Quantificação neuronal no córtex cerebral de camundongos sob o uso do chá de Ayahuasca
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8067Palavras-chave:
Ayahuasca, Neurônios, Córtex Cerebral, CamundongosResumo
Objetivo. A Ayahuasca, administrada em forma de chá, é resultado da cocção entre Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis para fins religiosos, tendo ação psicoativa. O objetivo deste estudo foi analisar quantitativamente corpos celulares no córtex cerebral de camundongos sob o uso do extrato de Ayahuasca. Método. Foram utilizados 15 camundongos, divididos em três grupos: grupo controle (G1), tratado com solução fisiológica por 15 dias; G2 tratado com uma única dose do extrato de ayahuasca e G3 tratado com o extrato de ayahuasca durante 15 dias consecutivos, na dose padrão para os dois grupos experimentais de 30 mg/ml. Foi confirmada a presença de alcaloides no chá de Ayahuasca e a análise da quantidade de corpos celulares de neurônios foi realizada com o auxílio de um Sistema de Analisador de Imagens. Resultados. Não haver diferenças entre a quantidade dos corpos celulares no córtex cerebral do G1 em relação aos grupos G2 e G3. Conclusão. A utilização do chá de Ayahuasca na dose e tempo utilizados neste experimento, não causaram nenhum tipo de alteração quantitativa de corpos celulares de neurônios no córtex cerebral dos camundongos.
Downloads
Métricas
Referências
Ayahuasca: A Universidade Gaia (http://www.heartoftheinitiate.com). Colombia: Heart of the initiate (última atualização 11/2003; citado em 09/2011). Disponível em: http://www.heartoftheinitiate.com/library/articles/ayahuasca--university-of-gaia
Callaway JC, Raymon LP, Hearn WL, Mckenna DJ, Grob CS, Brito GS, et al. Quantitation of N,N-imethyltryptamine and harmala alkaloids in human plasma after oral dosing with Ayahuasca. J Anal Toxicol 1996;20:492-7. http://dx.doi.org/10.1093/jat/20.6.492
Mckenna DJ, Towers GHN, Abbott FS. Monoamine oxidase inhibitors in South American hallucinogenic plants: Tryptamine and ß-carboline constituents of ayahuasca. J Ethnopharmacol 1984;10:195-223.
Strassman RJ, Qualls CR. Dose response study of N,N-dimethyltryptamine in humans I: Neuroendocrine, autonomic, and cardiovascular effects. Arch Gen Psychiatr 2001;51:85-97. http://dx.doi.org/10.1001/archpsyc.1994.03950020009001
Pires APS. Estudos de farmacocinética dos alcalóides da ayahuasca (Tese). São Paulo: USP, 2009, 154p.
Wagner H, Bladt S, Zgainsky E. Plant Drug Analysis. 2ª edição. Berlin: Springer,1984, 369p.
Simões CM. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6ª edição. Porto Alegre: UFSC, 2007, 1102p.
West MJ. New stereological method of counting neurons. Neurobiol Aging 1993; 14:275-85. http://dx.doi.org/10.1016/0197-4580(93)90112-O
Mandarim-de-Lacerda CA. Manual de quantificação Morfológica: Morfometria, Alometria e Estereologia. 2ª edição. Rio de Janeiro: UFRJ, 1994, 102p.
Mandarim-de-Lacerda CA. Stereological tools in biomedical research. Anais Acad Bras Ciênc 2003;75:469-86. http://dx.doi.org/10.1590/S0001-37652003000400006
Pakkenberg B, Gundersen HJG. Solutions to old problems in the quantitation of the central nervous system. J Neura Sci 1995;129:65-7. http://dx.doi.org/10.1016/0022-510X(95)00067-C
Costa MCM, Figueiredo MC, Cazenave SOS. Ayahuasca: a toxicological approach of the ritualistic use. Rev Psiq Clin 2005;32:310-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832005000600001
Cazenave SOS. Banisteriopsis caapi: ação alucinógena e uso ritual. Rev Psiq Clin 2000;27:1-6.
Blas-Valdivia V, Cano-Europa E, Hernández-García A, Ortiz-Butrón R. Hippocampus and amygdala neurotoxicity produced by systemic lidocaine in adult rats. Life Sci 2007;81:691-4. http://dx.doi.org/10.1016/j.lfs.2007.07.007
Santos RG. Ayahuasca: chá de uso religioso. Estudo microbiológico, observações comportamentais e estudo histomorfológico de cérebro em Murídeos (Rattus norvegicus da linhagem Wistar). (Monografia). Brasilia: Faculdade de Ciências da Saúde, 2004, 38f.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2014-09-30