Adaptação Transcultural e Validação da Escala de Impacto de Esclerose Múltipla

Autores

  • Josiane Lopes Fisioterapeuta, Mestre, Doutoranda em Ciências da Saúde (UEL), Londrina-PR, Brasil
  • Damacio Ramón Kaimen Maciel Neurologista, Pós-doutor em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP), Professor associado da UEL, Londrina-PR, Brasil.
  • Tiemi Matsuo Matemática, Doutora em bioestatística, Professora associada da UEL, Londrina-PR, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8349

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla, Qualidade de Vida, Avaliação em Saúde, Estudos de Validação

Resumo

Introdução. A maioria dos instrumentos que avaliam a Qualidade de Vida (QV) de indivíduos com Esclerose Múltipla (EM) apresenta falhas psicométricas. A escala “Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS29)” é o instrumento mais adequado para avaliar o impacto da EM na saúde com abordagem funcional da QV. Objetivo. Realizar a adaptação transcultural e validação do instrumento MSIS-29 para a língua portuguesa (Brasil). Método. O MSIS-29 foi traduzido para o português, retrovertido para o inglês e analisadas as versões com aplicação em dois grupos de 15 indivíduos com EM até obtenção da versão final (MSIS-29-BR). A escala de Determinação Funcional da Qualidade de Vida (DEFU) e MSIS-29-BR foram aplicadas em 137 portadores de EM com reteste após 30 dias. Foi determinada a reprodutibilidade, validade (coeficiente de correlação de Pearson), consistência interna (teste Alfa de Cronbach) e a sensibilidade do MSIS-29-BR (teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis). Resultados. O MSIS-29-BR apresentou reprodutibilidade com forte correlação (94,7%), consistência interna > 0,90, validade com excelente concordância (0,69 – 0,88) na maioria dos domínios e nível de sensibilidade > 78% para identificar grupos com diferentes limitações. Conclusão. O MSIS-29-BR é um instrumento válido com propriedades psicométricas aceitáveis para mensurar o impacto da EM na saúde de portadores brasileiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Sotgiu S, Pugliatti M, Fois ML, Arru G, Sanna A, Sotgiu MA, et al. Genes, environment, and susceptibility to multiple sclerosis. Neurobiol Dis 2004;17:131-43. http://dx.doi.org/10.1016/j.nbd.2004.07.015

Rasch analysis of the Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS-29) (Endereço na Internet). Inglaterra: BioMed Central. (última atualização: 06/2009; citado em: 06/2009). Disponível em: http://www.hqlo.com/content/7/1/58.

Khan F, Pallant J, Brand C, Kilpatrick T. Effectiveness of rehabilitation intervention in persons with multiple sclerosis: a randomized controlled trial. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2008;79:1230-5. http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.2007.133777

World Health Organization Quality of Life. General Guidelines for methodologies on research and evaluation of traditional medicine. Geneva: WHO/EDM/TRM/2000.

The size of the treatment effect: do patients and proxies agree? (Endereço na Internet). Inglaterra: BioMed Central. (última atualização 03/2009; citado em 03/2009). Disponível em: http://www.biomedcentral.com/14712377/9/12.

Mitchell AJ, Benito-Leon J, Gonzalez J-MM, Rivera-Navarro J. Quality of life and its assessment in multiple sclerosis: integrating physical and psychological components of wellbeing. Lancet Neurol. 2005;4:556-66. http://dx.doi.org/10.1016/S1474-4422(05)70166-6

Flachenecker P, Kümpfel T, Kallmann B, Gottschalk M, Grauer O, Rieckmann P, et al. Fatigue in multiple sclerosis: a comparison of different rating scales and correlation to clinical parameters. Multiple Sclerosis 2002; 8:523-6. http://dx.doi.org/10.1191/1352458502ms839oa

Hobart J, Lamping D, Fitzpatrick R, Riazi A, Thompson A. The multiple sclerosis impact scale (MSIS-29) – A new patient-based outcome measure. Brain. 2001;124:962-73. http://dx.doi.org/10.1093/brain/124.5.962

McGuigan C, Hutchinson M. The multiple sclerosis impact scale (MSIS-29) is a reliable and sensitive measure. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2004;75:266-9.

