Família, memória e morte nas inscrições sepulcrais de Mediolanum (I-II d.C.)

Autores

  • Luciane Munhoz de Omena Universidade Federal de Goiás
  • Margarida Maria de Carvalho Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.31669/herodoto.v3i1.354

Palavras-chave:

Família, morte, memória, inscrições sepulcrais.

Resumo

Ao levar em consideração os estudos contemporâneos sobre as atitudes diante da morte e dos mortos, analisaremos, dada à relevância documental, temática e histórica, alguns epitáfios femininos presentes na região de Mediolanum, atual cidade de Milão. Sabemos que, embora não tenhamos vestígios de necrópoles, tal como em Isola Sacra, os testemunhos mortuários presentes no Civico Museo Archeologico di Milano apresentam uma vasta gama de estelas em pedras, lastras de monumentos funerários com guirlandas em pedra, altares e urnas funerárias em mármores, evidenciando a riqueza de uma região conhecida, à época de 49 a.C., como municipium ciuium romanorum. Sob esse aspecto, torna-se relevante analisar, por exemplo, uma elegante estela, datada entre os anos finais do século II d. C., como um raro testemunho de uma mulher que, sem dúvida, com uma forte personalidade, comissiona o monumento funerário aos seus familiares. A partir daí, compreendemos que os epitáfios imortalizavam os falecidos bem como estimulavam a pietas de seus familiares. Logo, ao fazer referência à epigrafia sepulcral, realçamos as conexões e as simbologias entre palavras escritas e faladas, pois, assim concebida, a repetição ritual evocava a memória do falecido.

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Biografia do Autor

Luciane Munhoz de Omena, Universidade Federal de Goiás

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (2008); foi bolsista da CAPES\FAPEG atuando como pós-doutoranda na Universidade de Campinas\Unicamp (2015-2016), sob a supervisão do Prof. Dr. Pedro Paulo A. Funari. É integrante do grupo de pesquisa Imagens da Morte: a morte e o morrer no mundo Ibero-Americano, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, bem como do grupo Laboratório de Estudos sobre o Império Romano, LEIR\GO. É professora na Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás , com experiência em Antiguidade, atuando principalmente nos seguintes temas: representações da morte, filosofia e estudos sobre os aspectos sociais, políticos e religiosos da sociedade romana à época do Principado. (Fonte: Currículo Lattes)

Margarida Maria de Carvalho, Universidade Estadual Paulista

É Professora Doutora do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP - Univ. Estadual Paulista, Campus de Franca. Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), Mestrado em História pela Universidade de São Paulo (1995) e Doutorado em História pela Universidade de São Paulo (2003). Fez Pós-Doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Bolsista de Pós-doutorado Júnior CNPq de 10/2006 a 07/2007), na Universitad de Barcelona (Bolsista Fapesp de 12/2008 a 03/2009), e também na École des Hautes Études en Sciences Sociales / Paris - FR (Bolsista CNPq/ PDE em 2011), École des Hautes Études en Sciences Sociales / Paris - FR (Bolsista - auxílio a pesquisa PROPG - UNESP), École des Hautes Études en Sciences Sociales / Paris - FR (Bolsista CAPES Estágio Sênior de 09/2015 a 02/2016). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga, atuando principalmente nos seguintes temas: História de Roma Antiga, Antiguidade Tardia, História Militar de Roma. (Fonte: Currículo Lattes)

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Publicado

2018-03-24

Como Citar

de Omena, L. M., & de Carvalho, M. M. (2018). Família, memória e morte nas inscrições sepulcrais de Mediolanum (I-II d.C.). Heródoto: Revista Do Grupo De Estudos E Pesquisas Sobre a Antiguidade Clássica E Suas Conexões Afro-asiáticas, 3(1), 336–354. https://doi.org/10.31669/herodoto.v3i1.354