Expectativas de refugiados na tragédia das fronteiras, a percepção da trajetória e a surdez de direitos

Autores

  • Aloisio Ruscheinsky Unisinos Autor
  • Corina Nicoleta Tulbure Universidad de Barcelona Autor

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.2.11

Resumo

Os autores argumentam que o campo de refugiados é um espaço excepcional para colocar ordem na tensão das coisas, na dimensão espacial e temporal. Sempre há múltiplas fronteiras nos campos de refugiados, seja entre países, culturas e línguas, seja os cruzamentos para as mercadorias e as pessoas. Paradoxalmente, há uma situação temporária e de permanência ao mesmo tempo. Do ponto de vista metodológico, o caderno de campo e as entrevistas possibilitaram aprender com os sujeitos da pesquisa sobre suas condições de vida, porquanto são atores dentro de condicionamentos nos quais fazem a sua história. O artigo propõe expor a voz dos refugiados, a sua visão e leitura dos percalços na trajetória à Europa. A experiência nos campos de refugiados permite uma análise de um território por meio da dissolução da vida social anterior e da expectativa de novos começos. O que molda o horizonte dos refugiados é alcançar o solo fértil europeu. A sociabilidade é modelada na precariedade e na negação e despolitização da ajuda humanitária. Enfim, paradoxalmente, um espaço onde nada está dado como certo e tudo está contestado.

Palavras-chave: refugiados, Europa, fronteira, antropologia.

Biografia do Autor

  • Aloisio Ruscheinsky, Unisinos

    1) professor do PPG em Ciências Sociais da Unisinos e doutor em Sociologia pela USP.

  • Corina Nicoleta Tulbure, Universidad de Barcelona
    Rumana, doctora en la Universidad de Barcelona (2016), especializada en temas de inmigración, realiza un trabajo de análisis de discursos racistas en vista a los migrantes y colabora como periodista en varios periódicos.

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Publicado

2017-10-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Expectativas de refugiados na tragédia das fronteiras, a percepção da trajetória e a surdez de direitos. (2017). Ciências Sociais Em Revista, 53(2), 272-280. https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.2.11