Novos e velhos ferramiu

O Balôn como mercado em transformação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/csr.2024.60.3.19287

Palavras-chave:

memória, mercado, organização social

Resumo

O presente artigo trata da memória, em seus processos de apagamento e rearticulação, enquanto dispositivo para a construção de relações sociais. Em perspectiva etnográfica, trata-se de um estudo de caso sobre a produção e o uso de memórias de eventos passados e, especificamente, das narrativas de origem do mercado Balôn, feira de mercadorias usadas em Turim (Itália). Essas se articulam a partir da figura profissional do ferramiu, tida como “tradicional” por comerciantes que pertencem a duas associações presentes “na praça”. As diversas versões, consideradas como “memórias divididas” (Portelli, 1991), compõem discursos que são acionados, pelos respectivos grupos, para (des)construir legitimidade⁄deslegitimidade recíprocas num espaço em disputa. Tal tensão contribuiu para a reorganização interna da feira e, sucessivamente, promoveu uma cisão que partiu e multiplicou o mercado.

Biografia do Autor

  • Vanessa Durando, Pesquisadora independente

    Doutora em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atua nas áreas da Antropologia (Antropologia Urbana, Antropologia Econômica, Etnicidade, Imigração, Transnacionalismo) e de Artes Visuais (Cinema e Fotografia), e como Educadora e Consultora Educacional.

Publicado

2025-02-18

Edição

Seção

Dossiê: Memória, conflitos e relações

Como Citar

Novos e velhos ferramiu: O Balôn como mercado em transformação. (2025). Ciências Sociais Em Revista, 60(3). https://doi.org/10.34024/csr.2024.60.3.19287