Cefaléia Pós-Raquianestesia

fatores de risco associados e prevenção de sua ocorrência – Atualização

Autores

  • Isidoro Binda Netto Anestesiologista, Mestre em Neurociências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, Professor Adjunto da UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ, Brasil
  • Antonio Marcos da Silva Catharino Neurologista, Doutorando em Neurociências na UNIRIO, Professor de Neurologia da Universidade Iguaçu – UNIG, Rio de Janeiro-RJ, Brasil
  • Maria do Carmo Valente de Crasto Cardiologista, Doutora em Cardiologia, Professora Associada da UNIRIO, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Marise Gouvêa Silva Anestesiologista, Especialista em anestesiologia, Médica do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle – HUGG, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.
  • Luiz Carlos Bastos Salles Anestesiologista, Especialista em anestesiologia e responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia do HUGG, Rio de Janeiro-RJ, Brasil
  • Carolina Melo Anestesiologista, Especialista em anestesiologia e Chefe do Serviço de Anestesiologia do HUGG, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8468

Palavras-chave:

Cefaléia pós-raquianestesia, Fatores de Risco, Prevenção de Acidentes

Resumo

São raras as complicações neurológicas da raquianestesia, sendo uma das mais frequentes a cefaléia por hipotensão do líquido cefalorraquidiano (LCR), que pode ocorrer após a punção da aracnóide. O objetivo desse estudo é apresentar os fatores de risco desencadeantes da cefaléia pós-raquianestesia (CPR), assim como procedimentos que poderão diminuir sua frequência. São fatores de risco para o aparecimento desse tipo de cefaléia: agulha com bisel cortante, introduzido no sentido transversal às fibras; agulhas com maior diâmetro; número elevado de tentativas de punções; determinadas soluções anestésicas; história de cefaléia prévia; idade adulta; sexo feminino e gestação. O conhecimento dos fatores de risco para o desenvolvimento de CPR, associado à escolha de material adequado para punção, principalmente naqueles pacientes de alto risco para desenvolvê-la, certamente contribuirá para a diminuição de sua ocorrência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Cambier J, Masson M, Dehen H. Neurologia. 11ª. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan; 2005, p.116-7.

Subcomitê de Classificação das Cefaléias da Sociedade Internacional de Cefaléia. Classificação internacional das cefaléias. 2ª. ed. São Paulo: Alaude Editorial; 2006, p.288.

Fletcher RH, Fletcher SW, Wagner EH. Epidemiologia clínica: elementos essenciais. 3ª. ed. São Paulo: Artmed; 1996, p.103-9.

Neves JFNP, Vieira VLR, Saldanha RM, Vieira FAD, Coutinho N M, Magalhães MG, et al. Uso da hidrocortisona no tratamento e na prevenção da cefaléia pós-punção da dura-máter: Relato de Casos. Rev Bras Anestesiol. 2005;55: 343-9.

Cruvinel MGC, Barbosa PRV, Teixeira VC, Castro CHV.Tampão peridural com dextran na profilaxia da cefaléia pós-punção acidental da dura-máter em paciente HIV positivo: Relato de caso. Rev Bras Anestesiol. 2002;52:712-8.

Ganem EM, Castiglia YMM, Vianna PTG. Complicações neurológicas determinadas pela anestesia subaracnóidea. Rev Bras Anestesiol. 2002;52:471-80.

Imbelloni LE, Carneiro ANG. Cefaléia pós-raquianestesia: causas, prevenções e tratamento. Rev Bras Anestesiol 1997;47:453-64.

Ortega JP, Garcia MAE, Araúzo P, Gómez MC, Munoz RL, Morollón MJ. A incidência de cefaléia postpunción dural y dolor lumbar trás anestesia intradural em pacientes menores de 25 anos. Rev Soc Esp Dolor 1999;6:96-101.

Imbelloni LE.Tratado de anestesia raquidiana. Curitiba: Medidática Informática, 2001, p.178-87.

Turnbull DK, Shepherd DB. Post-dural puncture headache: pathogesis, prevention and treatment. Br J Anaesth 2003;91:718-29.

