Estudo Comparativo entre a Marcha Normal e a de Pacientes Hemiparéticos por Acidente Vascular Encefálico

Aspectos Biomecânicos

Autores

  • Camila Ottoboni Fisioterapeuta
  • Sissy Veloso Fontes Fisioterapeuta da Disciplina de Neurologia da EPM — Unites)). Educadora Física, Mestre em Neurociências, Docente da UNIBAN, UMESP e UNISANTA.
  • Marcia Maiumi Fukujima Médica, Neurologista e Pós-graduanda da Disciplina de Neurologia — EPM — Unifesp.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2002.v10.8904

Palavras-chave:

Marcha, ciclo da marcha, acidente vascular encefálico

Resumo

Este trabalho tem como objetivo comparar os aspectos biomechnicos da marcha normal com os da marcha de pacientes hemiparéticos por acidente vascular encefálico (AVE), em amplo levantamento bibliográfico. As características gerais comumente encontradas na marcha do paciente hemiparético foram: na fase de apoio - aumento da flexão de quadril, aumento ou diminuição do deslocamento lateral pélvico, hiperextensão ou aumento da flexão do joelho, auséncia do contato inicial pelo calchneo, compensaglio ein pronação da articulação subtalar, déficit da plantiflexdo do tornozelo no apoio final, diminuindo a força propulsiva: na fase de balanço - aumento ou diminuição da flexão do quadril, diminuição da flexão na subfase de pré-balanço ou diminuição da extensão do joelho na subfase de balanço terminal e diminuição da dorsiflexão do tornozelo. Os terapeutas necessitam reconhecer as alterações da marcha para poder tratar adequadamente os comprometimentos primários relacionados ao AVE e prevenir os distúrbios musculoesqueléticos secundários (alterações adaptati vas).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Davies PM. Passos a seguir: um manual para o tratamento da hemiplegia no adulto. sac, Pauilo, Manole, 1996, pp. 1-181.

Arum AS, Sharma A, Larkins R, Chaudhuri G. Knee position feedback: its effect on management of pelvic instability in a stroke patient. Int Disabil Rehabil, 22:690-92, 2000.

Dean CM, Richards CL, Malouin F. Task-related circuit training improves performance of locomotor tasks in chronic stroke: a randomized, controled pilot trial. Arch Phys Med Reabil, 81:409-17, 2000.

Goldie RA, Thomas A, Evans OM. Deficit and change in gait velocity during rehabilitation after stroke. Arch Phys Med Reabil, 77:1074-82, 1996.

Hesse S, Dietmar U, Cordula W, Anita B. A mechanized gait trainer for restoring gait in nonambulatory subjects. Arch Phys Med Rehabil, 81:1158-61, 2000.

Lennon S. Gait re-education based on the Bobath concept in two patients with hemiplegia following stroke. Physical Therapy, 81:924-35, 2001.

Suzuki K. Yamada V. Handa T, Imada G, Nakamura R. Relationship between stride length and walking rate in gait training for hemiparetic stroke patients. Arch Phys Med Rehabil, 78:147-52, 1999.

Weiss A, Suzuki T, Bean J, Fielding RA. High intensity strength training improves strength and functional performance after stroke. Am J Phys Med Rehabil, 79:369-76, 2000.

Saad LMV, Emygdio R, Moliaro CLC, D'Angelo MD. Análise computadorizada dos parâmetros temporais da marcha de 25 pacientes hemiplégicos. Medicina de Reabilitação, 37/38:18-25, 1994.

Tyson SF. Stroke rehabilitation: What is the point? Physiotherapy, 81:430-32, 1995.

Bobath B. Hemiplegia no adulto: avaliação e tratamento. Sao Paulo, Manole, 1978, pp. 1-34.

Norkin C. Análise da marcha. In: O'Sullivan SB, Schmitz TJ (eds.). Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo, Manole, 1995, pp. 225-49.

Guedes PV, Mota EPO. Protocolo de avaliação da marcha para pacientes hemiplégicos após acidente vascular cerebral. Rev Reabilitar, 8:16-23, 2000.

Amadio AC, Serra° JC. Instrumentação em cinética. In: Saad M. Análise de marcha. Manual do CAMO - Comitê de Análise de Movimento. Sao Paulo, Lemos Editorial, 1997, pp. 53-68.

Grasso R Zago M. Lacquaniti F. Interactions between posture and locomotion: standard motor in human walking with bad posture versus erect posture. J Neurophys, 83:288-300, 2000.

Rose GK. Biomecanica da marcha. In: Downie PA. Cash R (eds.). Fisioterapia em ortopedia e reumatologia. Sao Paulo, Panamericana, 1987, pp. 19-31.

Ahomen J, Lahtinen T, Sandstrom M, Pogliane G, Werhed K. Kinesiologia y anatomia aplicada a la actividad física. Barcelona, Paidotribo, 2000, pp. 251-65.

