Relação entre a força de preensão manual e capacidade funcional após Acidente Vascular Cerebral
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.8052Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Hemiplegia, Força MuscularResumo
Objetivo. Analisar a relação entre a força de preensão manual (FPM) e a capacidade funcional após as sequelas oriundas do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Método. Avaliou-se a FPM de 35 hemiparéticos crônicos, e em seguida foram aplicadas a escala de Fugl-Meyer, que avalia a recuperação sensório-motora, a Medida de Independência Funcional, que avalia o grau de independência funcional nas atividades motoras, e o Timed Up and Go, indicativo de mobilidade funcional. Para análise estatística foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. Resultados. Houve correlação positiva de forte magnitude entre a FPM e a recuperação sensório-motora (r=0,7; p=0,001), e correlação negativa moderada entre a FPM e mobilidade funcional (r=-0,4; p=0,02). Contudo, não houve correlação entre a FPM e a independência (r=0,3; p=0,11). Conclusão. Após análise, encontrou-se nesta população indícios de que a FPM tem forte relação com a recuperação sensório-motora após AVC, e é um indicativo moderado da mobilidade funcional.
Downloads
Métricas
Referências
Stroke - 1989. Recommendations on stroke prevention, diagnosis, and therapy. Report of the WHO Task Force on Stroke and other Cerebrovascular Disorders. Stroke 1989;20:1407-31. dx.doi.org/10.1161/01.STR.20.10.1407
Chong JY, Sacco RL. Epidemiology of stroke in young adults: race/ethnic differences. J Thromb Thrombolysis 2005;20:77-83. dx.doi.org/10.1007/s11239-005-3201-9
Mackay J, Mensah GA. The Atlas of Heart Disease and Stroke. Geneva: World Health Organization, 2002, 112p.
Murray CJ, Vos T, Lozano R, Naghavi M, Flaxman AD, Michaud C, et al. Disability-adjusted life years (DALYs) for 291 diseases and injuries in 21 regions, 1990–2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease
Study 2010. Lancet 2012;380:2197-223. dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(12)61689-4
Lavados PM, Hennis AJ, Fernandes JG, Medina MT, Legetic B, Hoppe A, et al. Stroke epidemiology, prevention, and management strategies at a regional level: Latin America and the Caribbean. Lancet Neurol 2007;6:362-72. dx.doi.org/10.1016/S1474-4422(07)70003-0
Jacques A, Cardoso MCAF. Acidente Vascular Cerebral e sequelas fonoaudiológicas: atuação em área hospitalar. Rev Neurocienc 2011;19:229-36.
Corrêa FI, Soares F, Andrade DV, Gondo RM, Peres JA, Fernandes AO, et al. Atividade muscular durante a marcha após acidente vascular encefálico. Arq Neuropsiquiatr 2005;63:847-51. dx.doi.org/10.1590/S0004-0282X2005000500024
Bohannon RW. Muscle strength and muscle training after stroke. J Rehabil Med 2007;39:14-20. dx.doi.org/10.2340/16501977-0018
Teixeira IN. O envelhecimento cortical e a reorganização neural após o acidente vascular encefálico (AVE): implicações para a reabilitação. Cienc Saúde Col 2008;13:2171-8. dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000900022
Brandão DMS, Nascimento JLS, Viann LG. Capacidade funcional e qualidade de vida em pacientes idosos com ou sem disfagia após acidente vascular encefálico isquêmico. Rev Assoc Med Bras 2009;55:738-43. dx.doi.org/10.1590/S0104-42302009000600020
Faria-Fortini I, Michaelsen SM , Cassiano JG, Teixeira-Salmela LF. Upper Extremity Function in Stroke Subjects: Relationships between the International Classification of Functioning, Disability, and Health Domains. J Hand Ther 2011;24:257-65. dx.doi.org/10.1016/j.jht.2011.01.002
Curb JD, Ceria-Ulep CD, Rodrigues BL, Grove J, Guralnik J, Willcox BJ, et al. Performance-based measures of physical function for high-function populations. J Am Geriatr Soc 2006;54:737-42. dx.doi.org/10.1111/j.15325415.2006.00700.x
Geraldes AAR, Oliveira ARM, Albuquerque RB, Carvalho JM, Farinatti PTV. A força de preensão manual é boa preditora do desempenho funcional de idosos frágeis: um estudo correlacional múltiplo. Rev Bras Med Esporte 2008;14:12-6.
Bertolucci PH, Brucki SM, Campacci SR, Juliano Y. O mini-exame do estado mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arq Neuropsiquiatr 1994;52:1-7.
Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, Silva FCM, Souza MAP. Teste de força de preensão utilizando o dinamômetro Jamar. Acta Fisiatr 2007;14:104-10.
Mercier C, Bourbonnais D. Relative shoulder flexor and handgrip strength is related to upper limb function after stroke. Clin Rehabil 2004;18:215-21. dx.doi.org/10.1191/0269215504cr724oa
Maki T, Quagliato EMAB, Cacho EWA, Paz LPS, Nascimento NH, Inoue MMEA, et al. Estudo de confiabilidade da aplicação da Escala de Fugl-Meyer no Brasil. Rev Bras Fisioter 2006;10:177-83.
Woodbury ML, Velozo CA, Richards LG, Duncan PW, Studenski S, Lai SM. Dimensionality and Construct Validity of the Fugl-Meyer Assessment of the Upper Extremity. Arch Phys Med Rehabil 2007;88:715-23. dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2007.02.036
Fugl-Meyer AR, Jaasko L, Leyman I, Olsson S, Steglind S. The post-stroke hemiplegic patient: 1. a method for evaluation of physical performance. Scand J Rehab Med 1975;7:13-31.
Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Potiguara P, Pinto N, et al. Validação da versão brasileira da medida de independência funcional. Acta Fisiatr 2004;11:72-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2015-03-31