Treino de natação para pessoas sedentárias com lesão medular e concentração de colesterol-HDL

Autores

  • Fabio Barreto Rodrigues Professor de Educação Física, Mestre, Universidade Católica de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Brasília-DF, Brasil.
  • Carmen Silvia Grubert Campbell Professora de Educação Física, Doutora, Universidade Católica de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Brasília-DF, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4181/RNC.2015.23.02.1004.8p

Palavras-chave:

Paraplegia, Reabilitação, Exercício, Dislipidemia, Coração

Resumo

Introdução. Pessoas com lesão medular podem ter mobilidade e motricidade muito reduzida, diminuindo as opções de atividades fí­sicas. Estudos longitudinais associam o sedentarismo a baixos níveis do colesterol-HDL, que são bem mais frequentes entre pessoas com lesão medular do que na população em geral. O exercício físico regular pode melhorar o perfil lipídico, mas pouco se sabe sobre a prescrição de exercícios, especialmente a atividade aquática, para indivíduos com lesão medular com esta finalidade. Objetivos. Investigar o efeito da natação no perfil lipídico de pessoas com lesão medular, previamen­te sedentários, sem experiência anterior com a modalidade. Método. Nove pessoas realizaram treinamento de natação, três vezes por se­mana, durante 14 semanas em intensidade moderada. Resultados. Os participantes aumentaram suas distâncias percorridas em 40% ao final do estudo. O perfil lipídico foi analisado em jejum antes e após o treinamento. O treinamento de natação resultou em aumentos de 15,0 % nos níveis de HDL-C (colesterol HDL; p≤0,10). As variáveis CT (colesterol total), CT /HDL-C (colesterol HDL), LDL-C (coles­terol LDL), e LDL-C/HDL-C não se alteraram em relação ao grupo controle (n=9). Conclusões. A natação promoveu alterações positivas no colesterol-HDL e tem potencial para minimizar um dos fatores de risco de doença cardiovascular nesta população.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Giesecke C. Aquatic rehabilitation of clients with spinal cord injury. In: Ruoti RG, Morris DM, Cole AJ (eds). Aquatic Rehabilitation. Hagerstown, MD: Lippincott, Williams and Wilkins, 1997, pp.125-50.

Myers J. Cardiovascular disease after SCI: prevalence, instigators and risk clusters. Top Spinal Cord Inj Rehabil 2009;14:1-14. http://dx.doi.org/10.1310/sci1403-1

Tanhoffer RA, Tanhoffer AI, Raymond J, Hills AP, Davis GM. Comparison of methods to assess energy expenditure and physical activity in people withspinal cord injury. J Spinal Cord Med 2012;35:35-45. http://dx.doi.org/10.1179/2045772311Y.0000000046

Garshick E, Kelley A, Cohen SA, Garrison A, Tun CG, Gagnon D, et al. A prospective assessment of mortality in chronic spinal cord injury. Spinal Cord 2005;43:408-16. http://dx.doi.org/10.1038/sj.sc.3101729

Liang H, Chen D, Wang Y,Rimmer JH, Braunschweig CL. Different Risk Factor Patterns for metabolic syndrome in men with spinal cord injury compared with able-bodied men despite similar prevalence rates. Arch Phys Med Rehabil 2007;88:1198-204. http://dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2007.05.023

Edwards LA, Bugaresti JM, Buchholz AC. Visceral adipose tissue and the ratio of visceral to subcutaneous adipose tissue are greater in adults with than in those without spinal cord injury despite matching waist circunference. Am J Clin Nutr 2008;87:600-7.

Matos-Souza JR, Pithon KR, Ozahata TM, Oliveira RT, Téo FH, Blotta MH, et al. Subclinical atherosclerosis is related to injury level but not to inflammatory parameters in spinal cord injury subjects. Spinal Cord 2010;48:740 4. http://dx.doi.org/10.1038/sc.2010.12

Morse LR, Stolzmann K, Nguyen HP, Jain NB, Zayac C, Gagnon DR, et al. Association between mobility mode and C-reactive protein levels in men with chronic spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil 2008;89:726-31. http://dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2007.09.046

Després JP, Lemieux I, Dagenais GR, Cantin B, Lamarche B. HDL-cholesterol as a marker of coronary heart disease risk: the Québec cardiovascular study. Atherosclerosis 2000;153:263-72. http://dx.doi.org/10.1016/S00219150(00)00603-1

Morrison A, Hokanson JE. The independent relationship between triglycerides and coronary heart disease. Vasc Health Risk Manag 2009;5:89-95. http://dx.doi.org/10.2147/VHRM.S4311

Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2007;88( supl 1):1-19.

