Redução proteica de ARC no estriado após o condicionamento de medo ao som

Resumo

Introdução. O envolvimento do sistema estriatal na aprendizagem S-R é geralmente baseado na plasticidade neural relacionada aos genes de expressão imediata (IEGs). Estudos anteriores também mostraram que o estriado dorsal desempenha um papel no condicionamento de medo do som (TFC). Objetivos. Dado que a expressão de IEGs no estriado dorsal está relacionada com a aprendizagem S-R, analisamos os eventos moleculares iniciais de consolidação no estriado medindo os níveis protéicos de EGR1, C-Fos e Arc, 30 e 90 minutos após o treino de TFC. Além disso, para minimizar uma possível interferência do hipocampo dorsal, a transmissão glutamatérgica foi interrompida durante o treino de condicionamento de medo usando a injeção de antagonista do receptor NMDA AP5 no hipocampo. Método. Ratos Wistar receberam AP5 ou injeção de solução salina no hipocampo cinco minutos antes de serem submetidos ao condicionamento de medo de som (pareamento som e choque) ou apenas o som. Resultados. Os animais que receberam pareamento som e choque nas patas apresentaram diminuição da proteína ARC 30 minutos após o treino quando comparados aos grupos controles. O grupo tratado com AP5, exposto à condição apenas de som, apresentou uma diminuição na proteína EGR 90 minutos após o treino quando comparada à solução salina e som. Não foram observadas diferenças nos níveis de proteína FOS. Conclusões. Nossos resultados sugerem que é possível que alguma interação entre estriado e hipocampo na experiência de processamento do som e que níveis reduzidos de ARC possam estar relacionados às características associativas desta tarefa pavloviana.