Héracles e Hermes na iconografia urbana paulistana
Império romano e o Brasil do século XX
DOI:
https://doi.org/10.34024/herodoto.2023.v8.20101Palavras-chave:
Héracles/Hércules, Hermes/Mercúrio, Iconografia urbana paulistana, Arquitetura e paisagem urbanaResumo
Este texto discute a inserção de Héracles/Hércules e Hermes/Mercúrio, duas divindades antigas dos panteões grego e romano, na cidade de São Paulo entre os séculos XIX e XX. A partir da noção de iconografia urbana, observaremos as especificidades da apropriação paulistana de referências ao mundo antigo que já estavam sendo desenvolvidos no seio de representações desde a modernidade. Assim, a recepção desses deuses na cidade de São Paulo foi baseada em um processo complexo que contou com a trama de elementos que organizavam seus cultos e representações na antiguidade, mas também um sofisticado processo de seleções entre a Europa moderna e contemporânea e o Brasil dos séculos XIX e XX, instalando Héracles e Hermes em debates que conectavam a cidade de São Paulo a temas tradicionais, mas também naqueles específicos do país, como o republicanismo e a ideologia do trabalho.
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