Tapping de Deslizamento Sobre o Tônus e o Recrutamento Muscular Após Acidente Vascular Cerebral

Autores

  • José Cláudio da Silva Fisioterapeuta, MSc e Doutorando em Neurociências/UNIFESP, São Paulo- -SP, Brasil.
  • Maria do Desterro Costa e Silva Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde/UNIFESP, Professora da Faculdade de Alagoas (FAL), Maceió-AL, Brasil.
  • Geraldo Magella Teixeira Fisioterapeuta, Doutor em Ciências/UNIFESP, Professor da Faculdade de Alagoas (FAL), Maceió-AL, Brasil.
  • Clarissa Cotrim dos Anjos Fisioterapeuta, Especialização em Ciências da Saúde, Professora da Universidade de Saúde de Ciências de Alagoas (UNCISAL), Maceió-AL, Brasil.
  • Euclides Maurício Trindade Filho Médico, Doutor em Neurociências, Professor da Faculdade de Alagoas (FAL), Maceió-AL, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8140

Palavras-chave:

Espasticidade Muscular, Acidente Vascular Cerebral, Tono Muscular

Resumo

Objetivo. Verificar a eficácia da técnica Tapping de deslizamento so­bre a espasticidade e recrutamento muscular em portadores de Aci­dente Vascular Cerebral. Método. Amostra de 20 pacientes, idade entre 40-90 anos, ambos os sexos e que apresentavam espasticidade. Foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: Controle que re­cebeu o tratamento fisioterápico convencional, e experimental que recebeu tratamento convencional e a técnica do Tapping de desliza­mento no músculo flexor superficial dos dedos da mão. Tratamento de dez sessões, duração de 40 minutos, duas vezes por semana. As variáveis estudadas foram: espasticidade: medida através da escala de Ashworth modificada, recrutamento muscular: avaliado através da amplitude do sinal eletromiográfico. Resultados. O tratamento com o Tapping de deslizamento reduziu a espasticidade no grupo experi­mental (1,4±1,50/0,4±0,51; Controle/Experimental-depois; p<0,03). Não houve diferença da amplitude de onda eletromiográfica entre os grupos. Mas, a comparação do grupo experimental antes e após o tratamento mostrou uma diminuição significante da amplitude de onda eletromiográfica (35±42,14/21±9,69; Experimental-antes/Expe­rimental-depois; p<0,03), o que também foi observado no grupo con­trole (Controle-antes/Controle-depois: 22±12,24/18±7,46; p<0,05). Conclusão. Sugerimos que a técnica do Tapping de deslizamento re­duz a espasticidade e diminui o recrutamento muscular, e que a apli­cação clínica da técnica pode ser realizada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Calderón GR, Calderón SRF. Tratamiento clínico (no quirúrgico) de la espasticidad en la parálisis cerebral. Rev Neurol 2002;34:1-6.

Teive HAG, Zonta M, Kumagai Y. Tratamento da Espasticidade. Arq Neuropsiquiatr 1998;56:852-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1998000500025

Chinelato JCA, Perpétuo AMA, Krueger-Beck E. Espas¬ticidade – aspectos neurofisiológicos e musculares no tratamento com toxina botulínica do tipo A. Rev Neurocienc 2010;18:395-400.

Mayer NH. Clinicophysiologic concepts of spasticity and motor dysfunction in adults with an upper motoneuron lesion. Muscle & Nerve 1997;6(Suppl):S1-13. http://dx.doi.org/10.1002/(SICI)10974598(1997)6<1::AID--MUS2>3.3.CO;2-O http://dx.doi.org/10.1002/(SICI)1097-4598(1997)6+<1::AID--MUS2>3.0.CO;2-D

O`sullivan SB. Schmitz TJ. Fisioterapia. Avaliação e tratamento. 4º Ed. Barueri: Manole, 2004, p.520-3.

Nitrini R, Bacheshi LA. A Neurologia que todo médico deve saber. 2º Ed. São Paulo: Atheneu, 2005, p.184-5.

Da Silva JC, Costa e Silva MD, Teixeira GM, Anjos CC, Filho EMT. Efeitos do Tapping de Inibição sobre o Tônus e Recrutamento Muscular em Portadoresde Acidente Vascular Encefálico. Neurobiologia 2011;74:115-22.

Sherrington CS. The integrative action of the nervous system. New Haven: Yale University Press, 1906, p.83-113.

Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM. Princípios da Neurociência. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2003, p.508-13.

Bobath K. Uma Base Neurofisiológica para o tratamento da paralisia Cerebral. 2. Ed. São Paulo: Manole, 1990, p.32-61.

Pinto LC. Eletroneuromiografia Clínica. São Paulo: Editora Atheneu, 1996, p.1-25.

Adler SS, Beckers D, Buck M. PNF - Facilitação neuromuscular proprioceptiva: um guia ilustrado. São Paulo: Ed. Manole, 1999, p.1-15.

Cardoso E, Pedreira G, Prazeres A, Ribeiro N, Melo A. Does botulinum toxin improve the function of the patient with spasticity after stroke? Arq Neuropsiquiatr 2007;65:592-5. http://dx.doi.org/10.1590/S0004282X2007000400008

Agotejaray M, Vélez AR. Manejo de la espasticidad en el lesionado medular. Boletin del departamento de docência e investigación. IREP 2004;8:51-7.

Kumagai NY, Zonta MB. Espasticidade – Tratamento. Fisioterp Mov 1998;10:123-7.

Freriks B, Hermens HJ. SENIAM 9: European recommendations for surface electromyography. ISBN: 90-75452-14-4 (CD-rom). Roessingh Research and Development bv, 1999.

Bohannon RW, Smith MB. Inter-rater reliability of a modified Ashworth scale of muscle spasticity. Phys Ther 1987;67:206-7.

Davies PM. Exatamente no Centro. Atividade seletiva do tronco no tratamento da hemiplegia no adulto. Barueri: Manole, 1996, p.253-7.

Kabat H. Studies on neuromuscular dysfunction, Xlll: New concepts and techniques of neuromuscular reeducation for paralysis. Parm Found Med Bull 1950;8:121-43.

Gianni MA. Tratamento da Espasticidade. Reabilitar 2000;7:33-9. 21.Gellhorn E. Proprioception and the motor córtex. Brain 1949;72:35-62. http://dx.doi.org/10.1093/brain/72.1.35

Bohannon RW, Larkin PA, Smith MBY, Horton MG. Relationship Between static muscle strength deficits and spasticity in stroke patients with hemiparesis. Phys Ther 1987;67:1068-71.

Musolf JM. Easing the impact of the family care-givers role. Rehabil Nurs 1991;16:82-4. http://dx.doi.org/10.1002/j.2048-7940.1991.tb01185.x

Van Peppen RP, Kwakkel G, Wood-Dauphinee S, Hendriks HJ, Van der Wees PJ, Dekker J. The impact of physical therapy on functional outcomes after stroke: what´s the evidence? Clin Rehabil 2004;18:833-62. http://dx.doi.org/10.1191/0269215504cr843oa

Braun RM, Botte MJ. Treatment of shoulder deformity in acquired spasticity. Clin Orthop Relat Res 1999; 368:54-65. http://dx.doi.org/10.1097/00003086-199911000-00008

Duncan PW, Zorowitz R, Bates B, Choi JY, Glasberg JJ, Graham GD, et al. Management of Adult Stroke Rehabilitation Care: a clinical practice guideline. Stroke 2005;36:e100-43. http://dx.doi.org/10.1161/01.STR.0000180861.54180.FF

Downloads

Publicado

2013-12-31

Como Citar

Silva, J. C. da, Silva, M. do D. C. e, Teixeira, G. M., Anjos, C. C. dos, & Filho, E. M. T. (2013). Tapping de Deslizamento Sobre o Tônus e o Recrutamento Muscular Após Acidente Vascular Cerebral. Revista Neurociências, 21(4), 542–548. https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8140

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-25
Publicado: 2013-12-31

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.