Adams MJ, Perry J. Análise de marcha: aplicação clinica. In: Rose J, Gamble JO (eds.). Marcha humana. 21 ed., Sao Paulo, Premier, 1998, pp. 147-74.

Hoppenfeld S. Propedêutica ortopédica: coluna e extremidades. Rio de Janeiro, Atheneu, 1987, pp. 148-9.

Smith LK, Lehmkuhl LO, Weiss EL. Cinesiologia clinica de Brunnstrom. 5° ed., São Paulo, Manole, 1997, pp. 371-401.

Sutherland DH, Kaupzman KR, Moitozola JR. Cinemática da marcha normal. In: Rose J, Gamble JO (eds.). Marcha humana. 2° ed., São Paulo, Premier, 1998, pp. 23-46.

Ishida RS. Nomenclatura em analise de marcha. In: Saad M (ed.). Analise de marcha. Manual do CAMO - Comité de Análise de Movimento. sac, Paulo, Lemos Editorial, 1997, pp. 17-24.

Enoka RM. Bases neuromecânicas da cinesiologia Sao Paulo, Manole, 2000, pp. 3-32.

Kerrigan DC, Karvosky ME, Riley PO. Spastic paretic stiff-legged gait: joint kinetics. Am J Phys Med Rehabil, 80:244-49, 2001.

Knutsson E. Can gait analysis improve gait training in stroke patients. Scand J Rehab Med Suppl, 30:73-80, 1994.

Kotte FJ. Neurologia da função motora. In: Kotte FJR, Lehmann JF (eds.), Tratado de medicina física e reabilitação de Krusen. 4° ed., Sao Paulo, Manole, 1996, vol. 1, pp. 231-64.

Moore S, Wailes A, Schurr K. Observation and analysis of hemiplegic gait: Swing phase. Australian Phys, 39:270-7. 1994.

Moseley A, Wales A, Herbert R. Observation and analysis of hemiplegic gait: Stance phase. Australian Phys, 39:258-267. 1994.

Nene A, Mayagoitia R, Veltink P. Assesment of rectus femoris function during initial swing phase. Gait Posture, 9:1-9, 1999.

Olney SJ, Culham EG. Alterações de postura e marcha. In: Pickles B, Compton A, Cheryl C, Simpson J, Vandervoort A (eds.). Fisioterapia na terceira idade. São Paulo, Santos, 1998, pp. 81-94.

Tellini GG, Saad M. Análise observacional da marcha. In: Saad M (ed.). Análise de marcha. Manual do CAMO - Comitê de Análise de Movimento. São Paulo, Lemos Editorial, 1997, pp. 37-46.

Chen CL, Tang FT, Chen HC, Chung CV. Brain lesion size and location: effects on motor recovery and functional outcome in stroke patients. Arch Phys Med Rehabil, 81:447-52, 2000.

Saad LMV, De Vastro CLN. Marcha em acidente vascular cerebral. In: Saad M (ed.). Análise de marcha. Manual do CAMO - Comitê de Análise de Movimento. Sao Paulo, Lemos Editorial, 1997, pp. 171-80.

Almeida TF. Parâmetros anatõmicos e neurofisiológicos para a elaboração de conduta fisioterápica relacionada it aprendizagem, memória e movimento destinado pacientes com doença neurológica. [Monografia de Conclusão de Curso]. UNIBAN-SP, 1997.

Skinner S. Desenvolvimento da marcha. In: Rose J, Gamble JO (eds.). Marcha humana. 2° ed., Sao Paulo, Premier, 1998, pp. 129-46.

Fontes SV. Tratamento fisioterápico em grupo para pacientes hemiplégicos ou hemiparéticos por acidente vascular cerebral isqubmico no território da artéria cerebral média. [Tese de Mestrado em Neurociências]. UNIFESP-SP, 1996.

Fontes SV, Almeida TF, Alves MAF, Fukujima MM. Classificação dos recursos terapêuticos da fisioterapia para disfunções neurológicas. Arq Neuropsiquiatr, 58 (suppl II):183, 2000.

Ottoboni C. Estudo comparativo entre a biomecanica da marcha normal e a biomecânica da marcha hemiparética após acidente vascular encefálico. [Monografia de Conclusão de Curso]. UNIBAN-SP, 2001.

Downloads

Publicado

2002-04-30

Como Citar

Ottoboni, C., Fontes, S. V., & Fukujima, M. M. (2002). Estudo Comparativo entre a Marcha Normal e a de Pacientes Hemiparéticos por Acidente Vascular Encefálico: Aspectos Biomecânicos. Revista Neurociências, 10(1), 10–16. https://doi.org/10.34024/rnc.2002.v10.8904

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-03-05
Publicado: 2002-04-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 4 5 6 7 > >>