A afirmação trágica do eterno retorno nos Ditirambos de Dioniso
DOI:
https://doi.org/10.34024/cadniet.2012.n30.7746Palavras-chave:
Eterno retorno, “Silêncio de bronze”, Amor fati, transvaloração, “Glória e eternidade”Resumo
No final de agosto de 1888, Nietzsche abandona o projeto de construção da obra A vontade de potência em detrimento da tarefa de transvaloração de todos os valores. Obra em quatro livros, o último seria intitulado “Dioniso: filosofia do eterno retorno”. O filósofo, sabemos, jamais escreveu tal livro. Todavia, a última obra por ele elaborada veio a público com o título Ditirambos de Dioniso. A investigação acerca da gênese desta obra, bem como as modificações que ela sofre no último semestre da atividade intelectual do filósofo, são capazes de mostrar que, nela, encontra-se a afirmação trágica do eterno retorno do mesmo.
Downloads
Referências
ARALDI, C. L. Niilismo, Criação, Aniquilamento: Nietzsche e a filosofia dos extremos. São Paulo: Discurso Editorial; Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2004.
BLONDEL, Éric. Nietzsche: le corps et la culture. Paris: Presses Universitaires de France, 1986.
JANZ, C. P. Friedrich Nietzsche Biographie. Munique: Carl Hansen Verlag, 1978, 3v.
MARTON, S. Nietzsche. Das forças cósmicas aos valores humanos. São Paulo: Brasiliense, 1990.
____________. O eterno retorno do mesmo – tese cosmológica ou imperativo ético? In: TÜRCKE, C. (org.). Nietzsche: uma provocação. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1994.
NIETZSCHE, F. W. Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe. Edição organizada por Giorgio Colli e Mazzino Montinari. Berlin/Munique: Walter de Gruyter & Co., 1967-78. 15 vol.
________. Sämtliche Briefe. Kritische Studienausgabe. Berlin/Munique: Walter de Gruyter & Co./DTV, 1986. 8 vol.
________. Nietzsche Persönliche Bibliothek, herausgegeben von Giuliano Campioni, Paolo D’Iorio, Maria Cristina Fornari, Francesco Fronterotta und Andrea Orsucci. Berlin-New York: Walter de Gruyter, 2003.
________. Fragments posthumes. (XIV). Début 1888 – Début janvier 1889. Textes et variantes établis par Giorgio Colli et Mazzino Montinari. Traduis de l’allemand par Jean-Claude Hémery. Paris : Gallimard, 1977.
________. Obras Incompletas. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho, São Paulo: Nova cultural, 1987. (Col. “Os Pensadores”).
________. Así habló Zaratustra. Trad. Andrés Sánchez Pascual. Madrid: Alianza Editorial, 2005.
PFEFFER, R. Nietzsche: Disciple of Dionysos. Lewsbug: Bucknell University Press, 1972.
PODACH, E. Friedrich Nietzsches. Werke des Zusammenbruchs. Heidelberg: Wolfgang Rothe, 1961.
ROSS, R. Règles pour une lecture philologique de Nietzsche. In: Nietzsche aujourd’hui? vol. II – Passion. Centre culturel international de Cerisy-La-Salle [Colloque, juillet 1972]. Paris: Union générale d’éditions, 1973, p. 283-324.
RUBIRA, L. Nietzsche: do eterno retorno do mesmo à transvaloração de todos os valores. São Paulo: Discurso Editorial/Editora Barcarolla, 2010.
_________. Nietzsche: da tragédia grega à filosofia trágica. In: Dissertatio – Revista de Filosofia, n. 29, inverno de 2009, p. 249-261
WESTERNHAGEN, C. Von. Wagner: a biography. Translated by Mary Whittal. EUA: Cambridge University Press, 1978.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.