A crítica de Nietzsche à moral kantiana

por uma moral mínima

Autores

  • Érico Andrade M. de Oliveira Professor da Universidade Federal Pernambuco (UFPE).

DOI:

https://doi.org/10.34024/cadniet.2010.n27.7778

Palavras-chave:

moral, imperativo, condições mínimas

Resumo

O presente artigo retoma a crítica de Nietzsche à moral kantiana por um duplo motivo. Primeiro, para mostrar a impossibilidade de se pensar uma moral como um dado, cuja fundamentação caberia à filosofia tecer. Segundo, tentamos estabelecer os primeiros passos para o projeto de uma moral mínima que, sem recorrer à metafísica, preserva o caráter relacional da noção de perspectiva em Nietzsche e a diversidade de predicações de moralidade às nossas ações. Concluiremos que uma moral mínima se institui por um viés negativo, descrito pela seguinte regra: age de tal modo que tua ação nunca se torne um valor absoluto. Essa regra se constitui, por seu turno, como o único imperativo moral legítimo porque passível de universalização.

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Publicado

2019-03-06

Edição

Seção

Artigos Originais