Fisioterapia motora na Esclerose Lateral Amiotrófica:

estudo descritivo de quatro protocolos de intervenção

Autores

  • Thaiana Barbosa Ferreira Fisioterapeuta, Mestranda, Professora substituta do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus: FACISA, Santa Cruz- -RN, Brasil.
  • Nathalia Priscilla Oliveira Silva Fisioterapeuta, Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, Brasil.
  • Lizianne Juline do Nascimento e Silva Martins Fisioterapeuta pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal- -RN, Brasil.
  • Marcielle Aline de Medeiros Brito Fisioterapeuta pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal- -RN, Brasil.
  • Fabrícia Azevêdo da Costa Cavalcanti Fisioterapeuta, Doutora, Professora Adjunta do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Campus: Central, Natal-RN, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.7994

Palavras-chave:

Esclerose Amiotrófica Lateral, Fisioterapia, Funcionalidade

Resumo

Objetivo. Investigar e descrever quatro protocolos fisioterapêuticos propostos para pacientes com Esclerose Amiotrófica Lateral (ELA), sob o ponto de vista da independência funcional individual do pa­ciente. Método. Estudo descritivo que envolveu quatro indivíduos do sexo masculino com diagnóstico de ELA acompanhados pelo Centro de Referência em DNM/ELA do HUOL - UFRN, situado na cidade de Natal-RN. O pesquisador acompanhou um dia de atendimento fisioterapêutico de todos os participantes e descreveu os protocolos utilizados nestes pacientes através da “Ficha de Descrição de Proto­colos Fisioterapêuticos para pacientes com ELA” de acordo com o observado e relatado pelo Fisioterapeuta responsável. A Medida de Independência Funcional (MIF) foi utilizada para caracterizar o nível funcional dos participantes no dia da visita e após 5 ou 6 meses de tratamento fisioterapêutico. Resultados. Dos quatro indivíduos en­volvidos, em dois foi observado que os protocolos aplicados parecem estabilizar o nível de independência funcional, em um, que a fisiotera­pia parece não intervir no curso progressivo da doença e em um que o ambiente domiciliar pode atuar favoravelmente ao protocolo traçado. Conclusão. Ainda que diante de uma doença progressiva, a Fisiote­rapia Motora parece contribuir favoravelmente com a independência funcional dos pacientes, respeitando a heterogeneidade clínica desta patologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Ahn S-W, Kim S-H, Oh D-H, Kim S-M, Park KS, Hong Y-H, et al. Motor unit number estimation in evaluating disease progression in patients with amyotrophic lateral sclerosis. J Korean Medcin 2010;25:1359-63. http://dx.doi.org/10.3346/jkms.2010.25.9.1359

Xerez DR. Reabilitação na esclerose lateral amiotrófica: revisão da literatura. Acta Fisiatr 2008;15:182-8.

Wijesekera LC, Leigh PN. Amyotrophic lateral sclerosis. Orphanet J Rare Dis 2009;4:3. http://dx.doi.org/10.1186/1750-1172-4-3

Donohoe DJ, Brady B. Motor neuron disease: etiology, pathogenesis and treatment - a review. Ir J Med Sci 1996;165:200-9. http://dx.doi.org/10.1007/BF02940251

Palermo S, Lima JMB de, Alavarenga RP. Epidemiologia da esclerose lateral amiotrófica - Europa/América do Norte/América do Sul/Ásia. Discrepâncias e similaridades. Rev Bras Neurol 2009;45:5-10.

Silva HCA. Etiopatogenia da ELA: causa única ou várias causas? Rev Neurocienc 2006;14(Suppl):35-42.

Orsini M, Freitas MRG, Mello MP, Botelho JP, Cardoso FM, Nascimento OJM, et al. Medidas de avaliação na esclerose lateral amiotrófica. Rev Neurocienc 2008;16:144-51.

Tarini VAF, Vilas L, Cunha MCB, Oliveira ASB. O exercício em doenças neuromusculares. Rev Neurocienc 2005;13:67-73.

Pozza AM, Delamura MK, Ramirez C, Valério NI, Marino LHC, Lamari NM. Physiotherapeutic conduct in amyotrophic lateral sclerosis. São Paulo Med J 2006;124:350-4. http://dx.doi.org/10.1590/S1516 31802006000600011

Orsini M, Freitas MRG, Mello MP, Antonioli RS, Reis JPB, Nascimento OJM, et al. Reabilitação física na esclerose lateral amiotrófica. Rev Neurocienc 2009;17:30-6.