Smedal T, Johansen HH, Myhr KM, Strand LI. Psychometric properties of a Norwegian Version of Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS-29). Acta Neurol Scand. 2009;120:281-369.

Jamroz-Wisniewska A, Papuc E, Bartosik-Psujek H, Belniak E, MitosekSzewczyk K, Stelmasiak Z. Validation of selected aspect of psychometry of the Polish version of the Multiple Sclerosis Impact Scale 29 (MSIS-29). Neurol Neurochir Pol. 2007;41:215-22.

Costelloe L, O’Rourke K, Kearney H, McGuigan C, Gribbin L, Duggan M, et al. The patient knows best: significant change in the physical component of the Multiple Sclerosis Impact Scale (MSIS-29 physical). J. Neurol Neurosurg Psychiatry. 2007;78:841-44. http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.2006.105759

Ayatollahi P, Nafisi S, Eshraghian MR, Kaviani H, Tarazi A. Impact of depression and disability on quality of life in Iranian patients with multiple sclerosis. Mult Scler. 2007;13:275-77. http://dx.doi.org/10.1177/1352458506070960

Mendes MF, Balsimelli S, Stangehaus G, Tilbery CP. Validação de escala de determinação funcional da qualidade de vida na esclerose múltipla para a língua portuguesa. Arq Neuropsiquiatr. 2004;62:108-13. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2004000100019

Freeman JA, Hobart JC, Thompson AJ. Neurology. Does adding MS-specific items to a generic measure (the SF-36) improve measurement? Neurology. 2001;57:68-74.

Poser CM, Paty DW, Scheinberg L. New diagnosis criteria for multiple sclerosis: guidelines for research protocols. Ann Neurol 1983;13:227-31. http://dx.doi.org/10.1002/ana.410130302

Bertolucci PHF, Brucki SMD, Campacci SR, Juliano Y. O mini-exame do estado mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arq Neuropsiquiatr. 1994;52:1-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1994000100001

Kurtzke JF. Rating neurologic impairment in multiple sclerosis: an expanded disability status scale (EDSS). Neurology. 1983;33:1444-52.

Hobart JC, Riazi A, Lamping DL, Fitzpatrick R, Thompson A. Improving the evaluation of therapeutic interventions in multiple sclerosis: development of a patient-based measure of outcome. Health Technol Assess 2004;8:1-48.

Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine 2000;25:3186-91. http://dx.doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014

Pasquali L. Princípios de elaboração de escalas psicológicas. In: Gorenstein C; Andrade LHSG; Zuardi AW (eds). Escalas de avaliação clínica em psiquiatria e psicofarmacologia. São Paulo: Lemos, 2000, p.15-21.

Scientific Advisory Committee of the Medical Outcomes Trust – SAC Instrument Review Criteria 1995;3:4.

Dawson B, Trapp RG. Bioestatística: Básica e clínica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda, 2001, 267p.

Franzen MD. Reliability and validity in neuropsychological assessment. New York: Plenum Publishers, 2000, 465p.

Pavan K, Schmidt K, Marangoni B, Mendes MF, Tilbery CP, Lianza S. Esclerose múltipla: adaptação transcultural e validação da escala modificada de impacto de fadiga. Arq Neuropsiquiatr. 2007;64(3-A):669-73. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2007000400024

Patti F, Cacopardo M, Palermo F, Ciancio MR, Lopes R, Restivo D, et al. Health-related quality of life and depression in a Italian sample of multiple sclerosis patients. J Neurol Sci. 2003;211:55-62.

Freeman JA, Hobart JC, Thompson AJ. Does adding MS-specific items to a generic measure (the SF-36) improve measurement? Neurology. 2001;57:68-74.

Riazi A, Hobart JC, Lamping DL, Fitzpatrick R, Thompson AJ. Multiple sclerosis impact scale (MSIS-29): reliability and validity in hospital based samples. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2002;73:701-4. http://dx.doi.org/10.1136/jnnp.73.6.701

Downloads

Publicado

2011-09-30

Como Citar

Lopes, J., Kaimen Maciel, D. R., & Matsuo, T. (2011). Adaptação Transcultural e Validação da Escala de Impacto de Esclerose Múltipla. Revista Neurociências, 19(3), 433–440. https://doi.org/10.34024/rnc.2011.v19.8349

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-24
Publicado: 2011-09-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)