Perfil clínico de pacientes com doença do neurônio motor no ambulatório da Unifesp

Autores

  • Denise Chiconelli Faria Fisioterapeuta, Especialista em Intervenção Fisioterapêutica nas Doenças Neuromusculares pela Universidade Federal de São Paulo- Unifesp, Aprimoranda de Fisioterapia em Clínica Médica pela FUNDAP, Hospital do Servidor Público Estadual.
  • Francis Meire Fávero Fisioterapeuta, Mestre em Neurociências - Unifesp, Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Intervenção Fisioterapêutica nas Doenças Neuromusculares - Unifesp.
  • Sissy Veloso Fontes Fisioterapeuta, Doutora em Ciências - Unifesp, Docente do Curso de Fisioterapia - Umesp.
  • Abrahão Augusto Juviniano Quadros Fisioterapeuta, Mestre em Ciência - Unifesp, Presidente da Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica.
  • Acary Souza Bulle Oliveira Neurologista, Livre Docente, Chefe do Setor de Investigação nas Doenças Neuromusculares - Unifesp.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8631

Palavras-chave:

Doença dos Neurônios Motores, Esclerose Amiotrófica Lateral, Epidemiologia

Resumo

Introdução. Doenças do Neurônio Motor é um grupo de desordem neurodegenerativa, progressiva e fatal. Apresenta-se sob formas clínicas: Esclerose Lateral Primária, Atrofia Muscular Progressiva, Paralisia Bulbar Progressiva e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Os sintomas iniciais mais freqüentes são fraqueza muscular, cãibra, atrofia muscular, fasciculação e disfagia. É necessário um diagnóstico rápido, para isto é importante estudos de análise do perfil e as características clínicas dos pacientes e verificar o tempo, entre início dos sintomas e primeira consulta. Método. Foram avaliados 20 pacientes que iniciaram tratamento no ambulatório de Doenças Neuromusculares da Unifesp. Para análise foi utilizado o teste de Igualdade de duas Proporções, a Correlação de Spearman, o teste para o Coeficiente de Correlação. Resultados. Dos 20 pacientes, 60% apresentaram ELA; média de idade de 63,30 ± 4,55 anos; tempo médio da doença de 20,85 meses; porcentagem equivalente entre homens e mulheres; maioria da raça branca; e, 45% deles exerciam trabalho com esforço físico. O sintoma inicial relatado pela maioria foi fraqueza muscular (45%). Conclusão. O perfil clínico encontrado corrobora com os estudos descritos, confirmando os resultados encontrados, e
o tempo entre início de sintomas e data da primeira consulta foi de 20,85 ± 6,77 meses.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Michell JD, Borasio GD. Amyotrophic Lateral Sclerosis. Lancet 2007;369:2031-41.

Winhammar JMC, Rowe DB, Henderson RD, Kiernan MC. Assesment of Disease Progression in Motor Neuron Disease. Lancet Neurol 2005; 4:229-38.

Ferraz MEMR, Zanotelli E, Oliveira ASB, Gabbai AA. Atrofia Muscular Progressiva. Arq Neuropsiquiatr 2004;62(1): 119-26.

Oliveira ASB, Zanoteli E, Gabbai AA. Atualização Terapêutica 2005: manual prático de diagnóstico e tratamento. São Paulo: Arte Médicas, 2005, 975-85.

Rowland LP, Shneider MD. Amyotrophic Lateral Sclerosis. N Engl J Med 2001;344:1688-700.

Castro-Costa CM, Oriá RM, Do Vale OC, Arruda JAM, Horta WG, D’Almeida JAC, et al. Amyotrophic Lateral Sclerosis: Clinical Analysis Of 78 Cases from Fortaleza (Northeastern Brazil). Arq Neuropsiquiatr 2000;58(3-A):607-15.

Anne D, Walling MD. Amyotrophic Lateral Sclerosis: Lou Gehrig’s Disease. Am Fam Physician 1999;59(6):1489-96.

Voltarelli JC. Perspectivas de terapia celular na Esclerose Lateral amiotrófica. Ver Bras Hematol Hemoter 2004;26 (3):155-6.

Mandrioli J, Faglioni P, Merelli E, Sola P. The epidemiology of ALS in Modena, Italy. Neurology 2003;60:683-9.

Govoni V, Graniere E, Fallica E, Casetta I. Amyotrophic Lateral Sclerosis, rural environment and agricultural work in the Local Health District of Ferrara, Italy, in the years 1964-1998. J Neurol 2005;252:1322-7.

Drory VE, Artmonov I. Earlier onset and shorter survival of amyotrophic lateral sclerosis in Jewish patients of North African origin A clue to modifying genetic factors? J Neurol Sci 2007;258:39-43.