Facchinetti LD, Orsini M, Lima MAS. Os riscos do exercício excessivo na esclerose lateral amiotrófica. Rev Bras Neurol 2009;45:33-8.

Deforges S, Branchu J, Biondi O, Grondard C, Pariset C, Lecolle S, et al. Motoneuron survival is promoted by specific exercise in a mouse model of amyotrophic lateral sclerosis. J Physiol 2009;587:3561-71. http://dx.doi.org/10.1113/jphysiol.2009.169748

Liebetanz D, HagemannK, Lewinsk FV,Kahler E, Paulus W. Extensive exercise is not harmful in amyotrophic lateral sclerosis. Eur J Neurosci 2004;11:3115-20. http://dx.doi.org/10.1111/j.1460-9568.2004.03769.x

Chieia MAT. Doenças do neurônio motor. Rev Neurocienc 2005;13(suppl): 26-30. 15.Brooks BR, Miller RG, Swash M, Munsat TL. El Escorial revisited: revised criteria for the diagnosis of amyotrophic lateral sclerosis. Amyotroph Lateral Scler Other Motor Neuron Disord 2000;1:293-9. http://dx.doi.org/10.1080/146608200300079536

Granger CV, Hamilton BB, Linacre JM, Heinemann AW, Wright BD. Performance profiles of the functional independence measure. Am J Phys Med Rehabil 1993;72:84-9. http://dx.doi.org/10.1097/00002060-199304000-00005

Riberto M, Miyazaki MH, Jucá SSH, Sakamoto H, Pinto PPN, Battistella LR. Validação da versão brasileira da medida de independência funcional. Acta Fisiatr 2004;11:72-6.

Scattolin FAA, Diogo MJDE, Colombo RCR. Correlação entre instrumentos de qualidade de vida relacionada à saúde e independência funcional em idosos com insuficiência cardíaca. Cad Saúde Pública 2007; 23:2705-15. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007001100018

Felício DNL, Veras ALF, Torquato MEA, Abdon APV. Atuação do fisioterapeuta no atendimento domiciliar de pacientes neurológicos: a efetividade sob a visão do cuidador. RBPS 2005;18:64-9. http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2005.p64

Krivickas LS, Shockley L, Mitsumoto H. Home Care of patients with amyotrophic lateral sclerosis. J Neurol Sci 1997;152:82-9.http://dx.doi.org/10.1016/S0022-510X(97)00251-7

Radunovic A, Mitsumoto H, Leigh PN. Clinical care of patients with amyotrophic lateral sclerosis. Lancet Neurol 2007;6:913-25. http://dx.doi.org/10.1016/S1474-4422(07)70244-2

Orsini M, Oliveira AB, Reis CHM, Freitas MRG, Chieia M, Airão AR, et al. Princípio de compaixão e cuidado: A arte de tratar pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Rev Neurocienc 2011;19:382-90.

van der Kooi EL, Lindeman E, Riphagen I. Strength training and aerobic exercise training for muscle disease. Cochrane Database Syst Rev 2005;(1):CD003907. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD003907.pub2

Borges VM, Oliveira LRC, Peixoto E, Carvalho NAA. Fisioterapia motora em pacientes adultos em terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva 2009;21:446- 52. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-507X2009000400016

Bello-Haas VD, Florence JM, Kloos AD, Scheirbecker J, Lopate G, Hayes S, et al. A randomized controlled trial of resistance exercise in individuals with ALS. Neurology 2007;68:2003-7. http://dx.doi.org/10.1212/01.wnl.0000264418.92308.a4

Bohannon RW. Results of resistance exercise on a patient with amyotrophic lateral sclerosis: a case report. Phys Ther 1983;63:965-8.

Downloads

Publicado

2015-12-31

Como Citar

Ferreira, T. B., Silva, N. P. O., Martins, L. J. do N. e S., Brito, M. A. de M., & Cavalcanti, F. A. da C. (2015). Fisioterapia motora na Esclerose Lateral Amiotrófica:: estudo descritivo de quatro protocolos de intervenção. Revista Neurociências, 23(4), 609–616. https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.7994

Edição

Seção

Relato de Caso
Recebido: 2019-02-15
Publicado: 2015-12-31