Análise do Padrão Respiratório Durante o uso dos Incentivadores Inspiratórios em Indivíduos Sadios

Autores

  • Antonio Adolfo Mattos de Castro Fisioterapeuta do Serviço de Fisioterapia do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP, São Paulo-SP, Brasil. Professor da Universidade Federal do Pampa – Unipampa.
  • Marcelo Fernandes Fisioterapeuta do Serviço de Fisioterapia do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Maria Ignês Zanetti Feltrim Fisioterapeuta, Doutora, Diretora do Serviço de Fisioterapia do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8301

Palavras-chave:

Incentivador inspiratório, Indivíduos Sadios, Padrão Respiratório, Configuração Toracoabdominal, Pletismografia Respiratória por Indutância

Resumo

O incentivador inspiratório é utilizado para reexpansão pulmonar no paciente pós-operatório, porém poucos dados estão disponíveis sobre seus efeitos no padrão respiratório. Objetivo. Estudar o efeito de dois tipos de incentivadores inspiratórios com e sem o uso de estímulo tátil abdominal na geração de volumes e configuração toracoabdo­minal. Método. Vinte indivíduos sadios realizaram dois exercícios: a recomendada pelo fabricante (convencional – C) e a proposta pelos autores (modificada – M), em dois tipos de aparelhos (Coach® e Res­piron®). A técnica modificada diferiu da convencional pelo estímulo tátil abdominal realizado. Resultados. O volume corrente no coach C e M foi semelhante (p=0,994), porém maior do que no Respiron (p< 0,001). Não houve diferença nos tempos respiratórios no Res­piron e Coach (Respiron C vs M, p=0,8; Coach C vs M, p=0,6). A configuração toracoabdominal apresentou maior participação torácica para o VC quando a técnica convencional foi empregada (60±15% no RC e 61±13 % no CC; p<0,001). A coordenação toracoabdominal apresentou sincronia durante a realização dos exercícios (p=0,232). Conclusões. Houve maior VC gerado com o uso dos incentivadores respiratórios à volume (Coach) do que a fluxo (Respiron), indepen­dentemente da técnica empregada; quando realizada a técnica modifi­cada houve maior deslocamento abdominal.

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Publicado

2012-03-31

Como Citar

Castro, A. A. M. de, Fernandes, M., & Feltrim, M. I. Z. (2012). Análise do Padrão Respiratório Durante o uso dos Incentivadores Inspiratórios em Indivíduos Sadios. Revista Neurociências, 20(1), 26–33. https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8301

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-18
Publicado: 2012-03-31

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