Ressentimento e Vontade de Nada

Autores

  • Marco Brusotti Professor Adjunto na Universidade Técnica de Berlim.

DOI:

https://doi.org/10.34024/cadniet.2000.n8.7880

Palavras-chave:

vontade de potência, vontade de verdade, niilismo, genealogia, hipnose, Braid

Resumo

O que Nietzsche entende como ‘vontade de nada’? Como se relacionam ‘vontade de nada’ e ressentimento? Em que medida se assemelham? O que as diferencia? O que significa a proposição nietzschiana de que é preferível ‘querer o nada a nada querer’? Ela significa, antes de tudo, que é impossível uma auto-negação da vontade. Schopenhauer tentou justificar uma tal auto-negação, na constituição dos santos. Seguindo James Braid, Nietzsche reinterpreta o ‘repouso no nada’: ele é um estado hipnótico e, como tal, não é nem uma auto-negação da vontade no sentido de Schopenhauer, nem ressentimento no sentido de Dühring. Contra o princípio dühringeano da necessidade universal da reação, Nietzsche mantém a necessidade da ação. Ignorar esta necessidade significa, para ele, o indício de uma tendência igualmente universal para a auto-diminuição do homem. Nesta perspectiva, ela mostra a dominação ainda vigente do ideal ascético sobre a vontade de verdade da ciência moderna.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABEL, G. Die Dynamik der Wille zur Macht und die ewige Wiederkehr. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1984.

BRAID, J. Der Hipnotismus. Ausgewälthe Schriften. Deutsch hrsg. von V. W. Preyer. Berlin: Brockhaus, 1882.

BRUSOTTI, M. Die Leidenschaft der Erkenntnis. Philosophie und ästhetische Lebensgestaltung bei Nietzsche von Morgenröthe bis Also sprach Zarathustra. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1998.

_______. “Die Selbstverkleinerung des Menschen in der Moderne”. Nietzsche-Studien, 21, 1992.

HELLER, P. Von den ersten und letzten Dingen. Studien und Kommentar zu einer Aphorismenreihe von Friedrich Nietzsche. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1872.

MITTASCH, A. Nietzsche als Naturphilosoph. Stuttgart, 1952.

MÜLLER-LAUTER, W., Nietzsche. Seine Philosophie der Gegensätze und die Gegensätze seiner Philosophie. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1971.

_______. “Der Organismus als innerer Kampf. Der Einfluss von Wilehlm Roux auf Friedrich Nietzsche”. Nietzsche-Studien, 7, 1978.

_______. “Nietzsches Auf-lösung des Problems der Willensfreiheit” in Bauschunger, S., Cocalis, S. L. und Lennox, S. (Hrsgs.). Friedrich Nietzsche Heute. Die Rezeption seines Werkes nach 1968. Bern-Stuttgart, 1988.

NIETZSCHE, F. Kritische Studienausgabe, Berlin/München: Walter de Gruyter/DTV, 1982.

_______. Genealogia da Moral, 2ª. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. Trad. de Paulo César Souza.

SCHOPENHAUER, A. Die Welt als Wille und Vorstellung ½ in: Zürcher Ausgabe, 10 Bde. Zürich, 1977.

STEGMAIER, W. Nietzsches “Genealogie der Moral”. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1994.

SEMPER, K. G. Die natürliche Existenzbedingungen der Thiere, 2. Bde. Leipzig, 1880.

VENTURELLI, A., “Asketismus und Wille zur Macht. Nietzsches Auseinandersetzung mit Eugen Dühring”. Nietzsche-Studien, 14, 1985.

WILCOX, J. T., “That Exegesis of an Aphorism in Genealogie III: Reflection on the Scolarship”. Nietzsche-Studien, 27, 1998.

Downloads

Publicado

2019-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais