Odium fati

Emil Cioran, a hiena pessimista

Autores

  • Paulo Jonas de Lima Piva Doutorando no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo e bolsista da FAPESP.

DOI:

https://doi.org/10.34024/cadniet.2002.n13.7850

Palavras-chave:

ceticismo, ateísmo, pessimismo, niilismo, amor fati, odium fati

Resumo

Nascido na Romênia em 1911, Cioran passou a maior parte de sua ociosa e entediada existência em Paris, lapidando com ironia e com um fino desespero um pensamento iconoclástico, autofágico e nadificante. Morreu em 1995, deixando um pessimismo original expresso em contundentes fragmentos e aforismos. Nosso objetivo é tratar de alguns pontos dessa filosofia fulminante, dessa filosofia do odium fati, na qual sem Deus tudo é Nada, e Deus, Nada supremo, tendo provocativamente como pano de fundo a sua perspectiva mais antípoda: o amor fati nietzschiano.

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Publicado

2019-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais