A social-democracia de Celso Furtado

Desenvolvimento, bem-estar social e democracia (1950-1964)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/csr.2025.61.2.19787

Palavras-chave:

social-democracia, pensamento político brasileiro, esquerdas no Brasil, pensamento econômico brasileiro

Resumo

Inserindo-se nos estudos de pensamento social e político brasileiro, este artigo pretende ajudar no preenchimento da lacuna sobre a recepção de ideias social-democratas no Brasil. A nosso ver, esta ideologia é elemento que existe com relativa força na cultura política nacional e pode ser acessada pela análise da obra do economista Celso Furtado. Para fins de recorte, nos atemos aos seus escritos durante a República de 1946 para compreender como o economista articulou um pensamento social-democrata para propor as transformações necessárias em seu tempo, assim como para apontar crítica a outras esquerdas, como aquelas na esfera do marxismo. 

Biografia do Autor

  • Helio Cannone, Universidade Federal da Bahia - UFBA

    Doutor em Ciência Política pelo IESP-UERJ, onde também fez seu mestrado, e Bacharel e Licenciado em História pela PUC-Rio. Atualmente é Pós-doutorando no Programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia.

  • Pedro Paiva Marreca, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

    Doutor em Ciência política pelo IESP-UERJ, mestre em História Social da Cultura e Licenciado em História pela PUC-Rio, atualmente é Diretor do Centro de Ensino e Pesquisa do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Referências

Bielchowsky, R. (org). (2010). Cinquenta Anos de Pensamento da CEPAL. Rio de Janeiro: Record.

Bielschowsky, R. (2004). Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. 5. ed. Rio de Janeiro: Contraponto.

Brandão, G. M. (1997). A esquerda positiva: as duas almas do partido comunista, 1920-1964. São Paulo: Hucitec.

Cardoso, F. G. (2021). Nove clássicos do desenvolvimento econômico. Jundiaí: Paco.

Cepêda, V. A. (1998). Raízes do pensamento político de Celso Furtado desenvolvimento, nacionalidade e Estado democrático. São Paulo: Dissertação (Mestrado em ciência política), Universidade de São Paulo, 257 f.

Cepêda, V. A. (2004). O pensamento político de Celso Furtado. E-Latina (Buenos Aires), 3(9): 11-24.

Freeden, M. (2006). Ideologies and political theory: a conceptual approach. Nova Iorque: Oxford University Press.

Furtado, C. (1962). A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.

Furtado, C. (1964). Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.

Furtado, C. (2009). Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Contraponto/ Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o desenvolvimento.

Gomes, Â. de C. (2005). A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: FGV.

Hoover, K. R. (2003). Economics as ideology: Keynes, Laski, Hayek, and the Creation of Contemporary Politics. Oxford: Rowman & Litltlefield.

Jackson, B. (2013). Social-democracy. In: M. Freeden et al. (ed.). The Oxford Handbook of Political Ideologies. Oxford: Oxford University Press.

Kaysel, A. (2018). Entre a nação e a revolução. São Paulo: Alameda.

Lenin, V. I. (2020). O que fazer? São Paulo: Boitempo.

Luxemburgo, R. (2002). Reforma ou revolução? Luxemburg Internet Archive (marxists.org).

Lynch, C. E. C. (2013). Por que pensamento e não teoria? A imaginação político-social brasileira e o fantasma da condição periférica. Revista Dados, 56(4): 727-766.

Maia, J. M. E. (2013). Além da pós-colonialidade: a sociologia periférica e a crítica ao eurocentrismo. Cadernos de Estudos Culturais, 5: 103-70.

Mannheim, K. (1976). Liberdade, poder e planificação democrática São Paulo: Mestre Jou.

Melo, H. P.; Bastos, C. P.; Araújo, V. L (2020). A política macroeconômica e o reformismo social: impasses de um governo sitiado. In: V. L. Araújo; F. A. M. de Mattos (orgs.). A economia brasileira de Getúlio a Dilma: novas interpretações. São Paulo: Hucitec, p. 221-246.

Moraes, R. C. C. de (1977). Planejamento: democracia ou ditadura? Intelectuais e reformas socioeconômicas no pós-guerra. 1977. Tese (Doutorado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Moraes, R. (1995). Celso Furtado: o subdesenvolvimento e as ideias da CEPAL. São Paulo: Ática.

Myrdal, G (1962). Aspectos políticos da teoria econômica. Rio de Janeiro: Zahar.

Prado Jr, C. (2014). A revolução brasileira/ A questão agrária no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.

Przeworski, A. (1991). Capitalismo e social-democracia. São Paulo: Companhia das Letras.

Ramos, A. G. (1958). A redução sociológica. Rio de Janeiro: Instituto Superior de Estudos Brasileiro.

Ricupero, B. (2005). Celso Furtado e o pensamento social brasileiro. Estudos avançados, 19(53).

Ricupero, B. (2010). O conservadorismo difícil. In: G. N. Ferreira; A. Botelho (orgs.) Revisão do pensamento conservador: ideias e política no Brasil. São Paulo: Hucitec/ Fapesp.

Santos, W. G. dos (1978). Ordem burguesa e liberalismo político. São Paulo: duas cidades.

Sodré, N. W. (1963). Introdução à revolução brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira,.

Teixeira, S. M. F. (1985). Política social e democracia: reflexões sobre o legado da seguridade social. Cadernos de Saúde Pública, 1(4): 400–417.

Publicado

2025-08-29

Edição

Seção

Dossiê: A Democracia no Pensamento Político Brasileiro

Como Citar

A social-democracia de Celso Furtado: Desenvolvimento, bem-estar social e democracia (1950-1964). (2025). Ciências Sociais Em Revista, 61(2). https://doi.org/10.34024/csr.2025.61.2.19787