Gordon DJ, Probstfield JL, Garrison RJ, Neaton JD, Castelli WP, Knoke JD, et al. High-density lipoprotein cholesterol and cardiovascular disease. Four prospective American studies. Circulation 1989;79:8-15. http://dx.doi.org/10.1161/01.CIR.79.1.8

Choi SJ, Park SH, Park HY. Increased Prevalence of low High-density Lipoprotein Cholesterol (HDL-C) Levels in Korean Adults: Analysis of the Three Korean National Health and Nutrition Examination Surveys (KNHANES 1998-2005). Osong Public Health Res Perspect 2011;2:94-103. http://dx.doi.org/10.1016/j.phrp.2011.07.006

Kelley GA, Kelley KS, Roberts S, Haskell W. Comparison of aerobic exercise, diet or both on lipids and lipoproteins in adults: a meta-analysis of randomized controlled trials. Clin Nutr 2012;31:156-67. http://dx.doi.org/10.1016/j.clnu.2011.11.011

Carlson KF, Wilt TJ, Taylor BC, Goldish GD, Niewoehner CB, Shamliyan TA, et al. Effect of exercise on disorders of carbohydrate and lipid metabolism in adults with traumatic spinal cord injury: systematic review of the evidence. J Spinal Cord Med 2009;32:361-78.

De Groot PCE, Hjeltnes N, Heijboer AC, Stal W, Birkeland K. Effect of training intensity on physical capacity, lipid profile and insulin sensivity in early rehabilitation of spinal cord injured individuals. Spinal Cord 2003;41:673- 9. http://dx.doi.org/10.1038/sj.sc.3101534

El-Sayed MS, Younesian A. Lipid profile are influenced by arm cranking exercise and training in individual with spinal cord injury. Spinal Cord 2005;43:299-305. http://dx.doi.org/10.1038/sj.sc.3101698

Rodrigues FB. Efeito do basquetebol em cadeira de rodas no colesterol- -HDL de paraplégicos. Consc Saúde 2013;12:137-45.

Sorg RJ. HDL-cholesterol: exercise formula. Results of long-term (6- year) strenuous swimming exercise in a middle-aged male with paraplegia. J Orthop Sports/Phys Ther 1993;17:195-9. http://dx.doi.org/10.2519/jospt.1993.17.4.195

Forti N, Diament J. Lipoproteínas de alta densidade: Aspectos metabólicos, clínicos, epidemiológicos e de intervenção terapêutica - atualização para os clínicos. Arq Bras Cardiol 2006;87:672-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2006001800019

American Spinal Injury Association. International Standards for neurological classification of spinal cord injury. 5th ed. Chicago: ASIA, 2003, 88p. 22.Stampfer MJ, Sacks FM, S Salvini, Willet WC, Hennekens CH. A prospective study of cholesterol, apolipoproteins and the risk of myocardial infarction. New Eng J Med 1991;325: 373-81. http://dx.doi.org/10.1056/NEJM199108083250601

Hooker SP, Wells CL. Effects of low and moderate intensity training in spinal cord injured persons. Med Sci Sports Exerc 1988;21:18-22. http://dx.doi.org/10.1249/00005768-198902000-00004

Roels B, Schmitt L, Libicz S, Bentley D, Richalet JP, Millet G. Specificity of VO2MAX and the ventilatory threshold in free swimming and cycle ergometry: comparison between triathletes and swimmers. Br J Sports Med 2005;39:965-8. http://dx.doi.org/10.1136/bjsm.2005.020404

Lopes DPLO, Rodrigues FB. Quality of Life, Sports and Rehabilitation: Analysis of the Discourse of Persons with Spinal Cord Injury. Neurorehabil Neural Repair 2008;22:622.

Downloads

Publicado

2015-06-30

Como Citar

Rodrigues, F. B., & Campbell, C. S. G. (2015). Treino de natação para pessoas sedentárias com lesão medular e concentração de colesterol-HDL. Revista Neurociências, 23(2), 233–240. https://doi.org/10.4181/RNC.2015.23.02.1004.8p

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-08
Publicado: 2015-06-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)