Sadeq AQ, Hershey MS. Abducens palsy following spinal anesthesia: mechanism, treatment, and anesthetic considerations. Med Gen Med 2005;7:16.

Tsen LC, Hepner DL. Needles used for spinal anesthesia. Exp Rev Med Dev 2006;3:499-508.

Randolph WEV, Armon C, Frohman EM, Goodin DS. Assessment: prevention of post-lumbar puncture headaches. Neurology. 2000;55:909-14.

Morgan Jr GE, Mikhail MS. Anestesiologia clínica. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Revinter 2003, p.209-19.

Chaves IMM, Gusman PB. In: Manica J editor, Anestesiologia: princípios e técnicas. 3ª. ed. Porto Alegre: Artmed 2004, p.691-4.

Fernandez RD, Madrid MLT, Torrente PC, Mur TS. Comparición de dos agujas de calibre 27 G para anestesia raquidea: Estudio sobre 1555 pacientes. Rev Esp Anestesiol Reanim 2003;50:182-7.

Reina MA, Casasola OAL, Lopez A, Andres J, Martins S, Mora M. Na in vitro study of dural lesions produced by 25-gauge quincke and Whitacre needles evaluated by scanning electron microscopy. Reg Anesth Pain Med, 2000;25:393-402.

Imbelloni LE, Sobral MGC, Carneiro ANG. Cefaléia pós-raquianestesia e o desenho das agulhas: Experiência com 5050 casos. Rev Bras Anestesiol. 2001;51:43-52.19.Vallejo CM, Mandel LG, Sabo DP, Ramanathan S. Postdural puncture headache: a radomized comparison of five spinal needles in obstetric patients. Anesth Analg 2000;91: 916-20.

Richmam JM, Joe EM, Cohen RBS, Ronlingsom AJ, Michaels RK, Jefries MA et al. Bevel direction and postdural puncture headache: a metaanalysis. Neurologist 2006;12:224-8.

Halpern S, Preston R. Postdural puncture headache and spinal needle design metaanalyses. Anestesiology. 1994;81:376-83.

Neves JFNP, Monteiro GA, Almeida JR, Brun A, Santanna RS, Duarte ES. Raquianestesia com agulha de Quincke 27G, 29g e Whitacre 27G: análise de dificuldade técnica, incidência de falhas e cefaléia. Rev Bras Anestesiol 2001; 51:196-201.

Imbelloni LE. Comparação entre agulhas 27G Whitacre com 26G Atraucan para cirurgias eletivas em pacientes abaixo de 50 anos. Rev Bras Anestesiol 1997;47:288-96.

Imbelloni LE, Carneiro AN. É a agulha ponta de Huber a melhor escolha em pacientes jovens? Comparação entre agulha 26G Atraucan com 27G Quincke para cirurgias em pacientes abaixo de 50 anos. Rev. Bras. Anestesiol 1997;47:408-16.

Villar GCP, Rosa C, Cappelli EL, Rosa MCR. Incidência de cefaléia pós-raquianestesia em pacientes obstétricas com agulha de Whitacre calibre 27 G: experiência com 4570 casos . Rev Bras Anestesiol 1999;49:110-2.

Amorim JA, Damázio FO, Maciel CMC, Santos GHA, Valença MM. Cefaléia pós-raquianestesia: prevalência e fatores de risco. In: XX Congresso Brasileiro de Cefaléia,2006-Temas Livres. Migrâneas cefaléias 2006;9:104-47.

Imbelloni LE, Carneiro ANG, Sobral MGC. Cefaléia pós-raquianestesia em pacientes jovens: comparação entre agulhas Quincke 25G(5,5) e 27G(4). Rev Bras Anestesiol 1993;43:359-61.

Downloads

Publicado

2010-09-30

Como Citar

Netto, I. B., Catharino, A. M. da S., de Crasto, M. do C. V., Silva, M. G., Salles, L. C. B., & Melo, C. (2010). Cefaléia Pós-Raquianestesia: fatores de risco associados e prevenção de sua ocorrência – Atualização. Revista Neurociências, 18(3), 406–410. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8468

Edição

Seção

Atualização
Recebido: 2019-02-18
Publicado: 2010-09-30

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)