AS. Comparison os Pelvic Floor Muscle Training, Electromyography Biofeedback, and Neuromuscular Electrical Stimulation for Bladder Dysfunction in People With Multiple Sclerosis: A Randomized Pilot Study. Neuroulogy an Urodynamics 2006;25:337-48. http://dx.doi.org/10.1002/nau.20209

Mcclurg D, Ashe RG, Lowe-Strong AS. Neuromuscular Electrical Stimulation an the Treatment of Lower Urinary Tract Dysfunction in Multiple Sclerosis – A Double Blind, Placebo Controlled, Randomised Clinical Trial. Neuroulogy an Urodynamics 2008;27:231-7. http://dx.doi.org/10.1002/nau.20486

Figueiredo JA. Fisiologia vésico-esfincteriana. In: Montellato, N; Baracat, L; Arap, S. Uroginecologia. São Paulo: Roca, 2000, p.14-23.

Moreno AL. Fisioterapia em Uroginecologia. 2 ed. São Paulo: Manole, 2009, 240p.

Palma PC. Urofisioterapia: Aplicações clínicas das técniscas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. Campinas, SP: Personal Link Comunicações, 2009, 532p.

Sanches PR, Silva DP Jr, Müller AF, Schmidt AP, Ramos JG, Nohama P.Vaginal probe transducer: characterization and measurement of pelvic-floor strength. J Biomech 2009;42:2466-71. http://dx.doi.org/10.1016/j.jbiomech.2009.07.021

Aksac B, Aki S, Karan A, Yalcin O, Isikoglu M, Eskiyurt N. Biofeedback and pelvic floor exercises for the rehabilitation of urinary stress incontinence. Gynecol Obstet Invest 2003;56:23-7. http://dx.doi.org/10.1159/000072327

Rett MT. Incontinência urinária de esforço em mulheres no menacme: tratamento com exercícios do assoalho pélvico associados ao biofeedback eletromiográfico [dissertação de mestrado]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2004, 74p.

Almeida SEM, Bensuaski K, Cacho EWA, Oberg TD. Eficiência do treino de equilíbrio na Esclerose Múltipla. Fisioter. Mov 2007;20:41-8.

Lopes KN, Nogueira LAC, Nóbrega FR, Alvarenga-Filho H, Alvarenga RMP. Limitação funcional, fadiga e qualidade de vida na forma progressiva primária da Esclerose Múltipla. Rev Neurocienc 2010;18:13-7.

Foley FW, Werner MA. Sexualidade. In: Kalb, RC. Esclerose múltipla: perguntas e respostas. São Paulo: Atlas, 2000, p.253-78.

Norton C, Chelvanayagam S. Bowel problems and coping strategies in people with multiple sclerosis. British Journal of Nursing 2010;19:220-6.

Downloads

Publicado

2012-03-31

Como Citar

Blosfeld, C. E. F., & Souza, S. D. de. (2012). Tratamento da Incontinência Urinária em Mulheres com Esclerose Múltipla (EM):: Série de Casos. Revista Neurociências, 20(1), 58–67. https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8302

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-19
Publicado: 2012-03-31