Fontes para o estudo da cultura escolar: o caso da imprensa periódica educacional paulista e suas estratégias textuais de ordenamento da profissão docente (1893-1927)
DOI:
https://doi.org/10.34024/fontes.2021.v8.13387Palavras-chave:
imprensa periódica paulista, saberes pedagógicos, formação do leitorResumo
Este artigo analisa um conjunto de publicações periódicas especializadas em educação que circularam em São Paulo, entre 1893 e 1927. A partir do final do século XIX, o periodismo emerge como importante meio de renovação da cultura letrada, e veículo de discussão e articulação de concepções, assim como suporte de difusão de representações e práticas culturais em disputa. À luz das proposições de de Certeau e Chartier, toma os periódicos como dispositivos de estratégias editoriais de conformação das práticas de professores das escolas primárias; e como estratégias de constituição de um novo público leitor, identificado por sua profissão, por seus valores e práticas. Os periódicos analisados são: Eschola Pública (1893-1897); Revista do Ensino (1902-1903); e Revista Escolar (1925-1927).
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