“Será que eu serei o dono dessa festa?”

Memória, carnavais e as expectativas constituintes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/csr.2024.60.3.17301

Palavras-chave:

Memória, Samba-enredo, Redemocratização, Constituição

Resumo

O objetivo do artigo é analisar a forma como as produções de sambas-enredo (cotejando-os com os desfiles) dos anos de 1980 e 1990 encararam, no âmbito do carnaval do Rio de Janeiro, as promessas sociais envolvidas na transição da ditadura militar para o regime democrático no país. Para tanto, examino a forma como as expectativas jurídico-políticas do projeto constituinte foram percebidas e narradas nos sambas e desfiles selecionados. Isso implica passar não só por sambas que trataram da temática de forma explícita, mas também por aqueles que abordaram o tema de forma indireta. No primeiro grupo, reúno sambas que dialogaram abertamente com termos inerentes ao discurso jurídico e aos debates da Assembleia Constituinte. No segundo grupo, parto de sambas que ora encarnaram perspectivas plurais para a própria ideia de constituição, ora se debruçaram sobre a problemática das desigualdades sociais, ora abordaram a questão da festa como elemento de projeção do real e dos desejos sociais. Para isso, proponho também uma contextualização sobre os debates envolvidos na redemocratização e nas promessas de cidadania que lhe eram subjacentes.

Biografia do Autor

  • Bruna da Penha de Mendonça Coelho, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

    Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em Sociologia (IESP-UERJ) e em Direito (PPGD-UERJ). Mestra em Direito (UERJ), bacharela em Direito (UERJ) e licenciada em Ciências Sociais (UNIRIO).

Publicado

2025-02-18

Edição

Seção

Dossiê: Memória, conflitos e relações

Como Citar

“Será que eu serei o dono dessa festa?”: Memória, carnavais e as expectativas constituintes. (2025). Ciências Sociais Em Revista, 60(3). https://doi.org/10.34024/csr.2024.60.3.17301