CURADORES DO IMPÉRIO: PATRIMÔNIO COMO PILHAGEM COLONIALISTA

Autores

  • Pedro Paulo Abreu Funari Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
  • Tamima Orra Mourad Instituto de Arqueologia, University College, Londres

DOI:

https://doi.org/10.31669/herodoto.v1i1.37

Palavras-chave:

Curadores, império, patrimônio, colonialismo, Arqueologia, Orientalismo.

Resumo

Curadoria e colonialismo estão estreitamente inter-relacionados. Pode-se definir como uma tendência que provém da necessidade de se apropriar, proteger e guardar; no entanto resultou em furto, deformação e isolamento do patrimônio de populações contemporâneas, como sugerido pelo caso da América Latina e do Oriente Próximo. Neste artigo estudamos como o colonialismo moldou historicamente a tutela de museus em oposição a distintas práticas de patrimônio. Episódios selecionados de curadoria são aqui utilizados para ilustrar a duplicidade desta prática; um empreendimento tanto político quanto pseudocientífico, onde curadores não são meros mediadores entre passado e presente, mas, sim, bases dos interesses políticos de seus patrocinadores do governo.