Leigh PN, Abrahams S, Al-Chalabi A. The management of motor neurone disease. J Neurol Neurosurg Psiquiatr 2003;74(Suppl IV):32-47.

Brooks BR, Sanjak M, Belden D, Juhasz-Poscine K, Waclawik A. Natural history of amyotrophic lateral sclerosis - impairment,disability, handicap. In: Brown RH, Meininger V, Swash M (eds.). Amyotroph Lateral Scler. London: Martin Dunitz, 2000, 31-58.

Czaplinski A, Yen AA, Appel SH. Amyotrophic Lateral Sclerosis: early predictors of prolonged survival. J Neurol 2006;253:1428-36.

Logroscino G, Traynor BJ, Hardiman O, Chio A, Couratier P, Mitchell JD, et al. Descriptive epidemiology of amyotrophic lateral sclerosis: new evidence and unsolved issues. J Neurol Noeurosur Psychiatr 2008;79:6-11.

Iwasaki Y, Ikeda K, Ichikawa Y, Igarashi O, Kinoshita M. The diagnostic interval in amyotrophic lateral sclerosis. Clin Neurol Neurosurg 2002;104:87-9.

Argyriou AA, Polychronopoulos P, Papapetropoulos S, Ellul J, Andriopoulos I, Katsoulas G, et al. Clinical and epidemiological features of motor neuron disease in south-western Greece. Acta Neurol Scand 2005;111:108-13.

Corrado L, Alfonso SD, Bergamaschi L, Testa L, Leone M, Nasuelli N, et al. SOD 1 gene mutation in Italian patients with Sporadic Amyotrophic Lateral sclerosis (ALS). Neuromuscul Disord 2006;16:800-4.

Shoesmith CL, Strong MJ. Update for family physicians amyotrophic lateral sclerosis.Can Fam Physician 2006;52 (12):1563-9.

Forbes RB, Colville S, Parratt J, Swingler RJ. The incidence of motor neuron disease in Scotland J Neurol 2007;254 (7):866-9.

Sorenson EJ, Stalker AP, Kurland LP, Windebank AJ. Amyotrophic lateral sclerosis in Olmsted County, Minnesota, 1925 to 1998. Neurology 2002;59:280-2.

Okamoto K, Kobashi G, Washio M, Sasaki S, Yokoyama T, Miyake Y, et al. Descriptive Epidemiology of Amyotrophic Lateral Sclerosis in Japan, 1995-2001. J Epidemiol 2005;15(1):20-3.

Alcaz S, Jarebinski M, Pekmezovic T, Stevic-Morinkovic Z, Pavlovic S, Apostolski S. Epidemiological and clinical characteristics of ALS in Belgrade, Yugoslavia. Acta Neurol Scand 1996;94:264-8.

Tomik B, Nicotra A, Ellis CM, Murphy C, Rabe-Hesketh S, Parton M, et al. Phenotypic differences between African and white patients with motor neuron disease: a case-control study. J Neurol Neurosurg Psychiatr 2000;69:251-3.

Cronin S, Hardiman O, Traynor BJ. Ethnic variation in the incidence of ALS: a systematic review. Neurology 2007; 68:1002-7.

Zoccolella S, Beghi E, Palagano G, Fraddosio A, Samarelli V, Lamberti P, et al. Signs and symptoms at diagnosis of amyotrophic lateral sclerosis: a population-based study in southern Italy. Eur J Neurol 2006;13:789-92.

Weisskopft MG, McCullough ML, Morozova N, Calle EE, Thun MJ, Ascherio A. Prospective Study of Occupation and Amyotrophic Lateral Sclerosis Mortality. Am J Epidemiol 2005;162:1146-52.

Valenti M, Pontiere FE, Conti F, Altobelli E, Manzoni T, Frati L. Amyotrophic lateral sclerosis and sports: a case- control study. Eur J Neurol 2005;12(3):223-5.

Belli S, Vanacore N. Proportionate mortality of Italian soccer players: Is amyotrophic lateral sclerosis an occupational disease? Eur J Epidemiol 2005;20:237-42.

Chio A, Benzi G, Dossena M, Mutani R, Mora G. Severely increased risk of amyotrophic lateral sclerosis among Italian professional football players. Brain 2005;128:472-6.

Downloads

Publicado

2008-09-30

Como Citar

Faria, D. C., Fávero, F. M., Fontes, S. V., Quadros, A. A. J., & Oliveira, A. S. B. (2008). Perfil clínico de pacientes com doença do neurônio motor no ambulatório da Unifesp. Revista Neurociências, 16(3), 189–193. https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8631

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-03-05
Publicado: 2008-09-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 2 3 4 5 6 7 8 > >>