Fronteiras da História

Autores

  • Alan Sampaio Professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Mestre em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia.

DOI:

https://doi.org/10.34024/cadniet.2005.n18.7825

Palavras-chave:

história, consciência histórica, memória, esquecimento, horizonte, perspectivismo

Resumo

A partir da crítica à historiografia oitocentista, efetuada por Nietzsche na segunda Consideração extemporânea, objetiva-se mostrar como ele contribui para a formação da consciência histórica. Segundo Nietzsche, o excesso de consciência histórica do homem moderno é uma “doença” derivada da constituição de uma teoria galgada na idéia de justiça, cujo correlato encontra-se na pretensão de neutralidade do conhecimento científico. Através da crítica a tal tipo de objetividade, bem como à idéia de progresso, Nietzsche fala da necessidade de a história interpretar a si mesma, ou seja, de uma séria reflexão da consciência e da ciência sobre seus próprios limites.

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Publicado

2019-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais