Efeitos da fisioterapia aquática na deficiência visual: relato de caso

Autores

  • Matheus Marques e Marques Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba-MG, Brasil.
  • Jorge Cutlac Neto Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba-MG, Brasil.
  • Nuno Miguel Lopes Oliveira Fisioterapeuta, Doutor, Professor Adjunto do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba-MG, Brasil.
  • Carla Cristina Esteves Oliveira Fisioterapeuta, Mestre em Bioengenharia pela Universidade de São Paulo Campus Ribeirão Preto, Ribeirão Preto-SP, Brasil.
  • Gualberto Ruas Fisioterapeuta, Doutor em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.
  • Suraya Gomes Novais Shimano Fisioterapeuta, Doutor, Professor Adjunto do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba-MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4181/RNC.2015.23.01.978.7p

Palavras-chave:

Hidroterapia, Cegueira, Exercícios Aquáticos, Qualidade de Vida

Resumo

Objetivo. Avaliar os benefícios da fisioterapia aquática nas capacida­des musculoesqueléticas e cardiorrespiratórias e no índice de quali­dade de vida (QV) em um deficiente visual. Método. A amostra foi composta de um indivíduo portador de deficiência visual adquirida, de 50 anos, sem comprometimentos neuromusculoesqueléticos. Fo­ram utilizados: a dinamometria de preensão palmar para avaliação da força muscular de membros superiores, o teste de oito repetições má­ximas para os membros inferiores; o Banco de Wells para flexibilidade; o teste de velocidade de marcha para funcionalidade; a espirometria para força dos músculos inspiratórios e expiratórios e o questionário WHOQOL BREF para qualidade de vida. Após a construção de um protocolo de exercícios com comandos áudio-táteis, os mesmos foram aplicados por 12 semanas, duas vezes por semana, durante 60 minu­tos. Resultados. Aumento de 5,2% na força muscular de membros superiores e 30% de membros inferiores. O ganho de flexibilidade foi de 100%, refletindo em melhora de 25 milissegundos no teste de velocidade de marcha. A força muscular inspiratória obteve ganho de 57,1% a melhora de QV total foi de 5,7%. Conclusão. Um protocolo de hidrocinesioterapia adaptado a deficientes visuais foi eficaz na pro­moção de ganhos físico funcionais e de QV de um deficiente visual.

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Publicado

2015-01-02

Como Citar

Marques, M. M. e, Neto, J. C., Oliveira, N. M. L., Oliveira, C. C. E., Ruas, G., & Shimano, S. G. N. (2015). Efeitos da fisioterapia aquática na deficiência visual: relato de caso. Revista Neurociências, 23(1), 136–142. https://doi.org/10.4181/RNC.2015.23.01.978.7p

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-02-07
Publicado: 2015-01-02

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