POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE ÁLCOOL NO BRASIL E SUA INTEGRAÇÃO COM O SUS
Resumo
Este estudo descreve as políticas públicas sobre o uso do álcool e suas consequências na saúde pública, focando na forma em que se dá o atendimento aos alcoolistas no SUS. A OMS aponta que 3,3 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do álcool. Estima-se no Brasil um gasto de 7% do PIB anual com consequências relacionados ao álcool. Por meio da análise da literatura, bem como de documentos oficiais, o estudo analisa a evolução das políticas sobre álcool no Brasil nas últimas décadas e o atendimento ao alcoolista dentro do sistema, que podem ser divididas em duas estratégias: redução de danos e proibicionista. Por conta do custo social relacionado ao uso de álcool e sua prevalência, destaca-se a importância das políticas públicas para o cuidado ao usuário de álcool; os efeitos do alcoolismo e seus desdobramentos e o viés sociológico nas políticas de controle para o uso de álcool. Destaca-se o percurso do alcoolista no SUS por meio do cuidado compartilhado em diferentes serviços da Rede de Atenção Psicossocial, dada a complexidade das necessidades biopsicossociais e a particularidade de suas necessidades individuais. O projeto terapêutico singular busca a reabilitação psicossocial do alcoolista e exige esforços interdisciplinares e intersetoriais para o cuidado integral e humanizado, não obstante as mudanças recentes. Os resultados apontam os danos e os custos sociais e econômicos relacionados ao uso do álcool devem ser reduzidos com políticas capazes de diminuir o consumo e também estratégias que levem a mudança de comportamentos e ambientes prejudiciais.
Palavras-chave: alcoolismo; políticas públicas; percurso do usuário
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