Camptocormia e Síndrome de Pisa na Doença de Parkinson:

caracterização clínico-funcional

Autores

  • Tatiana Santos Arruda Fisioterapeuta pela Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Aline Crispim de Aquino Fisioterapeuta pela Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Leonardo Mariano Inácio Medeiros Neurologista, Mestre, Professor de Pós-graduação em Neurologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico, São Paulo-SP, Brasil.
  • Vanderci Borges Neurologista, Doutora, Assistente colaborador da disciplina de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Henrique Ballalai Ferraz Neurologista, Livre Docente, Professor Titular da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil.
  • Henrique Ballalai Ferraz Neurologista, Livre Docente, Professor Titular da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil.
  • Flávia Doná Fisioterapeuta, Doutora, Professora do Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social da Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.7984

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, Postura, Equilíbrio Postural, Marcha

Resumo

Objetivo. Comparar os aspectos clínicos e funcionais dos pacientes com Doença de Parkinson (DP) com e sem camptocormia e Síndro­me de Pisa. Método. Trata-se de estudo transversal constituído de 16 pacientes com DP, Hoehn & Yahr entre 1 e 4, os quais foram divididos em grupo com alterações posturais (GAP) e grupo controle (GC). Foram avaliadas as variáveis epidemiológicas e clínicas por meio de Questionário, parte III da Unified Parkinson’s Disease Rating Sca­le (UPDRS-III), Escala de Schwab & England e Dynamic Gait Index (DGI). Resultados. O tempo de diagnóstico da DP foi menor no GC em comparação ao GAP (GAP 13,75±3 anos; GC: 5,67±2 anos; p=0,0001). GAP obteve maior pontuação no item postura (p=0,029) e bradicinesia (p=0,050) da UPDRS e no item “Marcha em Superfície Plana” do DGI (p=0,028), além de maior incidência de queda. Não houve diferença na pontuação da Escala de Schwab & England entre os grupos. Ambos os grupos apresentaram pontuação média no DGI inferior a 19 (GAP= 15,00±6; GC= 19,33±2) indicando maior risco de queda. Conclusão. GAP apresenta maior prejuízo motor e his­tórico de queda, porém são funcionalmente independentes ou semi­-independentes. Todos os pacientes com DP mostraram instabilidade postural dinâmica e maior risco de quedas.

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Publicado

2015-12-31

Como Citar

Arruda, T. S., Aquino, A. C. de, Medeiros, L. M. I., Borges, V., Ferraz, H. B., Ferraz, H. B., & Doná, F. (2015). Camptocormia e Síndrome de Pisa na Doença de Parkinson:: caracterização clínico-funcional. Revista Neurociências, 23(4), 538–545. https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.7984

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2019-02-15
Publicado: 2015-12-31

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