Dança e fisioterapia em crianças e adolescentes com paralisia cerebral

Autores

  • Luciana Barbosa dos Santos Discente do Curso de Graduação em Fisioterapia UNIBAN/SP, São Paulo-SP, Brasil.
  • Douglas Martins Braga Especialista em hidroterapia na reabilitação de doenças neuromusculares UNIFESP-EPM, Fisioterapeuta do setor de Fisioterapia aquática da AACD e ambulatório de Neuroimunologia da UNIFESP, Fisioterapeuta responsável pelo setor artístico do Clube dos Paraplégicos de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8434

Palavras-chave:

Paralisia Cerebral, Dança, Qualidade de Vida

Resumo

Introdução. A Paralisia Cerebral PC é caracterizada por uma desordem do tônus do movimento e da postura de caráter não progressivo. A qualidade de vida está baseada na percepção de um indivíduo, como uma experiência interna de satisfação e bem-estar. O uso lúdico da dança tem proporcionado benefícios no que se refere aos aspectos: físico, emocional e social melhorando a qualidade de vida dos indivíduos com PC. Objetivo. O presente estudo teve como objetivo verificar a qualidade de vida em crianças e adolescentes com PC que realizam fisioterapia e que praticam aulas de dança. Método. Foi realizado um estudo transversal envolvendo 20 crianças e adolescentes com diagnóstico de PC entre 05 a 19 anos, que frequentavam duas instituições diferentes em uma instituição realizava aulas de dança e fisioterapia e na outra apenas fisioterapia. O instrumento utilizado foi o questionário “Child Health Questionnaire” (CHQ- PF50). Resultados. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes nos domínios comportamento, auto-estima e saúde mental para o grupo que praticava aulas de dança. Conclusão. A partir desses resultados podese concluir que as crianças e adolescentes com PC que realizavam fisioterapia e aulas de dança tiveram uma melhor QV, em relação aquelas que realizavam fisioterapia.

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Publicado

2010-12-31

Como Citar

dos Santos, L. B., & Braga, D. M. (2010). Dança e fisioterapia em crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Revista Neurociências, 18(4), 437–442. https://doi.org/10.34024/rnc.2010.v18.8434

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-20
Publicado: 2010-12-31

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