A diferença e o eterno retorno

Autores

  • Sandro Kobol Fornazari Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).

DOI:

https://doi.org/10.34024/cadniet.2006.n20.7816

Palavras-chave:

diferença, eterno retorno, vontade de potência, ntensidade, ser unívoco

Resumo

Em sua interpretação a respeito do conceito de eterno retorno em Nietzsche, Gilles Deleuze argumenta que o único mesmo que retorna é o próprio retornar, ou seja, o eterno retorno é o ser de todo o devir e aquilo que é selecionado pelo retorno é apenas o que é capaz de afirmar sua diferença. Para ele, a diferença é a potência primeira, constituída no acaso do encontro entre duas ou mais forças como diferença intensiva, determinando uma tipologia de forças ativas e reativas, vontade afirmativa e niilista. Não existem, assim, identidades previamente estabelecidas, cada retorno é um novo lance de dados que pressupõe o esfacelamento da identidade, a dissolução de todo sujeito. O retornar é a criação do novo a partir das diferenças que vão ao limite de sua potência, verdadeira força de metamorfose que expulsa de seu movimento toda identidade.

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Referências

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Publicado

2019-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais

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